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Brasil altera certidão de óbito de vítima da ditadura militar

billshcot

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Nov 10, 2010
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A Justiça de São Paulo determinou a retificação da certidão de óbito do jornalista Vladimir Herzog e a especificação de que a morte foi causada por "lesões e maus-tratos sofridos em dependência do Exército", durante a ditadura militar brasileira. Até ao momento, a certidão aponta suicídio como a causa da morte.



A alteração foi pedida pela Comissão Nacional da Verdade, que investiga os crimes cometidos pelo Estado brasileiro entre 1946 e 1988, período que inclui o regime militar (1964-1985).

Herzog, nascido na Croácia e naturalizado brasileiro, era jornalista e dramaturgo, e ocupava o cargo de director da TV Cultura quando foi convocado pelo Exército, em Outubro de 1975, para prestar um depoimento sobre a sua relação com o Partido Comunista.

Colegas de cela do jornalista afirmam que ele foi espancado, mas a versão oficial divulgada na época foi o suicídio, feito com uma gravata.

Numa fotografia divulgada na altura, Herzog aparece enforcado, com os joelhos dobrados e os pés apoiados no chão, na sede do DOI-CODI, órgão de serviços secretos subordinado ao exército.

O caso foi denunciado à Organização dos Estados Americanos (OEA), por entidades de defesa dos direitos humanos, e o Brasil está a ser investigado por não apurar pormenores sobre a morte. Em resposta à acusação, o país informou que a Lei da Amnistia impedia uma investigação sobre o caso.

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