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Identificação de Algas

RVanjo

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Algas pretas de tufo (Rhodophyta)Algas pretas em tufo (Black brush algae), ou BBA, são algas que pertencem ao género das algas vermelhas ou Rhodophytas. A maioria das algas desta família são actualmente marinhas mas algumas espécies de água doce prevalecem, particularmente surgindo nos aquários plantados. Esta alga pode-se apresentar com uma coloração que varia entre o preto, castanho, vermelho ou verde e pode recobrir rapidamente todas as plantas e hardscape se não forem mantidas sob controlo.

Causas:
Desequilíbrio de nutrientes – potencialmente excesso de N, P ou Fe. Deve-se procurar a adequação dos valores de todos os nutrientes.
Baixo pH – verificou-se que nos lagos do grande Rift africano não existem BBAs. Acredita-se que estas algas exijam um pH ácido para se desenvolver. Infelizmente é também o pH preferencial para a maioria das plantas.

Solução:
Aumentar o CO2 / Excel – estimula o crescimento das plantas, o que vai ajudar as plantas a competirem com as algas pelos recursos.
Tratamento com H2O2 - Usando uma seringa para aplicar no local onde existam problemas. Depois há que remover manualmente os restos mortos que devem tornar-se cinzentos ou brancos.
Remoção manual – Uso de uma escova de dentes para remover o máximo possível.
Tratamento com lixívia – Retirar o hardscape e as plantas mais resistentes afectadas e mergulhar num banho de 1:20 de lixívia para água. Aquando do retorno ao aquário há que nos certificarmos que já não tem cheiro nenhum a lixívia.
Troca de água – não descurar as trocas de água semanais ou bi-semanais.
Equipa de limpeza – Comedores de algas siameses (SAE) e camarões Amano são conhecidos por comerem estes tipos de algas.
Cobre (ultima opção) – alguns alguicidas são baseados neste metal, mas podem matar a maioria das plantas e invertebrados.

Algas Castanhas (Diatomácea)
Alga Castanha, ou diatomáceas, frequentemente apresentam-se num tom castanho enlameado que cobre as folhas das plantas e o hardscape. É raro aparecer em aquários maturados.

Causas:
Montagem Recente - Aquários que foram acabados de montar parecem ser propensos a diatomáceas.
Excesso de Nutrientes - Sílica em particular, parece ser um gatilho. Contacte a sua companhia de água para saber a concentração de sílica no seu abastecimento de água.
Lâmpadas antigas - Por vezes, lâmpadas antigas podem incentivar as condições para as algas diatomáceas.

Solução:
Tempo - Dar tempo para ser consumido o excesso de sílica, e ela irá (na maior parte das vezes) desaparecer sozinha.
Remoção Manual - Aspirar/raspar as algas manualmente para uma remoção rápida.
Equipa de limpeza - Otocinclus e Neritenas são fantásticos a limparem o aquário destas algas ao mesmo tempo que também ajudam a combater outras algas.

Azuis e Verdes (Cianobacterias)
Referida por muitos aquariofilistas como sendo uma alga, as algas azuis e verdes são de facto colónias bacterianas que facilmente podem alastrar por todo o aquário. Surgindo tanto como uma camada verde, preta ou púrpura, as algas azuis e verdes são talvez melhor conhecidas pelo seu característico cheiro a terra quando retiradas do aquário. Sendo uma bactéria fixadora de azoto, vai consumir todos os compostos azotados disponíveis na coluna de água.

Causas:
Baixos nitratos - usualmente presentes quando todos o azoto, sob a forma de nitratos, foi removido da coluna de água. Enquanto esta é uma condição para o seu aparecimento, também é exarceberada pelas restantes bactérias ao consumir os restantes compostos azotados.
Excesso de matéria orgânica - alimentação em excesso, ou matéria orgânica em decomposição pode fazer disparar as azuis e verdes.
Iluminação antiga - Surgem por vezes quando as lâmpadas deixam de emitir luz que possa ser usada pelas plantas. Especialmente porque desta maneira as plantas deixam de conseguir competir com as bactérias.
Má circulação - A circulação é chave num aquário plantado, para que não existam "espaços mortos" onde os nutrientes fiquem acumulados.

Solução:
Aumentar os nitratos – Fertilizar com nitratos até a concentração atingir ~5ppm.
Adicionar plantas de crescimento rápido – Ajuda a competir com as algas pelos recursos.
Blackout - As algas verdes e azuis não sobrevivem sem luz.
Tratamento com H202 - Usando uma seringa para aplicar no local onde existam problemas. Depois há que remover manualmente os restos mortos.
Antibióticos - A utilização de antibióticos a metade da dose pode matar todas as bactérias.
Egeria densa - Esta planta tem capacidade de secretar antibióticos em baixas doses que previnem o aparecimento destas bactérias. Ao mesmo tempo actuam como plantas de crescimento rápido.
Circulação - Adição de uma bomba de circulação de água para evitar locais de acumulação de nutrientes.

Cladophora
Cladophora é uma das mais difíceis algas de remover do aquário. Forma fios verdes, ásperos e enrolados que se infiltram no substrato, plantas de tapete e hardscape.

Causas:
Bolas de musgo – são também do género Cladophora, pelo que essas bolas de algas podem induzir o aparecimento destas algas no aquário.
Condições favoráveis – infelizmente parece que estas algas apreciam as mesmas condições que as plantas…

Solução:
Remoção manual: uso de escova de dentes ou pinças para remover tanto quanto possível.
Tratamento com H2O2 – usar uma seringa para tratar áreas problemáticas.
Sorte – muito complicado de remover a 100%.

Algas tipo penugem (Fuzz algae)
As Fuzz algae surgem nas folhas das plantas apresentando um aspecto de pequenos cabelos recobrindo toda a área que afectam.

Causas:
Desequilíbrio de nutrientes – procurar os níveis correctos de nutrientes: N (10-20ppm), P (0.5-2ppm), K (10-20ppm), Ca (10-30ppm), Mg (2-5ppm), Fe (0.1ppm).
Baixo CO2 – necessidade de aumentar a concentração até aos níveis permitidos pela fauna.

Solução:
Níveis adequados de nutrientes e CO2.
Equipa de limpeza – Comedores de algas siameses (SAE), camarões Amano, Otocinclus e Neritinas são conhecidos por comer este tipo de algas.

Alga verde tipo pó - Green Dust Algae (GDA)
Algas pó verde (GDA) é uma alga que cria uma poeira verde sobre a superfície dos vidros. É causada por zoo-esporos e parece evitar aderir ao hardscape ou folhas de plantas.

Causa:
Nenhuma causa determinada…

Solução:
Esperar – GDA aparentam ter um ciclo de vida finito, pelo que se deixar cumprir o ciclo de vida durante 21 dias sem a raspar do vidro ela parece que ela se fragiliza.
Equipa de limpeza – Os caracóis do tipo Neritina podem ajudar a remover estas algas do vidro, mas são desaconselhados na situação anterior.

Green Spot (Choleochaete orbicularis)
As Green spot são algas muito comuns que se agarram aos vidros do aquário e folhas de plantas de crescimento lento, especialmente em aquários com ausência de trocas de água regulares

Causa:
Baixos níveis de fosfatos – praticamente a causa única do seu aparecimento.

Solução:
Raspar os vidros – usar um limpador magnético, faca ou cartão de crédito para remove-los dos vidros.
Fertilizar com fosfatos – aumentar a concentração de fosfatos para mais de 0,5 ppm.
Equipa de limpeza – As neritinas são conhecidas por conseguirem eliminar essas algas das folhas e vidros.

Água verde (Euglaena)
A água verde é provocada por protistas nadadores livres do genero Euglaena. Eles contêm clorofila a e b e carotenoides para lhes possibilitar a fotossíntese, pelo que conferem a coloração verde à água quando se encontram nesta em grande quantidade. Esta alga é uma das mais antigas formas eucariotas e das mais abundantes em todo o mundo, mas causam péssimo aspecto no aquário.

Causa:
Aquário recém montado – presente em aquários nos quais ainda não houve tempo para o estabelecimento das colónias de microrganismos que deveriam surgir no lugar dos euglaenoides.
Desequilíbrio de nutrientes – devem-se encontrar próximos destes valores: N (10-20ppm), P (0.5-2ppm), K (10-20ppm), Ca (10-30ppm), Mg (2-5ppm), Fe (0.1ppm).
Medicação – uso de medicamentos na água pode matar as bactérias responsáveis pela filtragem biológica e permitir o aparecimento de microrganismos mais resistentes como os euglaenoides.

Solução:
Blackout – deixar as luzes apagadas e tapar o aquário de modo a bloquear qualquer luz de entrar no aquário vai matar todos os euglaenoides. As plantas como apresentam mais reservas vão ser capazes de sobreviver, mas sofrem um pouco…
Filtro micrométrico – retém finas partículas e assim limpa a água.
Esterelizador UV – mata estas algas aquando da sua passagem pela luz ultravioleta. Provavelmente a melhor solução.
Flocuantes – substancias que induzem pequenas partículas a se agruparem e assim ficarem retidas na filtração mecânica do filtro. Ex: AquaClear
Daphnia – Alimentam-se destas algas pelo que são uma solução biológica para o problema. No entanto os peixes também gostam de se alimentar delas…
Pequenas trocas de água – não superiores a 10% diariamente, até total limpeza. Não se devem fazer grandes trocas de água porque podem dificultar o estabelecimento de colónias de microrganismos do biofiltro.

Algas tipo cabelo
Grandes, finas e filamentosas algas que podem chegar aos 30 cm de comprimento. Misturam-se no meio do musgo, podem se usar como fonte extra de alimento para invertebrados por exemplo.

Causa:
Excesso de ferro – concentrações acima de 0,15 ppm parecem ser condições óptimas para o surgimento deste tipo de algas

Solução:
Remoção manual – usar uma escova de dentes para remover tanto quanto possível.
Trocas de água – não descurar de realizar TPAs semanais ou bi-semanais.
Equilibrar os nutrientes – certificar-se de que os nutrientes se encontram todos nas proporções mais correctas.

***** de veado (Compsopogon sp.)
Estas algas foram assim apelidadas pela sua aparência que faz efectivamente lembrar as hastes de um veado. São cinzas ou verdes e apresentam-se com vários “braços” que surgem agarrados a folhas, equipamento ou no meio do musgo.

Causas:
Desequilíbrio de nutrientes – devem-se encontrar próximos destes valores: N (10-20ppm), P (0.5-2ppm), K (10-20ppm), Ca (10-30ppm), Mg (2-5ppm), Fe (0.1ppm).
Baixo CO2 – necessidade de aumentar a concentração até aos níveis permitidos pela fauna.

Soluções:
Remoção manual – uso de escova de dentes ou pinça para remover tanto quanto possível.
Trocas de água - não descurar de realizar TPAs semanais ou bi-semanais.
Aumentar os níveis de CO2 / Excel - estimula o crescimento das plantas o que ajuda a competir com as algas pelos nutrientes.
Tratamento com lixívia – Retirar o hardscape e as plantas mais resistentes afectadas e mergulhar num banho de 1:20 de lixívia para água. Aquando do retorno ao aquário há que nos certificarmos que já não tem cheiro nenhum a lixívia.
*Nota: a maioria dos peixes / invertebrados não toca nesta alga.


Informação retirada da Internet.
 
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