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O Misterioso Triângulo das Bermudas: Mito ou Realidade?

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GF Platina
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O Triângulo das Bermudas, ou ainda o Triângulo do Diabo, o Limbo dos Desaparecidos, o Mar da Confusão, a Zona do Crepúsculo, o Porto dos Navios Desaparecidos: outros tantos nomes atribuídos à mesma região situada no oceano Atlântico, ao largo da costa Sueste dos E.U.A. Uma região delimitada a Norte pelo Arquipélago das Bermudas, a Oeste pela Florida Meridional, a Sul por Porto Rico.
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O Triângulo das Bermudas: Carrocel de destroços errantes, cemitério marinho de tripulações desafortunadas. Porque aí os barcos afundam-se para não mais reaparecer; os aviões mergulham no céu azul sem jamais tocar a terra; marinheiros e aviadores desaparecem para sempre.
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A inexistência de destroços, de fragmentos, de sobreviventes, que poderiam pelo menos
narrar as etapas da tragédia, tornam o Triângulo das Bermudas ainda mais misterioso.

No limiar da Era Espacial, o homem cometeu a proeza de alunar na superfície da Lua; enviou sondas não tripuladas a outros planetas do sistema solar; mas no entanto, três quintos da superfície da Terra, permanecem praticamente desconhecidos: como é o caso das profundidades abissais dos oceanos. Entre esses mistérios figura o temível Triângulo das Bermudas, que ocupa um lugar de destaque.
 
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A Origem Antiga do Triângulo das Bermudas!

O enigma do Triângulo das Bermudas, apesar de ser popular no século XX e actualmente, tem uma origem mais antiga:

- Já um mapa de 1550 atribui às Bermudas o nome de "Ilhas dos Demónios". Um cronista escreveu o seguinte a esse respeito em 1610: "Estas ilhas nunca foram habitadas por cristãos. São um local de tempestades e tormentas".

- Ariel, personagem de "A Tempestade", de Shakespeare, evoca "as Bermudas e as suas eternas tormentas".

Os marinheiros de antanho temiam o inquietante manto de algas e as calmarias, funestas para os veleiros, do Mar dos Sargaços, que se espraia nos limites do Triângulo, ocupando cerca de 200 milhas a Norte das Grandes Antilhas. Antigas lendas evocam ainda esta imensa necrópole submarina, que retém na sua verdura maléfica, barcos de pranchas desconjuntadas com esqueletos de tripulações.

As visões de Cristóvão Colombo!

Mas um dos relatos antigos mais sensacionais acerca do Triângulo das Bermudas, refere-se às visões de Cristóvão Colombo.
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Foi na ilha de San Salvador, nas Baamas, no interior do Triângulo das Bermudas, que segundo se diz, Cristóvão Colombo tocou pela primeira vez terra no Novo Mundo. A noite do dia 11 de Outubro de 1492, foi pródiga em emoções. Surgiram primeiro misteriosas e luminescentes águas brancas, segundo a crónica do grande explorador, avistadas na zona das Baamas, duas horas após o pôr do Sol. Ele viu um imenso rasto de fogo que rompeu os céus, girou em redor do seu barco e desapareceu no oceano. A agulha da bússola começou a girar sem razão aparente. O pavor dos marinheiros atingiu o auge; chegou mesmo a recear-se um motim.

Em relação a misteriosas e luminescentes águas brancas, seriam as mesmas faixas esbranquiçadas apercebidas pelos astronautas americanos como o derradeiro brilho que emanava da Terra?

Segundo Charles Berlitz, um dos principais autores sobre o tema do Triângulo das Bermudas, este fenómeno teria origem em fendas ou fissuras do fundo, especialmente nas zonas dos bancos das Baamas e nas águas profundas na orla do planalto continental. Berlitz narra que um certo Jim Richardson, de Miami, piloto de profissão, tendo amarado directamente com o seu hidroavião sobre uma destas manchas luminescentes, recolheu uma amostra de água que exalava um forte cheiro a enxofre. A análise da tal amostra provou que tinha efectivamente 20% de enxofre e um precipitado de cálcio, o que denunciaria a possível presença de rochas ardentes sob a superfície, devidas a uma expansão vulcânica. Porém, a explicação mais admitida continua a ser a presença de cardumes de minúsculos peixes fosforescentes ou mais simplesmente marga, levantada do fundo do oceano por peixes de grande envergadura.

Em Setembro de 1494, o navegador Cristóvão Colombo observou as evoluções de um monstro marinho ao largo de Hispaníola (ilha actualmente partilhada pelo Haiti e República Dominicana). Interpretou a visão, segundo o costume da época, como sinal de tempestade.

Em Maio de 1502, enquanto repousava no porto de Santo Domingo, o mais experimentado marinheiro de toda a Espanha, pressentindo uma tempestade, aconselhou o Governador de Hispaníola, Bobadilla, seu velho adversário, a suspender a partida dos seus 30 galeões carregados de ouro e prata com destino a Espanha. O governador ignorou o conselho. Alguns dias depois, 26 dos 30 navios desapareceram na tormenta com carga e tripulação: as primeiras vítimas conhecidas do misterioso Triângulo das Bermudas.
 
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O Triângulo dos Navios Naufragados!

O navio francês Rosalie!

Em 1840, um navio com bandeira francesa, o "Rosalie", zarpara de Hamburgo com destino a Havana, navegando velozmente, com as velas enfunadas pelo vento. Quando foi encontrado, não havia vestígios de água no seu interior, o carregamento estava intacto, mas a tripulação desaparecera, subsistindo apenas um desafortunado canário semimorto de fome na sua gaiola.

A escuna americana Ellen Austin!

Mais extraordinária ainda é a aventura que sucedeu em 1881 à escuna americana "Ellen Austin". A meio caminho entre as Baamas e as Bermudas, encontrou um grande veleiro abandonado. A bordo não se notava o menor vestígio de violência, reinava uma ordem perfeita: convés de teca recentemente esfregado; bujarrona e traquete cuidadosamente enrolados. A vela grande ondeava à mercê dos ventos e a retranca chocava com os brandais, a bombordo e a estibordo, a cada balanço do navio. A embarcação carregada de madeira de acaju, vinha aparentemente das Honduras. Um bónus para o comandante Baker do navio "Eleen Austin", que imediatamente colocou a bordo um destacamento encarregado de tomar posse do navio. Os dois navios preparavam-se para seguir juntos para Boston quando se desencadeou uma violenta tempestade.
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Decorreram dois dias antes que o navio "Ellen Austin" tornasse a avistar o veleiro capturado. Navegava tão caprichosamente que foi necessário persegui-lo durante cerca de uma hora antes que fosse possível abordá-lo. Quando o conseguiram os tripulantes do navio "Ellen Austin" surpreenderam-se por não ver ninguém. Chamaram os membros do destacamento que fora enviado para bordo, procuraram-nos nos camarotes, nos porões: por sua vez, eles haviam desaparecido para sempre.

Baker era um céptico e um obstinado. Mandou embarcar um segundo destacamento, desta vez armado até aos dentes e com ordem de abandonar o navio ao menor sinal insólito. Apenas uma distância de cerca de 20 metros separava ambas as embarcações. Não tardou, no entanto, a desencadear-se uma tempestade ainda mais violenta, e o contacto foi novamente perdido. Nunca mais se viu o "navio fantasma", e com ele um terço dos homens do "Ellen Austin".

O Cyclops.

No dia 4 de Março de 1918, o "Cyclops", o maior navio de transporte de carvão da Marinha Americana, aparelhou em Barbados, a mais oriental das Antilhas, com uma tripulação de 309 homens e um carregamento de minério de magnésio com destino a Norfolk. O último contacto radiofónico que um navio que passava nas proximidades estabeleceu com o "Cyclops", indicava bom tempo e a inexistência de qualquer problema a bordo. No entanto, o "Cyclops" nunca chegou ao destino. Não lançara qualquer mensagem de socorro. Milhares e milhares de quilómetros quadrados de oceano foram esquadrinhados sem que tivesse sido encontrado o menor vestígio do navio.
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O navio de transporte de carvão "Cyclops", desaparecia em Março
de 1918, com 309 homens a bordo nas águas do Triângulo das
Bermudas: acidente, presa de guerra ou motim? Jamais se soube.

Pensou-se que o "Cyclops" tivesse colidido com uma mina ou fora torpedeado por um submarino alemão, pois vivia-se ainda o clima da I Guerra Mundial. Mais tarde, foi demonstrado que nem minas ou submarinos alemães encontravam-se nessas paragens. Teria o carregamento de magnésio, mal acondicionado, contribuído para inclinar o navio e afundar? Também não era de excluir a hipótese de um motim: nos seus porões, o "Cyclops" transportava para o local do julgamento, 3 marinheiros acusados de assassínio e 2 fuzileiros navais desertores. Quando ao comandante George Worley, que superintendia aos destinos do navio desde a sua primeira viagem, em 1910, era considerado um temível déspota. Tudo era de temer da parte deste bruto, de sanidade mental duvidosa: tinha o hábito de percorrer a passos largos a ponte envergando apenas a roupa interior e um chapéu de coco.

Poderia ele ter entregue o navio ao inimigo?

Embora ele afirmasse ser originário de São Francisco (E.U.A.), não nascera de facto na Alemanha, e entrara ilegalmente nos Estados Unidos, desertando do navio em que prestava serviço?

Actualmente, o desaparecimento do navio "Cyclops" é ainda alvo de estudo. Este navio foi o primeiro equipado com rádio a desaparecer sem um SOS.

O Raïfuku Maru!

A história da Marinha Japonesa é rica em lendas: monstros marinhos, demónios, navios fantasmas. No entanto, era muito longe do seu porto de abrigo que navegavam em Janeiro de 1921 os marinheiros do cargueiro nipónico "Raïfuku Maru": após terem atravessado o oceano Pacífico e transporto o canal do Panamá, dirigiam-se para Nova Iorque através das águas tépidas do Mar das Caraíbas. A última mensagem do navio foi emitida em código: "Perigo como punhal. Venham Depressa!". Em seguida, o silêncio. O navio e a sua tripulação nunca mais foram vistos. Uma vez mais, o Triângulo das Bermudas atacara. Especulou-se sobre a enigmática mensagem: Um acto de pirataria ou um ciclone, ou mesmo um tornado que pode efectivamente deslocar-se à superfície do mar e assumir o aspecto de uma adaga?

O Marine Sulphur Queen!

Baixo, coroado de ventiladores, este transportador de enxofre derretido que zarpa do porto de Beaumont, no Texas, no dia 2 de Fevereiro de 1963, é um antigo petroleiro transformado. Dirigia para Norfolk, na Virgínia, com o seu carregamento de enxofre acondicionado em barris de aço e mantido a elevada temperatura através de um dispositivo de vapor de água sob pressão. Dois dias após a partida, um dos 39 membros da tripulação envia um telegrama à mulher para lhe comunicar a chegada; um outro, que joga na Bolsa, transmite instruções ao seu agente de câmbios. Será a sua última especulação. Ao atravessar o estreito da Florida, o navio "Marine Suphur Queen" entrara no triângulo maldito.
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No dia 6 de Fevereiro, foi dado como desaparecido. As buscas empreendidas saldaram-se pela descoberta de alguns coletes de salvação, um apito de nevoeiro e detritos e nada mais. Um velho marinheiro que navegara a bordo do navio aventou a possibilidade de um mar tempestuoso ter feito a embarcação soçobrar e afundar-se. Ventilou-se a hipótese de se ter declarado um incêndio a bordo em consequência do que os vapores de enxofre, libertados através dos ventiladores, teriam afectado a tripulação, impedindo-a de transmitir um SOS, e provocado em seguida uma explosão tão violenta que o navio se teria praticamente estilhaçado.
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O navio nunca chegou a Norfolk. Dele
apenas foram encontrados coletes salva-
-vidas e estas letras, da placa de identificação
do navio, na praia de Key Biscayne, na
Florida (E.U.A).

O "Marine Sulphur Queen" tinha 19 anos. Mais algumas viagens e teria acabado na vala naval comum, no fundo de uma baía. Mais clemente, o destino outorgava-lhe a celebridade ambígua dos navios misteriosamente perdidos no famoso Triângulo das Bermudas.

O Iate Saba Bank!

Especialmente equipado para expedições de mergulho, o navio "Saba Bank" partira no dia 10 de Março de 1974, de Nassau, capital das Baamas, para a sua primeira viagem. Entre os seus 8 passageiros contava-se o célebre maestro da orquestra de Filadélfia, Cy Zenthner, de 32 anos. Após a sua última mensagem radiofónica, com data de 24 de Março, o iate não tornara a ser avistado. As buscas realizadas a partir de 10 de Abril foram abandonadas no dia 25 desse mesmo mês.
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Anúncio sobre a procura do Saba Bank: "Procura-se um navio desaparecido. 2500 dólares
de recompensa. Dirigir-se ao Centro de Salvação dos Guardas Costeiros". Este aliciante anúncio
foi afixado nos estaleiros navais e nos cais dos portos da Florida e das Baamas, em Março
de 1974. O iate novo "Saba Bank" custava 300.000 dólares.

Alguns meses mais tarde, foi dirigido um aviso especial aos barcos de recreio, recomendando-lhes que nunca saíssem para o mar com passageiros cuja identidade desconhecessem, e que deixassem sempre a lista da tripulação a um amigo ou vizinho. Estas precauções não eram supérfluas.

Um dos deputados de Nova Iorque, John M. Murphy, publicou na época os seguintes números:
- Entre 1971 e 1974, mais de 600 iates tinham desaparecido misteriosamente. Pelo menos 50 destes barcos haviam sido vítimas de actos de pirataria, na maioria dos casos perpetrados por traficantes de droga. O "Saba Bank" poderia bem ter sido o último da lista.
 
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O Triângulo dos Aviões Desaparecidos!

Mas os navios não foram as únicas vítimas do Triângulo, o desaparecimento abrange os aviões.

O desaparecimento do voo 19 é o mais notável: foram seis aviões de uma vez.
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No dia 5 de Dezembro de 1945, por volta das 14h 10m, cinco aviões torpedeiros descolaram da Estação Aeronaval de Fort Lauderdale, na Florida (E.U.A.). O seu objectivo: patrulhamento de rotina e exercício de tiro sobre um barco-alvo a sul da ilha de Bimini, a mais ocidental das Baamas. A bordo destes Avengers, poderosos monomotores movidos a hélice, seguiam cinco pilotos, entre os quais o Tenente Taylor (seis anos de serviço na Marinha), e a tripulação constituída por nove homens.

Tempo: 18ºC graus no solo. Sol radioso e algumas raras nuvens empurradas por uma ligeira brisa de Nordeste. Condições ideais para a missão!

O regresso está previsto para as 16 horas. Às 15h 45m, o rádio do chefe de esquadrilha chama a torre de controle:
- Controle, esquadrilha 19 chama. Não temos informações de rumo, deixámos de avistar terra.
- Qual é a sua posição?
- Não sabemos. Estamos perdidos.
- Volte para Oeste.
- Não sabemos para que lado é o Oeste. Está tudo mal… estranho… até o aspecto do oceano é diferente.
Os minutos decorrem, pesados de terror. Decorrida meia hora, o controlador sobressalta-se. Nova mensagem:
- Não conhecemos exactamente a nossa posição. Devemos estar a cerca de 225 milhas a Nordeste da base.
Uma confusão. Palavras incompreensíveis. Depois, o silêncio.
Na torre de controle uma mensagem foi captada: a esquadrilha está em perigo. Imediatamente, levanta voo um hidroavião Mariner. Uma verdadeira fortaleza voadora, munida de toda a aparelhagem possível e transportando a bordo 13 homens. Decorrida menos de meia hora, indica que se aproxima da última posição provável dos Avengers. Será a última mensagem. À noite, será necessário render-se à evidência: o Mariner não regressará.
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Imediatamente, descola o hidroavião Martin Mariner carregado de combustível, à procura
da esquadrilha do voo 19. Mas desapareceu após 20 minutos de voo, com 13 tripulantes
a bordo.

Na madrugada seguinte, o aparato de combate:
- 242 aviões;
- 18 navios;
- Porta-aviões "Solomons" e os seus 35 aviões.
Todos participam nas buscas aeronavais mais intensivas da história.
Pesquisas realizadas ao longo de mais de 725.000 km2, até ao golfo do México. Em terra, centenas de quilómetros de costa são passados a pente fino na Florida e nas Baamas. Em vão, nem o menor indício dos 6 aviões e dos 27 tripulantes.

As hipóteses não faltam:

Uma colisão em voo?

Porém, ter-se-iam encontrado destroços dos Avengers.

Uma falha de combustível?

Não poderia ter-se verificado simultaneamente nos cinco aviões. Além de que os aparelhos haviam sido construídos de modo a flutuar o tempo suficiente para que os aviadores pudessem lançar as balsas salva-vidas de enchimento automático.

Teria uma brusca mudança de direcção dos ventos empurrado os aviões para várias centenas de quilómetros a sul da sua rota?

Nesse caso, eles teriam sobrevoado muitas ilhas das Antilhas, ponto de referência fácil.

Porque desaparecera por sua vez, o Mariner?

O desaparecimento do voo 19 atraiu a atenção do mundo inteiro para esta região. O nome de baptismo sob o qual esta zona devia conhecer uma triste glória só lhe foi, no entanto, atribuído 20 anos depois, num artigo publicado na revista americana "Argosy" pelo jornalista Vincent Gaddis. Pela primeira vez, relacionava-se a tragédia dos Avengers com outros desaparecimentos inexplicáveis ocorridos na mesma zona: nascera o Triângulo das Bermudas.

No entanto, antes do voo 19 em 1945, já havia desaparecidos outros aviões na zona:
- Contrabandistas da época da interdição das bebidas alcoólicas nos anos 30 (Lei Seca). Cansados de serem perseguidos nos mares pela Guarda Costeira, refugiaram-se nos céus, que se supunham ser mais calmos.
- Aviões militares, sobretudo da II Guerra Mundial, os quais nunca se soube realmente se haviam sido vítimas das fadas malignas da região, ou da inexperiência dos pilotos, na sua maioria jovens em fase de instrução.
 
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O Star Tiger e Star Ariel!

Star Tiger.

Ao abandonar as brumas londrinas, o Star Tiger, um Tudor IV, pertencente à companhia British American Airways, já fizera escala em Lisboa e em seguida nos Açores. Nesse dia 30 de Janeiro de 1948, devia aterrar no Aeroporto de Kindley Field, nas Bermudas, antes de alcançar o seu destino, a cidade de Kingston, na Jamaica. A bordo iam 31 pessoas, 25 das quais passageiros.

Às 22h 30m, Kindley Field captava uma mensagem do capitão MacMillan, o piloto do Star Tiger:
- A nossa posição aproximada: 640 km a norte de Kindley. Esperamos aterrar à hora prevista. Sem avarias e condições meteorológicas OK.

A chegada às Bermudas estava prevista para pouco depois da meia-noite. Mas o avião não daria mais sinais de vida após a mensagem do capitão MacMillan.

Uma operação aeronaval foi realizada:
- 30 aviões;
- 10 navios;
Num total de mais de 1000 homens, partiram à procura do avião.

Nunca foi encontrado qualquer destroço, nem vestígio dos ocupantes do avião.

Star Ariel.

No dia 17 de Janeiro de 1949, um outro Tudor IV da mesma companhia, o Star Ariel, descolava das Bermudas com 7 tripulantes e 13 passageiros, em direcção à Jamaica. O tempo estava mais uma vez esplêndido; foi igualmente enviada uma mensagem optimista:
- Voamos à altitude de cruzeiro. Esperamos aterrar em Kingston, à hora prevista.

Não voltou-se a saber mais nada do avião.

A Marinha Americana estava justamente em manobras ao sul das Bermudas:
- Um couraçado;
- Porta-aviões;
- Cruzadores;
- Contratorpedeiros.
Todos interromperam os seus exercícios para esquadrinhar o sector entre estas ilhas e a Jamaica.

Um avião comercial, a 300 milhas das Bermudas, avistou um estranho clarão verde sobre o oceano. Dois contratorpedeiros seguiram rapidamente para esse ponto, onde não encontraram nada senão um mar perfeitamente calmo.

Perante estes dois acidentes, o Ministro da Aviação Civil britânico proibiu a utilização dos Tudores IV nas linhas comerciais. Mas rapidamente foi ignorada essa ordem, quando os Tudores IV foram usados na ponte aérea de Berlim.
 
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Douglas DC-3

No dia 27 de Dezembro de 1948, um charter DC-3 descolou de San Juan de Porto Rico, com destino a Miami (E.U.A.), a cerca de 2000 km de distância. O ambiente a bordo era descontraído: os passageiros eram constituídos por 29 porto-riquenhos, quase todos de idade inferior a 30 anos, que regressavam de passar o Natal com a família. Ainda imbuídos do espírito das festas, e talvez de alguns copos em excesso do bom rum que traziam para o continente, cantavam em espanhol. O tempo estava bom. Nada a assinalar.

Às 4h 13m, da madrugada, o capitão Linquist, piloto do DC-3, entrou em contacto com a torre de controle de Miami:
- Estamos 80 km a sul do campo; vêem-se as luzes de Miami. Solicito instruções de aterragem.
A torre transmitiu as instruções esperadas. Mas Linquist já não respondia. Quase sobre a pista, mais um avião acabava de desaparecer. A última posição estimada do avião era nos arredores de Key Largo, sobre baixos de apenas 5 metros ou 6 metros cobertos de areia branca.

Sobre estes baixos, os destroços ou fragmentos teriam sido visíveis, caso o DC-3 tivesse explodido ao tocar no mar. Nada, porém, se encontrou, nem mesmo um colete de salvação, um fragmento de chapa, uma mancha de óleo, e não foi avistado qualquer grupo de tubarões, os quais geralmente se reúnem no cenário de um desastre.
 
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A Era do Jacto no Triângulo das Bermudas!

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O facto de desaparecerem aviões a hélice neste sector do oceano Atlântico, pode dever-se a vários motivos:
- Condições climáticas adversas;
- Falha mecânica;
- Falha humana.
Todos estes motivos podem ser responsáveis pelos desaparecimentos dos aviões.

Mas como explicar o desaparecimento de aviões a reacção, esses senhores do ar concebidos para continuar imperturbavelmente a sua rota no meio das mais violentas tempestades?

Os aviões a jacto KC-135.

No dia 28 de Agosto de 1963, o Triângulo das Bermudas entrava na Era dos Jactos.

Nessa data, dois quadrirreactores KC-135, a versão militar do Boeing 707, reabastecedores em voo de outras aeronaves, descolavam da Base Aérea de Homestead, na Florida, para uma missão secreta sobre o Atlântico. As tripulações dos dois aviões eram constituídas na sua totalidade por 11 homens. Ao meio-dia, transmitiam pela rádio a sua posição: 500 km a sudoeste das Bermudas. Foi o seu último sinal de vida. Desta vez, as buscas surtiram efeito: foram encontrados grandes fragmentos de ferragens e três botes pneumáticos não longe da última posição assinalada. Deduziu-se que os dois aviões teriam colidido em pleno voo. Finalmente, surgiu uma resposta simples para um dos lamentáveis dramas do Triângulo! Decorridos menos de 48 horas, era assinalada uma segunda concentração de destroços a 250 km de distância da primeira.
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Teoria plausível: O acidente deve-se provavelmente a uma falha no sistema de alimentação de oxigénio ou de pressurização que teria neutralizado ou matado a tripulação, consequentemente incapaz de transmitir o menor pedido de socorro, deixando o avião livre para continuar durante alguns momentos o seu curso, guiado pelo piloto automático.
 
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Fenómenos Estranhos no Triângulo das Bermudas!

Não são apenas os desaparecimentos que intrigam os observadores do Triângulo das Bermudas. Além de representar sem dúvida uma armadilha fatal, o Triângulo é ainda um cenário fértil em espectáculos fora do comum.

Uma Parede ao longo do Oceano!

A Guarda Costeira Americana não aceita casos de ocorrências invulgares, tentando atribuir uma explicação racional sobre o sucedido. Mas ainda não encontraram uma explicação para um caso que envolveu um dos seus próprios navios, o "Yamacraw".

Antigo Draga-Minas da II Guerra Mundial, reconvertido para colocação de cabos submarinos e socorro a navios em perigo, o "Yamacraw" navegava no dia 8 de Agosto de 1956, a Nordeste das Baamas, no Mar dos Sargaços, rumo ao sul. Tinha 58 metros de comprimento e a tripulação era constituída por 51 homens.

Por volta da 1h 30m, da madrugada, o operador de rádio indica:
- Grande extensão de terra a 28 milhas à proa.
- Impossível - responde o oficial de quarto, - a terra mais próxima é a República Dominicana, a 800 milhas.
O mar está calmo, o céu limpo, todas as estrelas são visíveis. A agulha está normal, não é possível qualquer erro de navegação. No entanto, a "terra" não está agora a mais de 24 milhas, menos de 40 km.

Duas horas mais tarde, os homens comprimem-se na ponte, olhando em frente, observando uma enorme massa que veda o horizonte de um extremo ao outro. Decorridos alguns minutos, o navio "Yamacraw" navega ao longo desta misteriosa parede, cuja base parece flutuar 50 centímetros acima do oceano. Os potentes projectores que foram apontados sobre esta massa cinzenta acastanhada não conseguem penetrá-la mais do que cerca de 1 metro. O comandante Strauch não é medroso. A uma ordem sua, o homem do leme vira ligeiramente a estibordo, e lentamente, o "Yamacraw" enterra-se nessa enorme massa. A temperatura e a humidade não sofrem qualquer alteração: não se trata pois de nevoeiro. Na ponte, a visibilidade é nula, como se os marinheiros do "Yamacraw" se tivessem perdido numa tempestade de areia e pó. Repentinamente, a pressão baixa nas máquinas, que pouco a pouco param. Os marinheiros começam a tossir. Mas no momento em que o comandante vai dar ordem de retroceder, o "Yamacraw" emerge finalmente da massa: "Dir-se-á que tínhamos penetrado numa parede sólida", comentará um dos marinheiros.

Ao despontar do dia, o navio da Guarda Costeira navegará uma vez mais ao longo da enorme massa, cujo cimo era impossível distinguir. Depois, com os primeiros raios de Sol, a parede desapareceu bruscamente. O navio "Yamacraw" não tinha qualquer vestígio de pó ou outro depósito. Jamais se soube em que penetrara.
 
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Falhas Mecânicas!

Em 1927, Charles Lindebergh foi o primeiro piloto a atravessar solitariamente o oceano Atlântico, no seu avião "Spirit of Saint Louis", na travessia América-Europa, partindo dos Estados Unidos em direcção a França. Um ano depois, em 1928, a sua missão era menos gloriosa, mas igualmente árdua: estabelecer novas rotas aéreas por conta da companhia Pan American.
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Tendo partido de Havana (Cuba), Charles Lindbergh alcançara o continente americano a bordo do seu avião "Spirit of Saint Louis". À sua chegada, a 13 de Fevereiro de 1928, escreveu no seu diário: "Sobre o estreito da Florida, em plena noite, as duas bússolas falharam. A agulha oscilava de trás para diante; a rosa-dos-ventos girava ininterruptamente. O espesso nevoeiro impedia-me de me orientar pelas estrelas. Ao romper da aurora, consegui finalmente determinar a minha posição, sobre as Baamas, aproximadamente 300 milhas afastando da minha rota. A rosa-dos-ventos continuou a girar loucamente até que o avião alcançou a costa da Florida". Naquela época, os aviões possuíam apenas agulhas electromagnéticas, susceptíveis de variar consideravelmente em presença de poderosas influências magnéticas.

Mas que pensar das falhas verificadas em aparelhos consideravelmente mais sofisticados?

Em Fevereiro de 1955, o submarino quebra-gelos "USS Tigrone SSR 419", especialmente reforçado, colidiu no decorrer de uma manobra, com o único pico submarino que existia nas paragens: teria passado a 4 milhas de distância do obstáculo se os seus instrumentos tivessem funcionado normalmente.
 
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Outras Ocorrências Insólitas: Os Silêncios de Rádios!

Assim, enquanto realizava um inquérito, nos finais de 1975, sobre um incêndio que eclodira num cargueiro, o navio de fiscalização "Diligence" ficou privado de qualquer comunicação por rádio e do sonar e foi encalhar nos recifes das Baamas. Durante uma hora não lhe foi possível emitir ou receber quaisquer mensagens, à excepção de um contacto com uma outra vedeta da Guarda Costeira ao largo de São Francisco, a 7200 km de distância.

Mas impressionantes foram as anomalias de funcionamento dos satélites meteorológicos. Segundo Charles Berlitz: Um Físico do Longwood College, na Virgínia, de nome Wayne Meshejian, teria notado que os satélites colocados em órbita polar - a uma altitude de 1300 km - ficam submetidos a um campo de energia quando passam na vertical do Triângulo das Bermudas: em dois filmes transmitidos por estes satélites, nota-se uma interrupção nos sinais registados, bem como impulsos telemétricos e electrónicos.
 
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Forças Irresistíveis!

Marinheiro experimentado, navegador consumado, mergulhador comprovado, o Capitão Don Henry, de 55 anos, proprietário de uma companhia de salvamento em Miami, não tem tempo nem razões para fazer inimigos. Contudo, uma vez, ao regressar de Porto Rico para Fort Lauderdale, na Florida, num dia maravilhoso, rebocando um barco vazio preso a extremidade de um cabo de 300 metros, aconteceu-lhe uma estranha aventura. A agulha repentinamente enlouqueceu, os geradores deixaram de funcionar. "As vagas pareciam vir de todas as direcções; era impossível distinguir o horizonte da água e do céu. O barco estava coberto por uma nuvem. Parecia que alguém ou alguma coisa nos puxava para trás, decidido a que tomássemos outra rota diferente da que seguíamos. Eu puxava o barco, que saiu da bruma; em redor, a visibilidade era excelente", declarou Don Henry.

Mais intrigantes são os casos de certos sobreviventes que nada viram de anormal: nem águas luminescentes, nem bolas de fogo, nem bruma misteriosa. No entanto, ficam ainda gelados de pavor à recordação da luta que travaram no Triângulo para sobreviver.

O campeão da Natação de longa distância, Ben Huggard, realizou uma travessia de 260 km entre a Florida e as Baamas: dois dias de natação no mar alto dentro de uma gaiola puxada por um barco. Esta gaiola protegia o atleta dos ataques dos Tubarões Martelos que infestam estas paragens.

A gaiola estava fechada com uma portinhola metálica, por sua vez fechada com duas voltas. Ao cair da noite, Huggard, que prosseguia a sua proeza sob os focos dos projectores, teve repentinamente a sensação de que algo se passava do lado da portinhola. Estava totalmente aberta: dois homens da tripulação de segurança trouxeram as suas ferramentas e fecharam a porta. Mas ao longo de toda a noite, Huggard teve de fechar duas ou três vezes por hora, a porta da gaiola.

"Nadei até lá, tornei a fechar a porta várias vezes ao longo da noite. Sentia um medo pavoroso; era como se uma força irresistível quisesse atrair-me para fora da gaiola", contou Huggard.

Não seria esta alteração psíquica a mesma que há séculos tem impelido tripulações inteiras a desertar dos seus navios e os mergulhadores a continuar uma descida inexorável até às profundidades letais do Triângulo das Bermudas?
 
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Turbilhões Magnéticos!

Existe um outro ponto do Globo onde aviões e barcos desaparecem por razões inexplicáveis.

O Mar do Diabo, situado entre a costa Sudeste do Japão, o extremo Norte das Filipinas e a Ilha de Guam, tem uma extensão mais vasta que o Triângulo das Bermudas. Aí se registe um número superior de desaparecimentos: entre 1950 e 1954, nada menos do que nove navios de grande calado, equipados com rádios e óptimos motores. Todos desapareceram com bom tempo, sem nunca pedirem socorro.
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Mar do Diabo situado entre a costa Sudeste do Japão,
o extremo Norte das Filipinas e a Ilha de Guam.

Alarmado, em 1955 o governo japonês ordenou que se procedesse a um estudo da região. Porém, um dos navios encarregados das buscas, o "Kaiyo Maru", foi por sua vez dado como desaparecido. Desaparecimentos sem causa explícita, inexistência de destroços, fragmentos flutuantes ou manchas de óleo: os pontos comuns entre o Triângulo das Bermudas e o Mar do Diabo não eram senão uma coincidência casual para os espíritos curiosos. Constatou-se que estas duas zonas de perigo estavam situadas precisamente nas antípodas uma da outra, entre 20º e 35º de latitude norte. E que o meridiano 130, que corta ao meio o Mar do Diabo, é o mesmo que, do outro lado do Pólo Norte, se torna o 50º de longitude Oeste e atravessa a zona oriental do Triângulo das Bermudas. Verificou-se também que as extremidades ocidentais destas duas regiões eram as únicas no mundo onde as bússolas indicam o Norte verdadeiro sem que seja necessário atender à declinação magnética.

Será que a alteração das agulhas, o não funcionamento dos radares, os curto-circuitos, os enormes poços de ar onde os aviões caem como pedras, se deverão à existência de determinadas zonas nas quais as leis da gravitação e da atracção magnética deixam de se fazer sentir?

É certo que existem forças magnéticas locais susceptíveis de exercer efeitos intrigantes:
- Assim sucede no Norte do Minnesota ou na região dos Grandes lagos, nos E.U.A., onde existem vastos jazigos de minério de ferro;
- No Novo México (E.U.A.), onde se estendem camadas de lava.

E no fundo do mar?

Um certo Ralph Barker sugeriu a possibilidade de existirem em zonas localizadas da Terra, partículas de uma matéria antigravitacional que adquire um carácter terrivelmente explosivo quando se aproxima da matéria tal como a conhecemos.

Outras hipóteses atribuem os caprichos turbulentos de determinadas regiões à colisão das correntes oceânicas quentes que se dirigem para norte com as correntes frias que se dirigem para sul. Nos seus pontos de encontro, grandes correntes de maré, sob a superfície, influenciadas pela diferença de temperatura, provocariam turbilhões magnéticos que afectariam as comunicações por rádio, o magnetismo e eventualmente a gravitação.

Foi ao trabalhar com base nesta ideia que o investigador Ivan Sanderson, determinou a existência de outras zonas do hemisfério norte onde se registavam anomalias idênticas:
- A par do Triângulo das Bermudas, o Mar do Diabo, é certo, mas também o Mar Mediterrâneo, o Afeganistão, e uma região situada a Nordeste do Havai, no oceano Pacífico.

Coincidência curiosa: todas estas regiões estavam situadas a igual distância do Equador, todas se encontravam exactamente a 72º uma das outras e todas tinham a forma de um losango. Outras pesquisas demonstraram que existem cinco regiões semelhantes no hemisfério austral, equidistantes entre si, com as mesmas características.
 
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Outros Espaços. Outros Tempos!

As imaginações excitam-se: se existem anomalias magnéticas no Triângulo das Bermudas, então tudo é possível: os navios podem mesmo tornar-se invisíveis e continuar a sulcar os mares. Ou então, os navios e aviões desaparecidos seriam atraídos por uma quarta dimensão, para um "buraco do céu", onde entrariam para nunca mais sair.

Não previu já um vidente que um dia o espaço restituiria todos estes navios e que eles regressariam aos seus portos de abrigo com os esqueletos das suas tripulações?

Outros espaços. Então porque não outros tempos?

Alguém soube jamais explicar os adiantamentos horários registados nos limites do Triângulo?

Quase todos os livros sobre este assunto citam o caso de um piloto que tendo descolado de Andros, nas Baamas, no avião Beechcraft Bonanza A 36 e enfrentando dificuldades constantes durante o voo devido a turbulência causada por formações nebulosas, aterrou em Miami meia hora antes do que teria sido normal.

Como foi possível a um avião cuja velocidade máxima de cruzeiro era de 300 km/h, percorrer 400 km em 15 minutos?

Apenas a hipótese de ventos deslocando-se a 1500 km/h e empurrando o avião poderia explicar esta rapidez anómala.

Igualmente intrigante é a história de um avião comercial Boeing 727, pertencente à companhia National Airlines, que desapareceu no radar da torre de controle de Miami, 10 minutos antes de aterrar. No momento em que se considerava perdida qualquer esperança de o encontrar, o Boeing 727 aterrou na pista, precisamente à hora prevista. A tripulação ficou estupefacta ao encontrar no aeródromo, ambulâncias e carros de bombeiros prontos a intervir. Não notara nada de anormal para além de um ligeiro nevoeiro nos últimos minutos de voo.

Surpreendentemente, porém, os relógios de todas as pessoas a bordo do avião, bem como os cronómetros do avião, estavam 10 minutos atrasados. Os mesmos 10 minutos durante os quais o Boeing 727 desaparecera dos quadros do radar.

É possível que em vez de decorrer a um ritmo constante, como sempre se supôs, o tempo transcorra a velocidades variáveis. Comprova-o o P 2 da Marinha Americana, que emitiu uma mensagem de emergência sobre as águas das Baamas e conseguiu aterrar em Jacksonville antes mesmo de a mensagem ter sido recebida em terra. Como se de modo compreensível, o SOS tivesse ficado retido no ar.

Se a velocidade do tempo sofre alterações sensíveis relativamente àquela a que estamos habituados, um navio apanhado numa armadilha deste género poderia deixar simplesmente de existir no mundo.

Outra hipótese ainda pretende que o tempo não decorre sempre em continuidade e que os segmentos de tempo se bifurcam, arrebatando com eles tudo o que se encontra nesses locais nesse momento. Os navios e as suas infelizes tripulações seriam então transportados para o futuro ou o passado, ou ainda arrebatados para um universo paralelo. Será isto real ou apenas ficção científica?

Talvez os navios fantasmas que fazem as suas viagens errantes, sulcando majestosamente as águas com todas as velas enfunadas, como que para repetir uma viagem antiga, não faria algum sentido?

"Não será possível, que em determinadas zonas, como o Triângulo das Bermudas, sob o efeito de correntes ou forças poderosas, o tempo projecta no presente imagens visuais ou recordações do passado?", afirma Charles Berlitz.

Não vemos nós no firmamento, o brilho de estrelas que desapareceram à milhares de anos?

James Raymond Wolfe, remeteu-se a Einstein para afirmar que um agregado de partículas de massa nula podia atingir um navio ou avião, arrastando-os para fora do espaço-tempo.
 
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Monstros Marinhos dos Abismos Oceânicos!

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No fundo dos oceanos, milhares de metros mais abaixo que o último raio de luz, viverão eventualmente animais gigantescos que desafiam qualquer descrição: alguns observadores descreveram estes seres marinhos, que pela sua estrutura se assemelham muito a determinados monstros pré-históricos, como o Mosassauro do Cretácico, ou o Ictiossauro, e que possivelmente habitam as profundidades abissais.
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Tilossauro, réptil aquático do grupo dos Mosassauros que habitou
os mares subtropicais no final da era secundária.
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Ictiossauro, réptil marinho com corpo e vértebras de peixe que viveu
durante toda a era secundária.
 
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OVNIS no Céu das Bermudas!

O fenómeno mais intrigante de todo este mistério é a inexistência de vestígios deixados pelos aviões e navios desaparecidos. De onde surgiu a ideia, defendido por alguns, da existência de um orifício no céu que aspiraria navios e aviões. Ou então, as naves extraterrestres, os famosos ovnis, raptariam as tripulações e levariam os navios e aviões.

John Spencer, antigo piloto de avião, afirma que existem dois tipos principais de ovnis:
- O Disco Voador, com um perímetro aproximado de 25 metros;
- Uma enorme Nave-Mãe, capaz de transportar mais de 12 discos nos seus flancos.
Estas enormes naves poderiam eventualmente arrebatar navios de grande tonelagem.
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É certo que são assinalados ovnis em todo o mundo, sobrevoando
planícies e desertos, montanhas e cidades, bem como o oceano.
Todavia, os ovnis parecem ter uma predilecção pela zona do Triângulo.

Em redor do Cabo Canaveral, na Florida, a actividade dos ovnis é intensa. Ao que parece, os ovnis são apaixonados pela pesquisa espacial:
- No dia 10 de Janeiro de 1964, um ovni seguiu durante 15 minutos um míssil Polaris.
- Aquando do voo da Gemini IV, os astronautas McDivit e Borman observaram um ovni que se deslocava paralelamente à sua nave.
- A Apollo 12, no seu voo lunar, foi durante algum tempo, a 200.000 km da Terra, escoltada por dois ovnis, um que a precedia e o outro que a seguia.
Por toda a parte, nas Baamas, no Haiti, na República Dominicana, em Cuba, nas outras ilhas das Caraíbas, nas Bermudas, as aparições dos ovnis são lugar-comum.

Em 1963, no decorrer de manobras navais efectuadas a Sudeste de Porto Rico, um objecto submarino que se deslocava a mais de 150 nós teria sido perseguido durante 4 dias por um contratorpedeiro e depois por um submarino. Foi impossível identificar a sua natureza, mas maioria dos relatos salientavam que o veículo era accionado por uma única hélice.

Mas qual será a relação dos ovnis com os desaparecimentos ocorridos no Triângulo das Bermudas?

Consta-se que os ovnis estão sempre presentes aquando de desaparecimento de aviões e navios.

Virão eles do espaço exterior, onde milhões de planetas são supostamente habitados?

Se bem que o tempo da viagem, calculado em anos-luz, exigiria a maior parte de uma vida humana ou mesmo várias gerações.

Ou provirão eles de um local mais próxima da Terra, eventualmente mesmo dos oceanos do nosso planeta?

Na Língua do Oceano, uma fossa marinha que mergulha directamente sob o banco das Baamas, à profundidade aproximada de 2000 metros, ao abrigo de grutas situadas perto de Andros, a pressão de 91 atmosferas coincide com a do planeta Vénus.

Ivan Sanderson defende apaixonadamente esta ideia:
- Ou bem que existe no nosso planeta, desde tempos imemoriais, uma civilização submarina que tem evoluído, ou bem que entidades inteligentes, vindas de outros lugares, se estabeleceram nos abismos oceânicos, preferindo utilizar o fundo da hidrosfera e talvez também as camadas de superfície da litosfera submersa, onde residem e a partir de onde actuam.

Para Manson Valentine, Zoólogo, Arqueólogo e Oceanógrafo, os ovnis estão presentes na Terra, mas numa dimensão contígua à nossa. No entanto, e devido aos limites do nosso espectro visual, somos incapazes de os ver.

Segundo Valentine:
- Poderosos campos magnéticos seriam capazes de criar as condições favoráveis a uma possível alteração de dimensão. Os ovnis utilizariam e intensificariam esses campos. Assim, determinadas zonas de sismos e de anomalias magnéticas seriam uma janela de entrada para os ovnis: a costa Setentrional de Porto Rico e a Língua do Oceano, por exemplo.

Inúmeras hipoteses tem sido formuladas sobre os meis de actuação dos ovnis, todas com o intuito de esclarecer os mais tenebrosos dramas do Triângulo:
- Os ovnis teriam a capacidade de se tornarem invisíveis a si e às suas presas, o que explicaria a aparente intermitência das suas manifestações.

Outra possibilidade aventada por Manson Valentine:
- A nave em forma de disco seria rodeada por raios catódicos que poderiam propagar-se rapidamente em qualquer direcção, accionando os geradores de acordo com a direcção pretendida. Os geradores ionizariam o ar na frente do veículo, provocando assim um vácuo no qual este manobraria. As bolsas de ar ionizadas deixadas pelos ovnis poderiam perfeitamente ser a causa das turbulências em tempo límpido com que deparou grande número de pilotos e provocar, em determinados casos, a total desintegração dos aviões.

Segundo John Spencer:
- O poder operacional dos ovnis basear-se-ia sobretudo na utilização elaborada de uma frequência de rádio como força propulsora, a qual explicaria por sua vez o esgotamento das fontes electrónicas, assinalado aquando da maioria dos incidentes.

Não tem sido, aliás, frequentemente constatada a aparição de ovnis aquando de cortes de electricidade?

Assim sucedeu no momento da grave avaria que afectou a costa Leste dos E.U.A. em 1965.

Qual é o motivo destas incursões extraterrestres?

As opiniões divergem: para uns, os extraterrestres limitar-se-iam a satisfazer os seus caprichos de coleccionadores, desejosos de enriquecer algures, numa outra galáxia, um museu do homem.

A actuação no Triângulo das Bermudas oferece muitas vantagens: tanto ao nível da selecção, uma vez que a zona é muito frequentada, como ao nível da discrição com que tais raptos podem ser efectuados.

Aliás a lista dos desaparecidos é constituída por uma grande percentagem de navios de guerra e sobretudo aviões militares, quase todos desaparecidos em tempo de paz. Estes últimos, que vão dos aviões a hélice aos de reacção, incluindo os supersónicos, formam por curiosa coincidência, uma espécie de amostragem dos modelos da Força Aérea Americana, à excepção das cápsulas espaciais.

Quanto aos espécimes vivos recolhidos pelos raptores do céu, é difícil encontrar-lhes um denominador comum, com uma única excepção: são todos seres humanos.

Nos raros navios que foram encontrados, não havia nem um tripulante ou passageiro:
- No navio "Rosalie", em 1840, ficou um canário;
- Na escuna de cinco mastros "Carrol A. Deering", encontrada em Janeiro de 1921, encalhada nos recifes do Cabo Hatteras, estavam dois gatos;
- Cerca de 20 anos mais tarde, foi encontrado um cão no cargueiro cubano "Rubicon", salvo pela Guarda Costeira Americana. O navio encontrava-se à deriva, sem tripulação, ao largo da Florida.

Outros observadores vêem nestas manifestações dos ovnis a sedução de um colonialismo cósmico, na melhor das hipóteses benevolente:
- Os enviados do além vigiariam a evolução das nossas descobertas tecnológicas, quer para determinar o momento em que seremos dignos de ser aceites no seio das civilizações evoluídas, quer para nos impedir de nos autodestruirmos.

Para o Dr. J. Allen Hynek, antigo especialista de ovnis junto da Força Aérea Americana e decano dos investigadores do Triângulo das Bermudas, esta benevolência tocaria quase as raias da solicitude:
- Se os extraterrestres apenas se manifestam esporadicamente, é para nos permitir uma habituação progressiva à sua presença, a fim de não provocar nos homens, aquando de um eventual desembarque em massa, um pânico total ou uma veneração abjecta.

A razão pela qual os ovnis se sentem tão à vontade no Triângulo das Bermudas deve-se ao facto de estes locais terem, sem dúvida, sido outrora lugares sagrados. Esta hipótese é defendida pelo Dr. Valentine, conciliando assim a tese que sustenta interferências extraterrestres e a dos que defendem a vingança de uma civilização submersa.
 
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Civilizações Desconhecidas?

No local onde se estendem as maléficas águas do Triângulo das Bermudas, já existiu outrora, terra.

Existem pelo menos indícios que permitam calcular que sim:
- A presença nos buracos azuis;
- As grutas submarinas encontradas ao largo da Florida e Baamas;
- Estalactites e estalagmites, que apenas se formam ao ar livre;
- Rochas graníticas descobertas no decorrer de trabalhos de drenagem no fundo marinho das Caraíbas (formações geológicas tipicamente de superfície, uma vez que a crosta terrestre é constituída por rochas basálticas mais pesadas, de cor mais escura);
- Vastas praias submarinas, quando a areia apenas se forma devido à acção dos ventos e das ondas que vão quebrar-se nas falésias;
- Gargantas devido ao curso de antigos rios;
- Diatomáceas (algas) de água doce que ascenderam à superfície aquando de uma perfuração de 3600 metros nas proximidades da dorsal média do Atlântico Norte, as quais teriam sido inicialmente despositadas no lago interior.
É mais que provável que uma vasta zona do Atlântico actualmente submersa tenha estado a descoberto antes da fusão dos gelos da terceira glaciação, à aproximadamente 12.000 anos. Uma época afinal de contas, muito próxima relativamente à idade da Humanidade. Mais controversa é a ideia de que tal zona albergava uma cultura já muito evoluída.

No entanto, explorações submarinas permitiram descobrir maciças obras de pedra assentes no fundo das águas do Triângulo das Bermudas. A mais famosa destas descobertas, a "estrada" ou "muralha de Bimini", veio à luz em 1968, pelo Dr. Manson Valentine. Trata-se de um vasto pavimento de pedras planas, rectangulares e poligonais, de diversas dimensões e espessuras, manifestamente talhadas e alinhadas com precisão. Alguns blocos são rectangulares, aproximando-se por vezes de um quadrante perfeito. Os de maiores dimensões, que medem entre 3 metros e 4,50 metros, limitam frequentemente avenidas, enquanto os menores constituem uma espécie de pavimento em mosaico, revestindo uma superfície maior.
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Formada por lajes ciclópicas situadas a uma profundidade média
de 6 metros, esta estrutura submarina de Bimini, posta a descoberta
provavelmente por uma tempestade ou aluimentos de terreno, originou
a hipótese de ter sido uma civilização que foi submersa. Outros conside-
-ram os blocos como sendo de origem natural.

O comandante Jacques Costeau trouxe para a superfície detritos do que parece ter sido argamassa. Em Março de 1977, terá sido detectada pelo sonar uma massa piramidal aparentamente construída por homens. Foram avistadas outras construções nas proximidades do Haiti e da República Dominicana. Além de terem sido assinaladas essas estruturas submarinas nas águas cubanas.

Há séculos que o homem na busca das suas raízes, procura as civilizações desaparecidas na noite dos tempos; sobretudo a mais enigmática de entre elas, a Atlântida, vasto e magnífico império mundial descrito por Platão como a terra da Idade do Ouro, esse continente do tamanho da Ásia e da Líbia.
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Contudo as descobertas realizadas no Mar das Caraíbas fizeram surgir um novo
elemento: a Atlântida ter-se-ia efectivamente situado na zona ocidental do
Triângulo das Bermudas.

Não houve um famoso médium, vidente e curador norte-americano, Edgar Cayce, (morreu em 1945), que durante os seus transes, previu que a zona de Bimini, a 80 km a leste de Miami, por ele denominada Poseidia, seria o primeiro local da Atlântida renascida?

Não previu ele em Junho de 1940, que esse local seria descoberto em 1968 ou 1969?

Precisamente, em 1968, a grande muralha de Bimini é detectada pela primeira vez. É certo que não se trata dos palácios resplandecentes de algas da Atlântida, a cidade perdida, surgindo lentamente das águas. Trata-se não obstante, de uma coincidência.

A nossa cultura primitiva passara do período de recolecção e criação de gado à fissão nuclear em apenas 6000 anos.

Para Cayce, não seria possível que uma ou várias civilizações pré-históricas tivessem tido tempo de progredir antes da nossa civilização actual?

Poderiam eles atingirem um nível científico e tecnológico suficiente para se destruírem?

Cayce pensa que a Atlântida poderia ter utilizado cristais semelhantes aos laser e maser actuais. A sua precisão foi feita em 1940, numa época em que não existia essa tecnologia. O vidente descreve com precisão essa "pedra de fogo", ou complexo de cristal, que difundia a energia, colocada no centro de um edifício cujas paredes interiores eram revestidas de um material não condutor e cuja parte superior podia ser erguida para captar os raios do Sol ou das estrelas. Aquando do cataclismo final, a grande fonte de energia teria sido precipitada no mar ao mesmo tempo que as cidades, os habitantes, paredes e outras reconstruções da Atlântida. Essa fonte manter-se-ia ainda parcialmente activa após milénios, drenando intermitentemente as fontes electromagnéticas existentes na zona e provocando falhas de energia nos instrumentos de bordo ou a desintegração de navios e aviões.
 
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A Verdade Sobre o Triângulo das Bermudas!

Várias teorias tem sido apresentadas sobre a natureza do Triângulo das Bermudas:
- Turbilhões magnéticos;
- Ovnis e monstros marinhos;
- Civilizações avançadas no passado com tecnlogias invulgares.
Todas estas teorias abrange desde plausíveis a absurdas.

Em 1975, um bibliotecário da Universidade do Arizona (E.U.A.), Lawrence David Kusche, publica por sua vez, um livro sobre o Triângulo das Bermudas, com um título promissor: "A Solução do Mistério".

Pacientemente e discretamente, ele reuniu no seu Arizona natal, um impressionante número de documentos sobre os principais mistérios do Triângulo das Bermudas:
- Reconstituiu factos;
- Verificou testemunhos;
- Analisou as comunicações por rádio;
- Consultou os registos da companhia de seguros Lloyds;
- Os dossiers da Guarda Costeira e da Aviação Americana;
- Os jornais da época.
Este trabalho minucioso produz frutos inesperados.

O Rosalie?

Desconhecido entre o grande número de navios da época.

O Ellen Austin e as suas tripulações fantasmas?

Um caso que não é possível de ser comprovado: não existe qualquer fonte escrita sobre tal ocorrência.

Quanto ao navio escola britânico "Atlanta", que desapareceu em 31 de Janeiro de 1880, com 290 cadetes e oficiais?

Existiu de facto, mas será na realidade surpreeendente que esta velha fragata com 35 anos não tenha resistido à tempestade violenta que fustigou nesse mesmo dia o Atlântico?

A tempestade! Quantas tragédias no mar não explica ela, sobretudo nesta região onde os furacões são imprevisíveis e mortais?

Vítima delas foram o "Cyclopus", o "Raïfuku Maru", e muitos outros navios. Fatal para os grandes navios, a tempestade não oferece qualquer hipótese de salvação às pequenas embarcações que surpreende no alto mar.

O que aconteceu ao voo dos Avengers?

Os autores destes artigos gostam de embelezar o tema com a designação de "grupo de experientes aviadores que voavam despreocupadamente sobre um mar calmo numa tarde soalheira". De facto, os Avengers eram aviões de instrução para treino dos pilotos, e o Tenente Taylor estava há pouco tempo em Fort Lauderdale e conhecia mal as Baamas. Quanto ao tempo, as condições climáticas eram efectivamente favoráveis na altura da descolagem, mas não se mantiveram assim muito tempo. Um navio que sulcava as águas da região nesse mesmo dia assinalou, por seu lado, ventos poderosos e um mar terrível.

É admissível que Taylor, desviado da sua rota pelos ventos, tenha confundido a ilha Andros, situada a cerca de 100 milhas a Sueste de Miami, com a extremidade meridional da Florida. Supondo que ultrapassara a Florida e se encontrava sobre o Golfo do México, teria ordenado à sua formação que descrevesse meia volta, dirigindo-a efectivamente rumo a leste, para o largo do Atlântico, até que todos os contactos radiofónicos teriam sido interrompidos e a falta de combustível os teria obrigado a amarrar.

Um instrutor desorientado e quatro pilotos inexperientes que procuram amarar numa noite escura e violenta: o quadro já não tem as cores com que o pintavam, a tragédia já se anuncia. As estranhas palavras atribuídas aos pilotos nunca foram pronunciadas.

Quanto ao Mariner, que tinha autonomia para 10 a 12 horas de voo, atestado de combustível?

A menor faísca, um membro da tripulação que fumasse às escondidas, e seria a explosão. Uma explosão que foi aliás, observada do navio americano "SS Gaines Mills".

E o estranho caso da história do DC-3 que regressava de Porto Rico, no Natal de 1948, e que desapareceu no momento da aterragem?

Na realidade, o piloto nunca declarou, como se pretende, que via as luzes da cidade, tendo-se limitado a anunciar que se encontrava à distância de 50 milhas, mera estimativa, nas circunstâncias erradas. Quanto à súbita interrupção do contacto radiofónico, não é tão inexplicável como se pretende, pois sabe-se que o avião descolara não obstante uma falha no sistema eléctrico, em consequência da qual tanto os equipamentos de navegação como o rádio de bordo poderiam ficar paralisados.

E os destroços dos dois aviões a jacto KC-135, encontrados em Agosto de 1963?

No decorrer das investigações, foi efectivamente encontrado dois pontos de impacte, mas apenas foram descobertos no primeiro local um monte de detritos, e no segundo local, algas, fragmentos de madeira à deriva e uma velha bóia. Nada tinha a ver com a suposta colisão dos dois aviões.

Continuando a sua exploração sistemática das tragédias do Triângulo, Kusche descobre também que se atribuem ao Triângulo das Bermudas, muitos crimes que ele não cometeu.

O navio britânico "Bella", desaparecido em 1854, uma das primeiras vítimas do Triângulo, afundou a cerca de 1200 milhas a norte do Rio de Janeiro, muito longe de Porto Rico, o vértice do Triângulo mais próximo.

O drama do veleiro "Mary Celeste" (1872), por alguns atribuído às águas maléficas, desenrolou-se entre os Açores e o Continente.

O navio "Freya", que teria sido misteriosamente abandonado com bom tempo no Mar das Caraíbas em 1902, foi desmantelado por um maremoto no Pacífico: partira de Manzanillo, no México, e não de Manzanillo, em Cuba.

Foi a cerca de 600 milhas a Sudoeste da Irlanda, e não no Atlântico Sul, que um avião Globemaster americano explodiu em Março de 1950, causando a morte de 53 pessoas que seguiam a bordo.

Há ainda outro exemplo de noções geográficas pouco rigorosas:

Fala-se frequentemente do Mar do Diabo, como equivalente extremo oriental do Triângulo das Bermudas.

Mas onde se situa este mar?

Alguns localizam-no 70 milhas ao largo da costa oriental do Japão; outros situam-no próximo dos recifes Myojin, ou seja a cerca de 300 milhas ao largo; outros ainda, finalmente, nas proximidades de Iwo Jima e das ilhas Bonim, isto é, aproximadamente 750 milhas da costa.

De qualquer modo, apenas se trata de cálculos feitos nos E.U.A. No Japão, segundo Kusche, ignora-se tudo sobre este aterrador cemitério marinho.

Quanto à perda do "Kaiyo Maru"?

A única devidamente certificada que ocorreu nestas paragens em 1952, não tem nada de misterioso: o navio, que tinha por missão a observação de um novo vulcão submarino, foi vítima de uma erupção inesperada.

Em relação ao Triângulo das Bermudas, Lawrence Kusche recorda que a Marinha Americana mandou efectuar uma série de testes na região, com vista a provar a inexistência de perturbações magnéticas.

Estes testes conhecidos pelo nome de Projecto Magnet, não tinham por finalidade desvendar o mistério do Triângulo das Bermudas, mas estavam integrados num vasto programa de estudos que abrangia o conjunto do Globo e visava a actualização das cartas de navegação.

Segundo Kusche, a anomalia magnética é um fenómeno normal num avião que oscila de um lado para o outro ou num navio que balança.
 
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Outras Explicações Científicas!

Um exemplo muito claro destas extrapolações científicas é citado pelo jornalista inglês Graham Massey na revista "New Scientist". Massey retoma a afirmação de Charles Berlitz, segundo a qual os satélites meteorológicos do Departamento Oceanográfico e Atmosférico Americano se avariariam precisamente sobre as águas do Triângulo das Bermudas. A verdade, afirma ele, é ligeiramente diferente. Estes satélites tem por missão captar e transmitir imagens da mesma zona da situação meteorológica, uma em luz normal, a outra em infravermelhos. Não podendo as duas imagens ser transmitidas simultaneamente, a imagem captada em luz normal é armazenada em fita magnética. Os satélites transmitem as informações para duas estações no solo, uma no Alasca, outra na Virgínia. Caso se verifique acidentalmente a hipótese de no momento em que o satélite ao avançar para a Virgínia sobrevoa o Triângulo, a fita magnética estar preenchida, é necessária rebobiná-la; ora, não podendo o magnetofone retroceder e transmitir simultaneamente, surge nesse mesmo momento uma zona apagada. Recorda-se que este comentário foi feita na época em que os satélites funcionavam assim.

Temos o caso aparentemente invulgar do radar do navio "Hollyhock", encarregado da conservação das bóias e cujo radar indicava constantemente uma terra ou uma ilha no alto mar, ao largo dos E.U.A., entre Bimini e a Florida - uma terra que existiu de facto, mas à mais de 12.000 anos, antes da fusão dos gelos da última glaciação.

Segundo a Guarda Costeira Americana, as anomalias do radar são bastantes vulgares, e devem-se ao mau funcionamento do aparelho, devido a condições atmosféricas. Nada tem a haver com o facto de ter existido nesse local, uma ilha à milhares de anos, como insinuava Charles Berlitz.

Para M. B. Dyskhoorn, perito em Parapsicologis de Miami, não existem dúvidas:
- Existem no Triângulo das Bermudas, um abismo gigantesco com um turbilhão provocado por uma fenda no fundo do oceano, devido talvez ao arrefecimento do interior da Terra. Quando esse trubilhão atinge a superfície, todo o ar limítrofe é aspirado, arrastando aviões que voam a mais de 3000 metros de altitude, e os navios de maior calado.

Também para o investigador canadiano Ronald Waddington, o perigo reside nas entranhas da Terra:
- Blocos de matéria radioactiva expelidos por vulcões submarinos, deslocando-se a uma velocidade fulminante, abririam passagem através das águas para ir embater nos cascos de aço dos navios como a cabeça magnética de um torpedo, provoando efeitos igualmente destruidores; emitiriam ainda poderosos raios capazes de provocar curtos-circuitos em toda a aparelhagem eléctrica de um avião, dos quais resultaria uma descida descontrolada eventualmente fatal para o aparelho.

Não é so no Ocidente que o Triângulo das Bermudas atrai as atenções. Um artigo publicado em Outubro de 1977, em "Oceans", a revista da Sociedade Oceanográfica Americana, divulga as teses de vários sábios russos sobre este assunto.

Para o investigador Vassili Chuleikine, emissões de infra-sons na frequência de 6 Hz produzidas nas zonas de tempestade podem provocar entre as tripulações dores de cabeça, perturbações digestivas e mesmo psíquicas que lhes sugiram perigos imaginários.

Alexandre Ylekin, Doutorado em Física e Matemática, pensa por sua vez, que se considerararem as datas em que se verificaram os incidentes ocorridos no Triângulo das Bermudas, é evidente a sua ligação com a Lua cheia, altura em que este astro se encontra mais próximo da Terra.

Outra tese aventada por um grupo de engenheiros de Moscovo, defende que a Terra seria uma espécie de cristal gigante, constituído por 12 pentágonos. Entre estes elementos constitutivos do globo terrestre subsistiriam fendas, provocando anomalias magnéticas, centros de pressão atmosférica máxima e mínima, ocultando eventualmente culturas antigas. O Triângulo das Bermudas estaria implantado sobre uma destas fendas existentes no globo terrestre.

Alguns peritos russos falam da possibilidade da existência de um laser natural criado pelos ventos a altitudes elevadas que revolveria repentinamente o mar, provocando um nevoeiro momentâneo. Ou ainda de gases libertados através das fendas da crosta terrestre, que ficariam retidos, como que por uma tampa, pelas camadas superiores do oceano: descidas de pressão fá-los-iam ascender à superfície, originando remoinhos fatais.

No entanto, nenhuma destas verdades científicas está realmente provada. Por muito naturais que sejam, estas explicações permanecem no domínio do imaginário.

O mesmo sucede relativamente aos maremotos provocados pelos tremores de terra:
- Originariam a formação de enormes vagas, autênticas muralhas líquidas que poderiam atingir a altura de um arranha-céus de 60 metros, suficientemente potentes para engolirem facilmente um navio.

Imaginárias ainda são essa vagas atmosféricas gigantescas e invisíveis, semelhantes às do oceano, que se deslocariam nos ares a mais de 200 nós e seriam suficientes para provocar a desintegração de um avião.

Para a Guarda Costeira Americana, cuja área de vigilância abrange uma grande parte das águas do Triângulo das Bermudas, a maioria dos desaparecimentos verificados na região deve-se as condições climáticas da zona. Por exemplo: a Corrento do Golfo do México, rápida e turbulenta, é capaz de apagar qualquer vestígio. Depois temos as condições meteorológicas sobre o Mar das Caraíbas, que não são de confiar mesmo quando favoráveis: pode desencadear-se uma tempestade súbdita, acompanhada de relâmpagos e trovões, bem como de trombas de água, funestas para pilotos e navegadores. Os fenómenos mais perigosos são os minifuracões, que não excedendo uma área de 30 km2, podem representar autênticos cataclismos.

Outra particularidade do ambiente é a topografia submarina, constituída por vastos baixos situados em torno das ilhas e algumas das fossas abissais mais abruptas do mundo. Nestas paragens, as carcaças enferrujadas podem jazer ainda muito tempo sem receio de ser violadas. Noutras zonas menos remotas, os caprichos das correntes, bem como as deslocações dos fundos submarinos, bastariam para justificar o facto de a maioria das buscas se ter saldado por um revés. Não é também impossível que alguns destroços estejam retidos nos buracos azuis, as grutas submarinas dos recifes das Baamas, invadidas por fortes correntes, entre cujas paredes já foram encontrados barcos entalados.

Outro factor a apontar é o erro humano!

Grande número de barcos de recreio sulca as águas entre a costa dourada da Florida e das Baamas.

Frequentemente, as travessias são realizadas em barcos pequenos por indivíduos que conhecem mal a região e destituídos das qualidades indispensáveis a um marinheiro. Muitos destes acidentes devem-se também aos indivíduos que não respeitando temporariamente as leis do código marítimo, colidam com barcos pequenos. Esta última possibilidade foi avançada para explicar o desaparecimento, no dia 1 de Janeiro de 1958, do navio "Revonoc", comandado por Harvey Conover, timoneiro competente, que se dirigia para Miami.

Igualmente falíveis são os pilotos de pequenos aviões particulares, que por negligência, não comunicam antes da partida o seu plano de voo à Federação da Aviação Civil: um documento simples que contém a hora da partida, o destino, o trajecto previsto e sobretudo a hora de chegada. Um atraso de 15 minutos apenas e dá-se início à busca do avião.

Para a Guarda Costeira Americana, a vigilância costeira não admite explicações sobrenaturais para os desastres no mar. Por vezes, as forças combinadas da Natureza e do comportamento imprevisível do homem ultrapassam com vantagem a mais audaciosa ficção científica.

Neste século de racionalismo científico e de fria lógica, o ser humano tem por vezes necessidade de penetrar nos domínios secretos dos sonhos e do mistério, mesmo que à custa da realidade dos factos. O Triângulo das Bermudas é um desses domínios secretos, um dos mitos contemporâneos valiosos pela sua raridade.

Actualmente, continuam a partir para o Mar das Caraíbas, expedições oceanográficas cuja missão é a investigação de fenómenos ainda por desvendar.

Será o Triângulo das Bermudas centro de ciclones marinhos e de tornados de profundidade?

O futuro fornecer-nos-á possivelmente a resposta, e sem dúvida, algumas outras vítimas.
 
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Documentário sobre Triângulo das Bermudas!

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