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A reacção do bebé ao divórcio

Luz Divina

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A reacção do bebé ao divórcio



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É uma realidade nos dias de hoje: pais que se separam com filhos menores de três anos ou mesmo recém-nascidos, e que ficam muitas vezes com a difícil tarefa de educar sem terem com quem a partilhar. Como agir?



É frequente pensar-se que, como são muito pequenos, os bebés não sofrem com a separação. Contudo, toda a separação implica sentimentos negativos – de perda, de raiva, de sonhos desfeitos… - e cria, na maioria dos casos situações de conflito entre o pai e a mãe.

Por menores que sejam, este nível de tensão emocional é percebido pelas crianças, passando muitas vezes ao nível “da pele”. Com efeito, nos momentos em que os pais estão mais fragilizados, os bebés e as crianças muito pequenas “sentem” essa ansiedade ou tensão, reagindo emotivamente.

Quando os bebés e as crianças ainda não desenvolveram linguagem verbal, a separação do casal pode tornar-se difícil.

Por um lado, os bebés não entendem o que se está a passar e sentem-se abandonados pela mãe ou pelo pai; por outro lado, não conseguem expressar o seu desconforto nem as suas angústias, fazendo-o através do choro ou de manifestações psicossomáticas (cólicas, dificuldade em adormecer ou em comer); podem passar por um período de maior irritabilidade ou manifestar reacções exageradas quando deixam de ver a mãe ou o pai.

As situações em que o divórcio é amigável e os pais conseguem uma efectiva custódia conjunta, em que dividem equitativamente o tempo que passam com o filho, são obviamente as desejáveis.

Contudo, na minha perspectiva é fundamental ter em conta o desenvolvimento psicoemocional do bebé antes de decidir as rotinas a implementar.

Nos primeiros meses de vida a mãe é efectivamente a figura de referência com quem o bebé estabelece um vínculo afectivo essencial ao seu desenvolvimento equilibrado.

Por mais presente que seja o pai, em situações normais, é com a mãe que o bebé estabelece uma relação fusional. O pai surge como a terceira figura neste triângulo.

Até cerca dos 8 meses de vida, o bebé não tem capacidade de estar muito tempo sem ver a mãe, sem que isso traga repercussões emocionais negativas.

Claro que o pai deve estar presente sempre que possível e ir “entrando devagarinho” nesta relação; o bebé só deverá começar a dormir em casa do pai quando essa situação for sentida como securizante, e progressivamente aumentar o tempo que fica em casa do pai.

Os pais devem preservar os filhos de eventuais focos de conflito, evitando discussões à sua frente ou comentários depreciativos.

Os interesses dos filhos devem ser sempre sobrepostos aos interesses individuais, o que frequentemente implica algumas cedências. Os pais devem manter um diálogo regular, que lhes permita partilhar a vida do filho (doenças, evoluções…).

Trabalho conjunto


A creche e a família alargada têm um papel fundamental, tendo cada um dos pais um papel importante na promoção dessas relações.

Devem informar a educadora do vosso filho da situação e procurar em conjunto manter-se informados e participarem nos momentos importantes da vida do vosso filho.

Se os pais conseguirem ultrapassar com alguma tranquilidade os difíceis primeiros momentos, é possível reestruturar com equilíbrio a vida do bebé ou da criança, fornecendo as condições ideais a um desenvolvimento emocional harmonioso.



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