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Pesca à boia em Albufeira

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As falésias a Oeste de Albufeira têm potencialidades para nos proporcionar excelentes momentos de pesca. Trata-se de um local onde podemos efectuar todo o tipo de pesca devido à sua morfologia. Com pesqueiros bastante acessíveis e seguros, pode-se dizer que em muitos deles, pescamos com “os pés dentro de água”, mas sem nunca descorarmos a nossa segurança e a dos que nos rodeiam.

Os fundos aqui são mistos (foto1), ora com rocha ora com areia, mas os locais onde nos devemos dirigir são compostos essencialmente de rocha e pedra partida, assim convém saber escolher convenientemente o pesqueiro, para o efeito é aconselhável uma primeira análise dos locais aquando da baixa-mar.



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Foto 1 – Perspectiva Aérea de um local



A Pesca à bóia poder-se-á realizar em dois tipos de locais, em nas lajes que “nascem” dentro de água e “morrem” junto das falésias (foto 2) ou então numa das mais variadas pontas de pedra (foto 3).

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Há que ter muita atenção quando optamos pelos pesqueiros do tipo da foto 2, pois o mar quando está de Sul galga estas lajes com muita facilidade e sem que nos apercebamos.
Em relação à pesca propriamente dita, habitualmente os locais pescam só e apenas com peões, ou de cortiça ou outros mais modernos, tipo esponja de epoxy, mas quando o mar deixa é preferível usar bóias de 10 a 25gr.

O mesmo acontece com as canas e carretos, o mais normal é ver-se canas telescópicas de 5m com acções até 200gr e carretos do tipo BG, fortes e pesados, mas cada vez mais se vai encontrando quem pesque com material mais “requintado”, canas mais finas, até 6m ou 7m, com acções máximas de 60-100gr e carretos muito mais pequenos, com bons ratios e boas embraiagens.

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Deverá também fazer-se acompanhar de outros utensílios essenciais a este tipo de pesca, entre eles estão o Pisa-Sardinha (foto 4), o Cesto para quem pesca mais alto (foto 5) ou Chalavar para quem pesca rente da água (foto 6).
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Foto 4 - Pisa-Sardinha Foto 5 - Cesto Foto 6 - Chalavar


Em relação às montagens, o meu conselho recai em pescas de “correr” (foto7), tanto a bóia como os chumbinhos, isto porque nos traz muitas vantagens.

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Em primeiro lugar, como a profundidade dos pesqueiros raramente é constante, permite-nos facilmente trocar o local dos nossos lançamentos subindo ou descendo apenas o batente de travamento, obtendo-se assim as profundidades desejadas.

Em segundo lugar, como vamos pescar essencialmente em locais onde o fundo é constituído por pedra partida ou laje de pedra, o chumbinho a correr no estralho, não só dificulta o prender do anzol na pedra assim como facilita este a soltar-se, caso esteja preso.
Os anzóis para esta pesca deverão ser finos de modo a proporcionarem uma fácil e rápida ferragem, dado que tentaremos capturar peixe a mariscar no meio das pedras, e que ao sentirem algo estranho no mastigar de imediato cuspirão o mesmo. Assim este tipo de anzol, apesar de ser mais fraco para exemplares de bom porte, torna-se indispensável para uma ferragem rápida e eficaz.
As linhas deverão ser finas, pessoalmente uso entre 0.17mm e o 0.23 nos estralhos e 0.26/0.28mm no carreto. Nunca esquecer em dias de águas mais limpas a opção “Fluorocarbono” para os estralhos.
Os iscos mais aconselháveis para este tipo de pesca são o Ralo (foto 8), a Ova de Ouriço (foto 9) ou a Camarinha ou Camarão das poças (foto 10), nunca esquecendo o camarão (ou gamba da costa), os beliscos de sardinha ou até mesmo o mexilhão. Os ralos e a camarinha têm vantagem pois são normalmente usados vivos e a ova de ouriço porque é o petisco que os sargos mais apreciam.
A forma de iscar é muito importante, pode-se ver a forma mais correcta de iscar o Ralo, a Ova de Ouriço e o Camarão das poças.

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Foto 8 – Ralo Foto 9 – Ova de Ouriço Foto 10 – Camarão das poças

Quanto a engodo, é o usual, sardinha muito bem pisada, adicionando água do mar (retirado no local) assim como um pouco de areia da praia para dias de mar mais forte. É aconselhável usar areia de uma praia próxima, pois a consistência da mesma é diferente, ou seja, mais grossa que o habitual. Poder-se-á também engodar com Ouriço-do-mar muito bem partido, mas para o efeito é desaconselhável misturar os dois tipos de engodo.
A pesca dever-se-á efectuar durante últimas 3 a 4 horas de enchente e as primeiras 2 de vazante, preferencialmente ao nascer dia ou ao cair do mesmo.
Para finalizar deixo-vos as quantidades que costumo usar numa jornada de pesca (entre 5 a 6 horas): 100 ralos ou camarões das poças, ½ dúzia de sardinhas e 200gr de camarão, para o engodo 4 a 5 kg sardinha fresca. Boas Pescas!


 
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