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As empresas da restauração estão a absorver o impacto da subida na taxa do IVA sem o transmitir aos consumidores, disse hoje na Assembleia da República o presidente da associação do sector.«A crise com certeza preocupa o país e todos os sectores de actividade. Mas o IVA [na restauração] veio agravar a situação», disse à imprensa Mário Pereira Gonçalves, presidente da Associação da Hotelaria e Restauração (AHRESP), à margem de uma reunião com deputados da comissão de Orçamento e Finanças. «Na realidade, o aumento de mais de 77 por cento do IVA não se repercutiu nos preços. As empresas é que estão a suportar o aumento. E daí as dificuldades que estão a encontrar».
A AHRESP apresentou este mês uma petição na Assembleia da República para reivindicar que a taxa do IVA na restauração volte para os 13 por cento - no início deste ano, a taxa para o sector foi elevada para os 23 por cento.
Deputados do PSD e do CDS apontaram que a crise no sector começou há vários anos e não se deve apenas ao aumento da taxa do IVA. O secretário-geral da AHRESP, José Manuel Esteves, respondeu que a subida foi «a gota de água» para a restauração.
A petição só poderá ser discutida no plenário da AR em Setembro, disse o deputado centrista João Almeida. Esteves respondeu que esperar até ao terceiro trimestre já poderá ser «tarde demais para o sector».
Em Agosto, a AHRESP deverá ter pronto um estudo sobre o impacto do aumento da taxa do IVA.
O jurista João Espanha, cujo escritório está a preparar o estudo, questionou se o aumento do IVA na restauração compensará «a queda no IRS e na taxa social única [contribuição das empresas para a segurança social] que já se está a verificar» devido ao aumento do desemprego: «Adicionando ainda o aumento dos custos com o subsídio de desemprego, o saldo [do aumento do IVA] será positivo? É isso que o estudo vai apurar», disse Espanha.
Fonte: Lusa/SOL
A AHRESP apresentou este mês uma petição na Assembleia da República para reivindicar que a taxa do IVA na restauração volte para os 13 por cento - no início deste ano, a taxa para o sector foi elevada para os 23 por cento.
Deputados do PSD e do CDS apontaram que a crise no sector começou há vários anos e não se deve apenas ao aumento da taxa do IVA. O secretário-geral da AHRESP, José Manuel Esteves, respondeu que a subida foi «a gota de água» para a restauração.
A petição só poderá ser discutida no plenário da AR em Setembro, disse o deputado centrista João Almeida. Esteves respondeu que esperar até ao terceiro trimestre já poderá ser «tarde demais para o sector».
Em Agosto, a AHRESP deverá ter pronto um estudo sobre o impacto do aumento da taxa do IVA.
O jurista João Espanha, cujo escritório está a preparar o estudo, questionou se o aumento do IVA na restauração compensará «a queda no IRS e na taxa social única [contribuição das empresas para a segurança social] que já se está a verificar» devido ao aumento do desemprego: «Adicionando ainda o aumento dos custos com o subsídio de desemprego, o saldo [do aumento do IVA] será positivo? É isso que o estudo vai apurar», disse Espanha.
Fonte: Lusa/SOL