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Classificadores sem formação para corrigir exames

florindo

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Pelo menos metade dos professores que corrigem os exames do secundário não tiveram formação.
Concentração na 1.ª fase obrigou a convocar mais docentes.
Pelo menos metade dos docentes que corrigem os exames nacionais não tiveram qualquer formação especial para o fazer.
«São cerca de 12 mil os professores que integram a Bolsa de Professores Classificadores (BPC), dos quais perto de seis mil integram o programa de formação» – explica ao SOL fonte oficial do Ministério da Educação e Ciência (MEC).A decisão de ‘obrigar’ os alunos a fazerem todos os exames na 1.ª chamada (só poderão beneficiar da 2.ª fase os que apresentarem uma justificação para a falta na 1.ª) trocou as contas iniciais do Ministério e obrigou a convocar professores que não se previa irem ter a tarefa de correcção.
Alguns docentes foram mesmo apanhados desprevenidos ao serem notificados de que teriam de corrigir provas, quando não fazem parte da Bolsa de Classificadores nem tiveram qualquer formação para o fazer.
O MEC frisa, contudo, que a concentração da maior parte das provas na 1.ª chamada já tinha levado a tomar algumas medidas. «Face ao previsível aumento do número de alunos a comparecer na 1.ª fase, foi reforçada a formação de professores classificadores em algumas disciplinas – como foi o caso de Biologia e Geologia, Física e Química A, Português, Matemática, Desenho, Inglês e Alemão –, tendo igualmente sido assegurada a formação de classificadores de Filosofia, cujo exame foi reposto no corrente ano».
Fonte oficial do gabinete do ministro Nuno Crato sublinha, porém, que «será muito residual» o número de professores que será necessário mobilizar sem formação. O MEC garante ainda que não está em causa a qualidade da correcção dos exames nacionais, uma vez que «todos os classificadores serão acompanhados por um professor formador que articula em permanência com as equipas do GAVE (Gabinete de Avaliação Educacional) em todas as fases do processo».
Além disso, afirma fonte oficial do Ministério, estão a ser cumpridos, na selecção destes professores «os critérios que garantem o exercício da função com elevada qualidade». Isto é, só estarão a ser chamados docentes que cumpram os requisitos de terem «leccionado as disciplinas cujos exames vão classificar e/ou terem classificado provas de exame em anos anteriores».
Para assegurar esse grau de qualidade, o MEC definiu – à semelhança do que já tinha acontecido no ano passado – que cada docente terá no máximo de corrigir 60 exames, estando estes professores, enquanto decorrer a actividade de correcção, «dispensados de qualquer outra actividade não lectiva».

Sem atestados para avaliar

Uma das novidades deste ano é a obrigatoriedade de os alunos fazerem todos os exames do secundário na 1.ª fase, salvo nos casos em que sejam apresentadas justificações válidas para a ausência.
O MEC afirma, contudo, não ter ainda avaliado qualquer atestado: «Os processos vão começar a ser analisados apenas no final da 1.ª fase, pelo que ainda não foi respondido nenhum requerimento». O Ministério não explica como se vai desenrolar o processo de verificação e validação das justificações de faltas, mas assegura que, «se o aluno se encontrar efectivamente impedido de realizar o exame por doença, verá o seu requerimento deferido».

Fonte: SOL
 
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