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Mutação de canários

kikosalmeida

GF Ouro
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O CANÁRIO ACETINADO



Leonardo Monteiro – (Juiz OBJO)
Revista SOBC-1999
Artigo Editado em 28 Dez 2003

Origem


Os primeiros exemplares surgiram em 1968 na Argentina, no Criadouro do Sr. Primitivo Calderon, onde foram denominados ARGENT-INOS.
A mutação acetinado foi fixada em 1969 na França, pelo Sr. Ascheri, que criou pássaros com as mesmas características dos pássaros argentinos. Os pássaros do Sr. Calderon foram furtados no ano seguinte ao do seu aparecimento.

Características


O fator acetinado inibe a melanina negra e reduz a feomelanina marrom. A eumelanina marrom concentrada no centro das penas da ao acetinado um desenho de beleza incomparável, o desenho apresenta uma tonalidade bege.
A principal característica do canário são os olhos vermelhos rubis, ainda apresenta bico, patas e unhas claros.

Acasalamento


Por se tratar de um fator ino, onde as melaninas negras são inibidas, os acetinados “não” devem ser acasalados com os negro-marrons (cobre / verde / azul / ágata), pois deste “cruzamento” obteremos pássaros diluídos que não tem valor para julgamento.
O correto é usar canários de origem marrom (canela / isabelino), desta forma teremos pássaros típicos que atenderão aos padrões estabelecidos para julgamento.
O fator acetinado tem como característica genética de ser sexo-ligado, ou seja, apenas um gen é suficiente para caracterizar o fator, então o acasalamento tem como resultado:

1.
(M) puro x (F) normal
prole:
(M) portadores
(F) puras

2.
(M) puro x (F) pura
prole:
(M) e (F) puras

3.
(M) normal x (F) pura
prole:
(M) portadores
(F) normais

4.
(M) portador x (F) normal
prole:
(M) normais
(M) portadores
(F) normais
(F) portadoras

5.
(M) portador x (F) pura
prole:
(M) portadores
(M) puros
(F) normais
(F) puras

Obs: Nunca teremos fêmeas portadoras.

Julgamento


São mais valorizados os pássaros que apresentam mais contraste e nitidez:
Contraste: é a diferença entre o lipocromo e o desenho.
Nitidez: ocorre pela concentração de eumelanina marrom (tonalidade bege) no centro das penas, que dá ao pássaro um desenho mais definido e nítido.
 

Anexos

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  • acetinado vermelho.jpg
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  • canario acetinado vermelho.jpg
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Tás lá lá Bruno ,um dia estarás muito melhor que eu ,pelo menos nos canários hehe hehehehe
:espi28::espi28:
Até acho que és ,a sério ,tenho que te passar a gforum VIP já o mereces
Bom post ,já sabes que nâo clico nos gostos ,dá-me calafrios na espinha :naodigas:
 
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kikosalmeida

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ÁGATAS OPALINOS


A mutação opalino é recessiva autossomal, ou seja, não está ligada ao sexo e é recessiva em relação ao não opalino. Na prática temos os seguintes acasalamentos:

PORTADOR X PORTADOR resulta em:
25% de filhos OPALINOS
50% de filhos PORTADORES
25% de filhos ÁGATAS NORMAIS

OPALINO X OPALINO resulta em:
50% de filhos OPALINOS
50% de filhos PORTADORES

OPALINO X OPALINI resulta em:
100% de filhos OPALINOS

Apesar de a mutação opalino ser conhecida desde 1958, o cientista holandês Frans Kop nos deu maravilhosa contribuição para melhor compreendermos como a mutação atua na pigmentação das penas. A mutação atua nos melanócitos (Células de melanina) de forma a torna-los menos eficientes na sua função de transferência de melaninas aos queratinócitos (células de queratina, que irão formas as penas). Em suas pesquisas, Frans Kop também constatou que esse reduzido depósito de melaninas é feito no lado inferior das penas. Estas alterações atuam visualmente na plumagem do Ágata de duas maneiras:

- Forte redução da feomelanina. (Quando esta ainda existir no ágata clássico).

- Inversão e redução da eumelanina negra.

Nas figuras a seguir podemos acompanhar como a mutação atua na prática. Nas figuras 1, 2 e 3 vemos excelentes canários da cor clássica Ágata e, nas figuras 4, 5, e 6 vemos excelentes exemplares da mutação Ágata Opalino. Note-se que nestes exemplares não se nota presença de feomelanina (marrom) devido ao alto grau de seleção dos mesmos.

CRITÉRIO DE SELEÇÃO


Devemos preferir os pássaros isentos de feomelanina, com todos os desenhos do ágata clássico, contraste entre desenho e cor de fundo e melaninas na cor cinza azulada.
A expressão das melaninas deve ser escura cinza azulada, sem ser confundida com o cinza-chumbo dos verdes e cobres opalinos. Melaninas claras ou escuras demais são defeitos sérios.
A envoltura é indesejável, pois piora o contraste entre o desenho e a cor de fundo. Os defeitos mais comuns são pássaros com envoltura bem diluída, porém expressão de melanina muito clara, e pássaros com envoltura e expressão de melaninas oxidadas (muito escuros). Ambos os casos são indesejados e provêm de pássaros ágatas clássicos de má qualidade.
Os desenhos de dorso e flancos devem ser contrastantes e bem definidos, finos e entrecortados.
As remiges e retrizes (plumas longas das asas e cauda) devem acompanhar o tom da melanina do desenho do dorso e possuírem suas bordas diluídas e coloridas com a cor de fundo, conforme o ágata clássico.
O desenho de cabeça deve apresentar a calota em cima da cabeça, a despigmentação supraciliar, as bochechas e os bigodes. Outros defeitos bastante comuns são desenho de cabeça oxidado e estrias largas. As vezes estrias finas demais são indesejadas, quando não apresentam o contraste desejado.
Há de se ressaltar que nos mosaicos os desenhos do dorso e flancos não conseguem ser tão finos quantos nos intensos e nevados, devido a suas estruturas de pena serem diferentes.
Falamos exclusivamente de seleção de tipo dos canários ágatas opalinos, porém, não nos esqueçamos que os nossos pássaros serão julgados como um todo. Devemos sempre nos lembrar dos outros itens de seleção, que são: variedade (expressão do lipocromo), categoria (distribuição do lipocromo), plumagem, forma, tamanho, elegância e apresentação.
Este artigo não tem a intenção de encerrar o assunto mas sim o de contribuir e emitir opiniões de um criador que cria a mutação a mais de 10 anos e que apresenta excelentes resultados em concurso. Mauro Heineck cria canários a 25 anos e, em 2000, com o Canaril dos Heineck, foi hexa-campeão brasileiro da série ágata sem fator e tetra-campeão brasileiro da série ágata opalino sem fator.
 

Anexos

  • canela opalino.jpg
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  • canela opalino amarelo.jpg
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Sempre soube que tinhas algo a dar ao gforum e que grande prestaçâo tás a ter ,artigos de luxo talvez com fotozinhas e tal ficava mais engraçado ,mas está muito bom ,mais um que vou fixar para nâo andar aí a bailar para cima e para baixo ,thanks brother
Editando ;
Estranho nâo via as fotos ,tá fixe :espi28::espi28:
 
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kikosalmeida

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Estao fotos no fundo da mensagem, não é yoda a variedade das mutações mas ja dá para ter uma certa ideia.
 

kikosalmeida

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CANÁRIO ASAS CINZA


Os canários asas cinza săo sem dúvida uma das cores da linha escura mais facilmente identificada pelos criadores, até mesmo um iniciante que já tenha se deparado com exemplar poderá identificar um indivíduo asas cinza sem precisar de uma avaliaçăo criteriosa no tipo.

Apesar de simples a identificaçăo e também bastante fácil escolhermos os melhores canários dessa cor, o acasalamento requer muito conhecimento técnico por parte do criador, sendo comum acontecer de um criador comprar um asas cinza campeăo brasileiro chegar em casa, acasalar e se decepcionar com sua prole... aí surge aquela dúvida no até entăo promissor novo criador desta série: será que o campeăo brasileiro que comprei foi “maquiado”, năo era tudo aquilo que mostrava ou me venderam porque era um pássaro que năo tinha boa procedęncia genética, foi tirado ao acaso? Também pode acontecer deste mesmo criador comprar um asas cinza que năo era tăo bom quando ao campeăo, acasalar e tirar filhotes semelhantes ao que ganhou a exposiçăo, nessa situaçăo vai sair achando que já sabe tudo sobre acasalamento de asas cinza.

Essas situaçőes acontecem com uma certa freqüęncia, principalmente com os novatos na canaricultura e este artigo tem por finalidade desmistificar o acasalamento dos canários asas cinza, abordando uma parte técnica de formaçăo de melaninas nas penas e plumas. Isto, quando entendido de forma clara o acasalamento destes belos pássaros, torna-se fácil e prazeroso.

Em 1966 surgiram os primeiros canários asas cinza em criadouro italianos e começaram a serem expostos na década de 70 no Hemisfério Sul; peculiarmente é uma cor que năo surgiu de uma mutaçăo, tendo como origem os canários pastéis negro marrons oxidados (azuis, verdes e cobres), que quando acasalado sucessivamente pastéis x pastéis da origem a uma dupla diluiçăo, causando uma zona de despigmentaçăo na plumagem, formando o efeito “perolado” do dorso do exemplar e uma banda cinza na cauda e asas, dando origem ao nome desta cor.

O objetivo principal de todo criador de canários é sempre tirar exemplares campeőes, para isso precisamos saber quais os critérios de julgamento da FOB/OBJO.

Manual de julgamento traz como critério dos asas cinza:

“Devemos preferir os pássaros que apresentam as bandas cinza pérola das asas e cauda bem largas e nítidas, ocupando quase totalmente as remiges e retrizes, deixando apenas pequena faixa de melanina depositada em suas extremidades, cuja cor é cinza claro.

Devemos também valorizar os pássaros que apresentam em toda plumagem, e especialmente no dorso, a influęncia da dupla diluiçăo, ou seja, aqueles em que as extremidades das penas pequenas guardam maior depósito de eumelanina negra que na parte média, originando o desenho escamado. O dorso totalmente despigmentado, apesar de ser cinza aperolado, é indesejável.

É obrigatório a presença de banda cinza pérola também na cauda e a sua ausęncia implica em desclassificaçăo do exemplar. Caudas totalmente despigmentadas acarretarăo perda de pontos.

Como nos negro marrons oxidados pastéis, devemos preferir pássaros de coloraçăo acinzentada, com a mínima presença de feomelanina, que provoca tonalidade tendendo ao marrom, pés, unhas e bico devem ser o mais negro possível.”

Resumindo o critério, os canários asas cinza devem ter as penas do dorso, remiges e retrizes com uma banda cinza, larga e nítida, na parte central da pena e na borda uma faixa de eumelanina o mais negra possível.

PRODUÇĂO E DEPÓSITO DE MELANINAS

A produçăo de melaninas nos canários, que irá pigmentar penas, pele e partes córneas, é feita pelos melanócitos, que săo formados nos melanoblastos das papilas das penas. Estes melanócitos desencadeiam, através da enzima tirosinase, a produçăo de grânulos pigmentares que ficam localizados dentro dos melanócitos, nos canários normais estes grânulos recebem um aporte de melanina que é interrompido quando estes chegam no seu tamanho normal.

Nos canários pastéis a mutaçăo atua no aporte de melanina nos grânulos pigmentares que năo para quando estes atingem seu formato e tamanho normal. O aporte năo é freiado e os grânulos ficam, por conseguinte, maiores (até ficarem redondos). Isso acarreta conseqüęncias enormes para o melanócito que năo consegue processar este aumento de pigmentos, incha e a membrana celular rompe pela pressăo causando uma “explosăo” e a morte prematura de muitas destas, impedindo que concluam sua funçăo de pigmentaçăo da pena. Este fenômeno causa reduçăo das melaninas caracterizando a mutaçăo pastel.

Quando realizamos acasalamentos sucessivos entre canários pasteis a tendęncia é que aumente o aporte de melanina nos grânulos acarretando um maior número de explosőes provocando a morte precoce de um número grande de melanócitos dificultando severamente o depósito de eumelanina na pena.

A medida que o crescimento da pena progride a produçăo de melanina que irá se depositar nos grânulos se acelera, isso explica o porque das penas dos canários asas cinzas terem a borda da pena uma faixa melânica: a pena tem seu desenvolvimento do ápice para a base, entăo no início do desenvolvimento, a produçăo de melanina năo esta tăo acelerada, assim nem todos os melanócitos tem sua membrana rompida conseguindo depositar eumelanina na borda pena. Conforme a pena vai crescendo se intensifica a produçăo de melanina aumentando o tamanho dos grânulos, causando as “explosőes” em praticamente todos melanócitos e assim impedindo o depósito de melanina no centro da pena. Quando conseguimos um exemplar asas cinza com características fenótipicas citadas no parágrafo anterior, vamos ter um pássaro com o tipo bem próximo do ideal.

O criador no intuito de ir deixando seu plantel com a banda cada vez mais cinza, pode cair no erro de chegar num exemplar asas cinza “pra mais”, ou seja, um canário que aumentou tanto o aporte de melanina nos grânulos que acarretou a morte precoce dos melanócitos desde o início do desenvolvimento da pena, ficando assim o tipo do canário com o defeito de năo possuir a borda da pena melânica.

Também pode acontecer que o criador selecione pássaros com a intençăo de deixar a borda da pena mais escura e mais nítida e acabar tirando canários asas cinza “pra menos”, ou seja, para aumentar a intensidade da borda da pena, teve que ser reduzido o aporte de melanina nos grânulos, podendo em alguns indivíduos essa diminuiçăo ter sido tăo grande que năo há morte suficiente de melanócitos na pena, năo causando o efeito perolado no dorso do canário, ficando ele com uma banda cinza reduzida na cauda e asas.

As fęmeas asas cinza dificilmente apresentam o dorso perolado, isso acontece porque elas produzem uma quantidade menor de melaninas, por conseqüęncia năo aumentam o tamanho dos grânulos pigmentares e năo acontece a “explosăo” dos melanócitos.

ACASALAMENTOS

O acasalamento dos canários asas cinzas é um verdadeiro desafio: um canário campeăo quando mau acasalado, năo terá melhor resultado que um canário médio bem acasalado. Vamos simular algumas situaçőes de acasalamentos;

Quando vocę tem um macho muito bom de tipo, a fęmea mais recomendada para acasalar com ele será uma que possua dorso aperolado e uma banda cinza visível nas asas e se possível na cauda;

Quando vocę tem um macho bom de tipo, onde a borda das penas já năo possuem uma marcaçăo tăo evidente o canário começa a tender “pra mais”, a fęmea mais recomendada para acasalar com ele será uma que possua dorso apastelado e asas e cauda toda cinza chumbo sem banda, uma canária com o tipo de um negro marrom pastel;

Quando vocę tem um macho regular de tipo, com o dorso tendendo ao apastelado e bordas melânicas muito largas nas asas e cauda, um exemplar “pra menos”, a fęmea mais recomendada para acasalar com ele será uma que possua bandas bastante evidentes nas asas e cauda e o tipo do dorso começando a ficar perolado;

Quando vocę tem uma fęmea asas cinza com dorso perolado, isto é, trabalhado nos mosaicos devido ŕs fęmeas concorrerem separadas dos machos, ela terá que ser acasalada com um macho “pra mais”, assim as fęmeas descendentes manterăo o perolado no dorso;

Quando vocę tem um macho fraco de tipo, um canário pra mais, sem borda melânica nas penas, e este indivíduo năo for mosaico, o mais recomendável é que seja acasalado com uma fęmea negro marrom oxidado normal, recomeçando o trabalho de chegar no asas cinza ideal.

Devemos sempre acasalar pássaros com a menor presença de feomelanina possível (pois esta se deposita nas bordas das penas, ocupando o lugar onde deveria ter eumelanina, prejudicando muito o desenho do canário), dando preferęncia aos que possuem a maior envoltura possível com bico, pés e unhas mais negros possíveis.

Conclusăo

O criador de asas cinzas é um verdadeiro artesăo que “fabrica” seus pássaros: conseguir fazer um canário asas cinza campeăo é gratificante e um motivo de orgulho muito grande para o criador
 

Anexos

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  • asa cinza 3.jpg
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  • asa cinza 4.jpg
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  • asa cinza1.jpg
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GF Prata
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