Trata-se de uma opinião populista, do tipo teoria da conspiração, o que não significa que não existe ali naquele discurso, algumas verdades.
Concordo que existe uma desigualdade social alarmante que afectam os povos, mas não podemos deixar de mencionar, que ao longo da história, o sistema financeiro privilegiou primeiro o capital e depois as pessoas. Isso acontece actualmente. A diferença é que pela primeira vez na história, o capitalismo melhorou a situação financeira de muitas pessoas, algo impensável algumas décadas atrás (o tempo de uma sardinha para três pessoas).
O problema é que infelizmente, quando surge uma crise económica, a primeira opção é salvar o capital e só depois as pessoas.
É claro que isso dá origem à criação de partidos populistas, nacionalistas, que se aproveitam da fragilidade da situação. Isso ocorreu na década de 30, na Alemanha, com a subida de Adolf Hitler, ao poder, que ofereceu uma solução final para um povo faminto e desempregado, através da criação de empregos na construção civil e uma situação financeira folgada. Ele conseguiu cumprir esses requisitos temporariamente, antes de mergulhar o país na guerra.
Esses grupos populares, apesar de boas intenções, nem sempre oferece condições melhores.
A economia é muito complexa, e na minha opinião, penso que a melhor solução seria alargar o prazo das dívidas, de forma a criar mecanismos que permitem melhorar a situação financeira do povo. De outra forma, iremos criar uma situação insustentável que afectarão futuras gerações.
Sou a favor de uma moeda única europeia, mas para isso tem de ser criado condições para tal.
Dada à situação portuguesa e não só, nunca deviamos ter aderido ao euro sem ter as condições necessárias. Isso só deu origem a uma Europa a duas velocidades e à fragilidade da economia perante uma crise mundial.
Desejo no fundo, que os nossos líderes encaram com sinceridade a crise, tentando encontrar uma solução mútua para ambas as partes.
O Capital e o Povo não podem viver um sem o outro!