billshcot
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'O terror de Arnal', como Avelino Martins, de 29 anos, era conhecido nesta pequena aldeia do concelho de Carrazeda de Ansiães, concretizou ontem as constantes ameaças que vinha fazendo à população e matou Luís Norberto Silva, de 57 anos, com mais de trinta golpes de punhal.
Foi preciso ele matar uma pessoa para o levarem preso", dizia, revoltado, António Paulino da Cruz, morador na aldeia e também amigo da vítima, realçando o facto de o homicida confesso ter sido detido por várias vezes pela GNR, mas posto sempre em liberdade pelo tribunal.
O crime ocorreu pela 01h00, mesmo à entrada da casa onde, desde há cerca de dois meses, residia Avelino Martins. Depois de desferir as trinta punhaladas, Avelino arrastou o corpo de Luís Norberto ao longo de cerca de cinco metros, para um local de onde não era visível da rua, e percorreu cerca de cinco quilómetros a pé, até Carrazeda de Ansiães, onde se entregou à GNR.
O crime deixou em estado de choque a população da aldeia da freguesia de Linhares, que vivia aterrorizada desde que Avelino Martins, nascido no concelho de Sintra, onde tem uma série de processos em tribunal por agressão e roubo, resolveu mudar-se para a casa dos avós maternos, entretanto falecidos.
"Eu já não passava para aquele lado da aldeia [onde morava Avelino], com medo de me cruzar com ele", disse Rosete Mesquita, realçando que "ele passava a vida a ameaçar as pessoas e até mesmo a agredi-las".
Segundo António Augusto, vizinho do agressor, Luís Norberto terá discutido com Avelino na taberna da terra, chamando-lhe a atenção para o mau comportamento. "Ele não deve ter gostado do recado e, não sei como, lá atraiu o homem para aqui e matou-o", disse António Augusto.
Avelino Martins ficou detido no posto da GNR de Carrazeda de Ansiães e vai hoje ser presente a tribunal.
"TINHA PARTIDO A PERNA A UM"
"Ele andava sempre a dizer que um dia matava dois ou três, para ir para a cadeia, que lá podia comer de graça. Demos muitas vezes conta disto às autoridades, mas ninguém quis saber", disse ao CM João Gomes, lembrando que "ainda há um mês tinha partido a perna a um homem aqui da terra, em dois sítios, e o tribunal mandou-o em liberdade". Antes de se fixar em Arnal, Avelino Martins residia em Mem Martins, com a mãe, que agrediu por diversas vezes. Na pequena aldeia de Carrazeda de Ansiães, a população já tinha feito, inclusive, um abaixo-assinado, que entregou na GNR, no tribunal e na câmara municipal, a pedir o internamento do "terror da terra". "Foi preciso chegar a isto para voltar a paz", disse João Gomes.
"ERA UMA PESSOA IMPECÁVEL"
Luís Norberto Silva era descrito pelos moradores de Arnal como "um homem exemplar". Casado e pai de dois filhos, já adultos, vivia mesmo no centro da aldeia, onde trabalhava como mecânico e electricista. "Era uma pessoa impecável e amigo de ajudar toda a gente", afirma Adelaide Ribeiro, realçando a ironia da vida: "Muitas vezes, ele matou a fome ao indivíduo que agora o matou a ele."
cm
Foi preciso ele matar uma pessoa para o levarem preso", dizia, revoltado, António Paulino da Cruz, morador na aldeia e também amigo da vítima, realçando o facto de o homicida confesso ter sido detido por várias vezes pela GNR, mas posto sempre em liberdade pelo tribunal.
O crime ocorreu pela 01h00, mesmo à entrada da casa onde, desde há cerca de dois meses, residia Avelino Martins. Depois de desferir as trinta punhaladas, Avelino arrastou o corpo de Luís Norberto ao longo de cerca de cinco metros, para um local de onde não era visível da rua, e percorreu cerca de cinco quilómetros a pé, até Carrazeda de Ansiães, onde se entregou à GNR.
O crime deixou em estado de choque a população da aldeia da freguesia de Linhares, que vivia aterrorizada desde que Avelino Martins, nascido no concelho de Sintra, onde tem uma série de processos em tribunal por agressão e roubo, resolveu mudar-se para a casa dos avós maternos, entretanto falecidos.
"Eu já não passava para aquele lado da aldeia [onde morava Avelino], com medo de me cruzar com ele", disse Rosete Mesquita, realçando que "ele passava a vida a ameaçar as pessoas e até mesmo a agredi-las".
Segundo António Augusto, vizinho do agressor, Luís Norberto terá discutido com Avelino na taberna da terra, chamando-lhe a atenção para o mau comportamento. "Ele não deve ter gostado do recado e, não sei como, lá atraiu o homem para aqui e matou-o", disse António Augusto.
Avelino Martins ficou detido no posto da GNR de Carrazeda de Ansiães e vai hoje ser presente a tribunal.
"TINHA PARTIDO A PERNA A UM"
"Ele andava sempre a dizer que um dia matava dois ou três, para ir para a cadeia, que lá podia comer de graça. Demos muitas vezes conta disto às autoridades, mas ninguém quis saber", disse ao CM João Gomes, lembrando que "ainda há um mês tinha partido a perna a um homem aqui da terra, em dois sítios, e o tribunal mandou-o em liberdade". Antes de se fixar em Arnal, Avelino Martins residia em Mem Martins, com a mãe, que agrediu por diversas vezes. Na pequena aldeia de Carrazeda de Ansiães, a população já tinha feito, inclusive, um abaixo-assinado, que entregou na GNR, no tribunal e na câmara municipal, a pedir o internamento do "terror da terra". "Foi preciso chegar a isto para voltar a paz", disse João Gomes.
"ERA UMA PESSOA IMPECÁVEL"
Luís Norberto Silva era descrito pelos moradores de Arnal como "um homem exemplar". Casado e pai de dois filhos, já adultos, vivia mesmo no centro da aldeia, onde trabalhava como mecânico e electricista. "Era uma pessoa impecável e amigo de ajudar toda a gente", afirma Adelaide Ribeiro, realçando a ironia da vida: "Muitas vezes, ele matou a fome ao indivíduo que agora o matou a ele."
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