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Tudo sobre o Parto

ruionze11

GF Prata
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Pena mesmo a história da cegonha não ser verdade...
 

Luz Divina

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Posição para nascer




Posição para nascer






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O habitual é que o bebé rode uma só vez, entre as semanas 28 e 32




Ainda que existam bebés que o fazem mais tarde, e outros que dão a volta várias vezes.
Até às trinta semanas de gestação, a cabeça do feto tem umas dimensões superiores ao seu abdómen. Por isso, e devido ao facto da parte superior do útero ser maior do que a porção inferior, o feto posiciona-se sentado.


A partir da semana 30, a formação corporal já regista alterações importantes: o abdómen cresceu e começa a ser mais volumoso que a cabecinha. Nesse período o, o feto vira-se, e coloca-se em “apresentação cefálica” (cabeça para baixo), para acomodar o seu corpo na parte mais ampla do útero.


No entanto, 3 a 4 por cento dos bebés não dão a volta. Neste caso, se bem que o parto vaginal seja possível, muitas vezes a cesariana pode ser a indicação mais simples e segura.


Momento de dar a volta

O habitual é que o bebé rode uma só vez, entre as semanas 28 e 32, ainda que existam bebés que o fazem mais tarde, e outros que dão a volta várias vezes. A futura mãe percebe perfeitamente estes movimentos, e o obstetra pode confirmar a mudança de posição através do exame ao ventre materno.

Geralmente, a rotação pode ser acompanhada por um aumento da quantidade de contracções, o que pode assustar a futura mamã. Não se assuste!


Geralmente estes episódios só duram dois ou três dias e depois o seu útero recupera o seu comportamento habitual. No entanto, em 3 ou 4 por cento das gravidezes o bebé não roda e fica “de nádegas”, com a sua pélvis ou os seus pés alinhados com a pélvis da mãe, ou seja, em “apresentação podálica” (ou pélvica).


Apresentação podálica

À medida que a gravidez avança, através da palpação do abdómen materno o obstetra pode observar a colocação do feto, e em caso de suspeita poderá recorrer a alguns estudos específicos (ecografia, Rx ao abdómen) para comprovar a sua posição.

Uma vez confirmado o diagnóstico de apresentação podálica, poderá indicar alguns exercícios para favorecer a rotação (por exemplo, caminhar de gatas). Mas, se ainda assim o bebé não dá a volta, o obstetra poderá tentar rodá-lo mediante uma “versão externa”.


Chama-se de versão externa à manobra que o obstetra realiza, tentando levar a cabecinha do bebé, da parte superior do útero para a pélvis materna, ou também o pólo pélvico do feto de baixo para cima. Este procedimento realiza-se fora do útero, através do abdómen materno, às 37 semanas de gestação.


Uma manobra limitada

Nem todas as mamãs estão em condições para enfrentar uma versão externa. Assim, por exemplo, deverá evitar-se em mulheres que tenham sofrido hemorragias, em caso de placenta prévia, ou também quando – mediante monitorização electrónica da frequência cardíaca – não seja possível garantir a saúde do bebé.

Este procedimento, tão pouco deve realizar-se em casos de uma gravidez múltipla, com escassa quantidade de líquido amniótico, ou em uma grávida que tenha sofrido uma ruptura prematura das membranas.


A versão externa efectua-se geralmente no consultório ou no hospital, e convém acompanhá-la de um controlo ecográfico para confirmar a apresentação do feto. Muitos obstetras podem efectuar estudos da frequência cardíaca fetal (monitorização) para avaliar o estado de saúde do bebé antes e depois do procedimento.


Lamentavelmente, trata-se de uma manobra que não está isenta de riscos, e entre as complicações mais frequentes encontram-se o parto prematuro, a ruptura prematura das membranas, hemorragias – que podem afectar tanto o bebé como a mãe – e o comprometimento da saúde fetal que pode requerer uma cesariana de urgência.

Não obstante, tem uma taxa de êxito próxima dos 65 por cento, embora aproximadamente 10 por cento dos bebés se tornem a virar para a posição pélvica.


Parto vaginal ou cesariana?

Se bem que seja possível realizá-lo, em caso de apresentação pélvica, o parto vaginal aumenta o risco de complicações para o bebé. Assim, são mais frequentes os acidentes que podem afectar o cordão umbilical e comprometer a saúde do bebé.

Contudo, a maioria dos obstetras pode considerar mais seguro e simples efectuar um parto abdominal mediante uma cesariana, especialmente se a mamã é primípara, dado que um parto vaginal tornar-se-ia extremamente difícil.


Pelo contrário, se a mulher teve outros filhos por via vaginal, pode tentar-se pela mesma via, excepto em caso de anteriores intervenções no útero, cesarianas prévias, ruptura da bolsa ou placenta prévia.

Outro factor a ter em consideração é o tamanho do bebé: se o primeiro filho teve um peso similar ao do que está para nascer, não há inconveniente em realizar um parto vaginal. Mas se se estima que o peso deste bebé é superior ao do primeiro, não é prudente tentá-lo.


Manobras do parto


Nos casos de apresentação cefálica, o parto produz-se quando a dilatação é de 10 cm, momento em que as dimensões permitem a saída da cabeça do bebé.

Na apresentação pélvica, como o rabinho do bebé é mais pequeno do que a cabeça, pode entrar no canal de parto antes de se ter produzido a dilatação completa (por exemplo, com 7 cm).

Contudo se o rabinho entra sem dificuldade, a cabeça não consegue passar por esse diâmetro. A apresentação pélvica pode ser completa ou incompleta.


Se o bebé tem as pernas totalmente flectidas sobre o tronco, o que sai primeiro é o rabinho. Se, pelo contrário, está de cócoras, sairão juntos o rabinho e os pés.

Também pode acontecer que saia primeiro uma perna, sendo necessário realizar uma série de manobras para acomodá-lo e terminar de retirar o tronco e a cabeça. Em conclusão, durante o parto cefálico, a necessidade de realizar manobras é muito menos frequente, enquanto que no caso da apresentação pélvica se converte numa regra.


Os riscos

Um parto com apresentação pélvica torna-se sempre mais difícil, pelo que o obstetra deverá ser suficientemente experiente para poder solucionar qualquer eventualidade. O risco mais preocupante é o que se chama “retenção última de cabeça”.

Nos partos com apresentação cefálica, em primeiro lugar sai a cabeça, depois o pescoço, o tórax, o abdómen, o rabinho e por último os pés.

Nos partos com apresentação pélvica acontece o contrário: a cabeça é a última a sair, e para o conseguir, o bebé terá que se ir acomodando ao diâmetro do canal de parto.


Por isso, é necessário avaliar muito bem cada caso: quantos filhos teve a mulher, que peso tinham e que peso estimado tem o que está para nascer, em que condições se encontra a bolsa, e como evolui o trabalho de parto.

No que diz respeito ao risco para amãe, não difere do de um parto normal, embora seja provável que se produza um maior sangramento devido ao parto ser mais lento e trabalhoso.


Analgesia e episiotomia

Em todos os partos é necessária a colaboração da mãe, mas quando o bebé está em posição pélvica, é fundamental. Quando chega o momento em que está para sair a cabeça, é comum que a mamã esteja esgotada (estes partos são longos e a cabeça sai no final).

Se bem que a anestesia não esteja contra-indicada, o mais apropriado é a analgesia, que alivia a dor mas não inibe a sensação, o que permite que a mãe possa empurrar com força em cada contracção.


Quanto à episiotomia, se bem que teoricamente evite eventuais rasgões, na actualidade trata-se de uma técnica muito discutida. No entanto, nos partos com apresentação pélvica é mais provável que se deva recorrer a este acto, segundo o tamanho do bebé, as características do períneo, da vulva e dos genitais da mulher.




sapofamilia

 

Luz Divina

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A febre da indução




A febre da indução




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Induzir o parto é, hoje, uma das práticas mais comuns em obstetrícia.




Induz-se porque o bebé «passou do tempo», porque o médico só está de serviço naquele dia, porque a barriga já pesa, porque sim.


Mas, ao contrário do que poderá pensar-se, a indução do parto não é um procedimento isento de riscos. Nascer com dia e hora marcada é, cada vez mais, uma prática comum em Portugal.


«Banalizou-se muito a ideia do parto induzido», critica Diogo Ayres de Campos, professor na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Particularmente, «as induções sem motivo clínico», que este responsável acredita serem frequentes a nível nacional.


Quantos partos induzidos ocorrem em Portugal, ninguém sabe. Luis Graça, presidente do Colégio de Ginecologia e Obstetrícia da Ordem dos Médicos (OM), afirma que este é um assunto «que não está minimamente estudado no nosso país» e que não existem estatísticas nacionais sobre indução do parto.


«Uma das principais causas do aumento da taxa de cesarianas é a indução do parto em grávidas que ainda não têm o colo do útero maduro», explica. Uma prática que o médico reconhece ser «comum» em Portugal.


Diogo Ayres de Campos aponta outras consequências dos nascimentos induzidos com fármacos: contracções mais precoces, partos mais dolorosos e incómodos, necessidade de outras intervenções.


A tentativa de fazer coincidir o dia do parto com o dia de serviço do médico assistente é um dos motivos do aumento das induções por conveniência. Luis Graça confirma-o e acrescenta duas outras razões:


«Querer que o bebé nasça numa determinada data e acreditar, sem fundamento, que os fármacos de que dispomos para induzir o parto são infalíveis.»


Há algum controlo sobre a actuação dos médicos? «Não existem orientações nacionais sobre a indução do parto – e mesmo que existissem, nunca seriam de aplicação obrigatória -, por isso as normas de actuação são decididas em cada serviço hospitalar», afirma Luis Graça.


O responsável defende que os médicos são «livres de tomar as suas decisões de acordo com as parturientes» e sublinha que o parto programado «tem a vantagem de as equipas médicas e de enfermagem estarem completas, de o parto ter lugar durante o dia e de a monitorização fetal poder ser aplicada desde o início do trabalho de parto.»


Delfim Guerreiro, chefe de serviço no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, onde a taxa de induções ronda os 20 por cento, avança outros motivos para a ausência de linhas de orientação para a indução do parto:


«O estabelecimento de critérios muito apertados para as induções poderia, de algum modo, desmotivar as grávidas de terem os seus partos na nossa instituição, nomeadamente aquelas grávidas com maiores recursos financeiros, e desmotivar também os médicos que as seguem, que se podiam passar de “armas e bagagens” para a clínica privada.»


A generalização desta prática é a consequência natural deste cenário, confirma Delfim Guerreiro. Ainda que «à custa de um aumento da taxa de cesarianas».



crescer.sapo

 

Luz Divina

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Lidar com as emoções no pós parto





Lidar com as emoções no pós parto






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O baby blues caracteriza-se por alterações de humor na mãe no pós-parto





Estudos de incidência estimam que 50 a 80 por cento das puérperas têm baby blues, ocorrendo em pessoas saudáveis física e psicologicamente.


No livro «Psicologia da Gravidez e da Maternidade», de Maria de Cristina Canavarro e com diversas opiniões de psicólogos e docentes universitários, a investigadora Bárbara Figueiredo define o baby blues pós-parto como «uma forma breve e moderada de perturbação de humor, que surge em estreita relação temporal com o parto, num número elevado de mulheres, e em consequência das alterações hormonais».


O mesmo entendimento tem a psicóloga clínica Rita Luz, com experiência a lidar com mulheres no pós-parto. A também investigadora explica que as mudanças de humor das puérperas têm muito a ver com a reorganização hormonal e metabólica da vivência do parto.


Outro fator que pode interferir após o parto é o facto de a mulher estar internada estar fora de casa e sentir um cansaço acentuado a seguir ao nascimento do filho. «Acontece ir ter com as mães por alguma razão, identificar-me como sendo psicóloga e começarem logo a chorar», refere a psicóloga Rita Luz, continuando: «As mulheres estão muito sensíveis com os sentimentos à flor da pele».


O SUPORTE DO PAI



De acordo com Rita Luz, «é normal sentirem-se desconfortáveis por não se estar a conseguir dar algumas respostas em relação ao bebé, por não estarem tão felizes quanto esperavam e, por conseguinte, sentirem-se culpabilizadas». Por outro lado, explica a psicóloga clínica, a própria personalidade do bebé pode desajudar a mãe nos primeiros tempos de vida: alguns recém-nascidos demoram mais tempo a regularem os sonos, as cólicas, a alimentação, oferecendo mais dificuldades na adaptação do casal ao bebé e vice-versa. «Daí ser tão importante o pai ser logo incluído desde a gravidez, para nesta fase poder estar com a mãe e apoiá-la nas tarefas», refere Rita Luz.


A seguir ao parto, os pais são confrontados pela primeira vez com a presença do bebé, motivo pelo qual podem emergir sentimentos como o medo, a insegurança e a desilusão, diz também Lília Brito, psicóloga clínica do Serviço de Psicologia da Maternidade Doutor Alfredo da Costa.


«O próprio nascimento é um processo de separação da mãe e do bebé», refere a psicóloga clínica, o que explica a importância do suporte familiar que ajuda a atenuar angústias consideradas perfeitamente normais.


O baby blues é assim uma fase passageira na mãe, relacionada com a grande mudança trazida pelo nascimento de um bebé e que vem implicar um mecanismo de adaptação nalgumas mães em maior escala do que outras.



crescer.sapo
 

Luz Divina

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Após o parto, seu corpo inicia mais uma fase de transformações




Após o parto, seu corpo inicia mais uma fase de transformações





Os seios estão explodindo e a barriga fica mole... calma, vai passar!




Para a maioria das mulheres, a primeira vez com o espelho depois do parto é um choque. A barriga ainda está grande, os seios estão explodindo e alguns dos quilos a mais continuam no mesmo lugar. Nada mais normal. Depois de passar nove meses engordando (por uma boa causa, claro) e se transformando, seu corpo não vai voltar ao que era no dia seguinte ao parto.


A natureza dá uma mãozinha: a amamentação é uma poderosa forma de queimar calorias. Mas nada de entrar em dietas malucas. Lembre-se de que a alimentação do seu bebê continua a depender exclusivamente de você.




Por isso, comer bem é fundamental. Dependendo do seu tipo de parto, a ginástica leva um tempinho para ser liberada mas como você vai descobrir, cuidar de um bebê também é um belo exercício. Descubra mais o que você pode fazer para voltar à forma.




O mais importante é não ter pressa em voltar à antiga forma. A atriz Nívea Stelmann recuperou a barriga sarada, do jeito como ela queria, só depois de um ano do nascimento de seu filho Miguel. "Mas três meses depois do parto eu já fotografava de biquíni".


minhavida


 
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Luz Divina

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Parto de emergência






Parto de emergência










Para não ser apanhado de surpresa, leia este plano de acção que lhe diz o que fazer neste tipo de situação inesperada





A parturiente e sua família devem ter um plano para parto normal e um plano de emergência. Este último passa por ter todo o material necessário a uma situação de parto iminente disponível como, por exemplo, lençóis e resguardos limpos, compressas fita de nastro, etc.

A parturiente deve consultar o médico regularmente em consulta pré-natal e fazer uma alimentação adequada durante toda a gravidez, sendo o ácido fólico e o ferro particularmente importantes (o ácido fólico pode ser encontrado nos legumes e frutas cítricas e o ferro em carne de vaca ou aves, peixe, vegetais de folhas verdes e legumes).

Sintomas e primeiros-socorros

O parto desenvolve-se em 3 fases: dilatação, expulsão e dequitadura.

1. Fase da dilatação

Surgem os primeiros sinais de início de trabalho de parto. Estes são variáveis e incluem o aparecimento de uma dor na região lombar ou na parte inferior do abdómen, com a saída do rolhão mucoso ensanguentado, até ao rompimento da «bolsa de águas», correspondendo à saída do líquido amniótico que envolveu e protegeu o bebé durante a gravidez.

Esta fase pode demorar 16 horas para o primeiro filho e, por vezes, somente quatro horas ou menos, para os seguintes. As contracções surgem com intervalos regulares de aproximadamente 20 a 30 minutos, tornando-se, ao longo do tempo, cada vez mais intensas e frequentes. É aconselhável manter a parturiente em decúbito lateral, preferencialmente do lado esquerdo evitando assim a compressão da veia cava inferior e não fazer orça ou contrair o abdómen.

2. Fase da expulsão

O intervalo das contracções passa a ser de dois minutos e, quando a parturiente sentir necessidade de fazer força como se fosse defecar, é sinal de que o parto está iminente. Nesta altura, torna-se necessário preparar a parturiente assim como o material necessário à segunda fase de trabalho de parto.

A futura mãe deverá ser deitada em decúbito dorsal (de costas) colocando um lençol e um resguardo por debaixo das nádegas, com os joelhos levantados e a cabeça e os ombros recostados e apoiados, numa posição de conforto. Deverá efectuar-se uma limpeza cuidadosa da parte inferior do abdómen, períneo e coxas da mulher utilizando um antiséptico, pelo que de igual forma o socorrista deve procurar lavar escrupulosamente os seus antebraços, mãos e unhas e usar luvas esterilizadas.

Durante as contracções, a parturiente deve ser aconselhada a afastar os joelhos, agarrar a zona posterior da coxa ou da perna, inclinar a cabeça para a frente, suster a respiração e puxar fazendo força como se fosse defecar, procurando relaxar nos intervalos. Após cada contracção aparecerá uma porção cada vez maior da cabeça do bebé. O socorrista deverá colocar uma mão transversalmente na região perineal, fazendo pressão para evitar lacerações desnecessárias, e com a outra mão deve fazer o apoio da cabeça do bebé permitindo uma saída gradual e não repentina.

Quando se der a exteriorização completa da cabeça, deverá ter-se o cuidado de fazer a limpeza da face e aspiração da boca e do nariz, permeabilizando assim as vias aéreas superiores do recém-nascido e a limpeza de todas as secreções e sangue expulsos durante esta fase.

É importante verificar se o cordão umbilical se encontra à volta do pescoço do bebé. Normalmente consegue-se aliviar a circular do cordão e tirá-lo por cima da cabeça com alguma facilidade, nunca devendo puxar ou cortar sem cuidados prévios.

Quando a maior parte da cabeça tiver passado pelo canal de parto, este tenderá a fazer uma rotação lateral durante as contracções seguintes. Mantendo o apoio, deixa-se descair ligeiramente a cabeça para libertar o ombro superior, de seguida, inclina-se para cima para permitir a saída do ombro inferior. A partir deste momento, todo o corpo do bebé sairá facilmente nas seguintes contracções.

Ainda ligado à mãe pelo cordão umbilical, a criança deve ser colocada em decúbito ventral (barriga para baixo) com a cabeça mais baixa de modo a drenar quaisquer fluidos ou muco e deve ser envolvida num pano quente.

O cordão umbilical deve ser laqueado utilizando duas fitas de nastro ou dois pedaços de ligadura ou em alternativa dois clumps umbilicais, colocando-se o primeiro, firmemente, a cerca de 10 a 15 cm do bebé e o segundo 5 cm depois, tornando-se necessário que os clumps estejam bem colocados para que não origine uma hemorragia quando o cordão for cortado. Se possível, este deve ser cortado no hospital, caso seja mesmo necessário, poderá utilizar uma tesoura esterilizada, lâmina ou bisturi.

3. Fase da dequitadura

Ligada à outra extremidade do cordão umbilical está a placenta, que se solta da cavidade uterina normalmente 10 a 30 minutos após o nascimento do bebé. Quando prestes a sair a parturiente sentirá novamente contracções.

A saída da placenta nunca deve ser provocada pelo socorrista, devendo acontecer de forma espontânea e natural. Após a sua expulsão deverá ser guardado num recipiente limpo para posterior observação médica.


Erros a evitar




  • Cruzar ou segurar as pernas da parturiente
  • Empurrar a cabeça do bebé para dentro da vagina ou puxar para fora
  • Puxar ou cortar o cordão umbilical sem indicação médica. Só deve ser cortado em situações de perigo imediato, nomeadamente quando o cordão umbilical envolve o pescoço do bebé
Situações de risco

O parto é um processo natural do qual não deverá em circunstâncias normais, decorrer qualquer perigo tanto para a mãe como para o bebé. No entanto, há casos em que o parto poderá apresentar-se complicado, como por exemplo, na apresentação pélvica, situação que requer um transporte rápido para o hospital e assistência médica especializada. Também a gravidez múltipla é uma situação que, embora não tão emergente, merece atenção redobrada já que os bebés têm menor peso e logo mais complicações.

Quando procurar ajuda médica

Deve ser sempre promovido o transporte para o hospital tanto da mãe como do bebé, pois ambos necessitam ser examinados por um médico.




saude.sapo
 

Marianaaa

GF Bronze
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Adorando os tópicos sobre gravidez, estão me tirando muitas dúvidas.
 

maioritelia

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Cesariana

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Sabe-se actualmente que a cesariana tem muitos mais riscos que o nascimento fisiológico. A mamã poderá entrar para o bloco de parto pelo seu próprio pé. Os procedimentos seguintes são: deitar-se na cama na sala de partos e colocar uns panos esterilizados à volta da barriga, passar com desinfectante pela barriga sobre a pele. Enquanto se prepara os instrumentos o anestesista aplica a epidural ou intradural e coloca-se um cateter na vagina. Apenas quando se verifica que a anestesia está a fazer efeito coloca-se ou vira-se a mamã de barriga para cima e começa-se a abrir a parede do abdómen camada por camada. Assim que se chega ao útero tenta-se retirar o bebé rompendo nos últimos instantes a bolsa de águas. Assim que se retira o bebé corta-se o cordão umbilical e coloca-se em cima da mamã para que esta o possa abraçar (se tiver epidural estará acordada e verá o nascimento do seu filho). Posteriormente cose-se camada a camada a parede do abdómen.

Por vezes a cesariana é programada pois o bebé pode não estar em posição para nascer de parto natural. Pode-se recorrer também por várias outras razões, tais como entrar em trabalho de parto e não fazer a dilatação e recorrer à cesariana, por razões de saúde a equipa médica optar pela cesarina, entre outras razões que podem surgir. Hoje em dia é possível estar acompanhada numa cesariana, desde que não haja complicações e tenha sido programada. O facto de ter tido um filho de cesariana não significa que todos devam nascer da mesma forma.

A recuperação da cesariana é mais dolorosa, é muitas vezes solicitado análgésicos para aliviar os sintomas de dor, os cuidados nos primeiros dias são redobrados, uma vez que se tratou de uma intervenção cirúrgica. Deverá ter cuidados com a cicatrização do corte, desde utilizar uma cinta ligeira, estar alerta caso sinta dificuldade em urinar, os pontos são retirados após uma semana depois da intervenção cirúrgica e deverá ter muito cuidado com os movimentos que efectuar, porque se por uma lado é aconselhado a movimentar-se bastante, por outro deve ter muito cuidado com esforços pois poderá partir os pontos ou criar alguma infecção na zona do corte. Não se esqueça que se tratou de uma intervenção cirúrgica e todos os cuidados são poucos.
 
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