billshcot
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A abertura de uma investigação criminal pela Justiça portuguesa a altas figuras do regime angolano por suspeita de branqueamento de capitais foi condenada pelo ‘Jornal de Angola’. "As relações entre Angola e Portugal são prejudicadas quando se age com tamanha deslealdade", lia-se ontem no editorial do diário do regime angolano.
Num texto que abre e fecha com Camões para condenar a inveja das elites portuguesas que "odeiam Angola", o jornal ataca "Mário Soares, Pinto Balsemão e Belmiro de Azevedo" porque "amplificam o palavreado criminoso de Rafael Marques [jornalista crítico do regime]". Soares é especialmente visado: "Inveja foi o seu estado de alma quando (...) discutia o reconhecimento do novo país chamado Angola."
Portugal é acusado de ingratidão com quem o ajuda: "Que o diga Angela Merkel, que ajudou a salvar o país da bancarrota mas é todos os dias insultada."
Quanto à fuga de informação sobre a investigação, o texto acusa a procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, de ser a responsável e considera isso uma prova de que "a campanha contra Angola partiu do poder ao mais alto nível".
DISCURSO DIRECTO - Rafael Marques, jornalista e escritor
"NEGOCIATAS ENTRE ELITES POLÍTICAS DOS DOIS PAÍSES"
Correio da Manhã – Foi constituído arguido em Portugal por difamar generais angolanos que denunciou por torturas nas zonas diamantíferas?
Rafael Marques – Sim, com termo de identidade e residência.
– Sobre o branqueamento de capitais, o ‘Jornal de Angola’ afirma que a investigação "prejudica as relações entre Portugal e Angola". Há aí uma ameaça?
– Clara mas sem sustentação, pois, na diplomacia, Angola depende de Portugal, sobretudo nas relações com a UE.
– E as acusações de ingratidão?
– Compreendem-se. Resultam da promiscuidade entre autoridades dos dois países em negociatas. E daí falar-se de ingratidão, pois indivíduos do regime deram dinheiro para obter serviços da elite política portuguesa.
cm
Num texto que abre e fecha com Camões para condenar a inveja das elites portuguesas que "odeiam Angola", o jornal ataca "Mário Soares, Pinto Balsemão e Belmiro de Azevedo" porque "amplificam o palavreado criminoso de Rafael Marques [jornalista crítico do regime]". Soares é especialmente visado: "Inveja foi o seu estado de alma quando (...) discutia o reconhecimento do novo país chamado Angola."
Portugal é acusado de ingratidão com quem o ajuda: "Que o diga Angela Merkel, que ajudou a salvar o país da bancarrota mas é todos os dias insultada."
Quanto à fuga de informação sobre a investigação, o texto acusa a procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, de ser a responsável e considera isso uma prova de que "a campanha contra Angola partiu do poder ao mais alto nível".
DISCURSO DIRECTO - Rafael Marques, jornalista e escritor
"NEGOCIATAS ENTRE ELITES POLÍTICAS DOS DOIS PAÍSES"
Correio da Manhã – Foi constituído arguido em Portugal por difamar generais angolanos que denunciou por torturas nas zonas diamantíferas?
Rafael Marques – Sim, com termo de identidade e residência.
– Sobre o branqueamento de capitais, o ‘Jornal de Angola’ afirma que a investigação "prejudica as relações entre Portugal e Angola". Há aí uma ameaça?
– Clara mas sem sustentação, pois, na diplomacia, Angola depende de Portugal, sobretudo nas relações com a UE.
– E as acusações de ingratidão?
– Compreendem-se. Resultam da promiscuidade entre autoridades dos dois países em negociatas. E daí falar-se de ingratidão, pois indivíduos do regime deram dinheiro para obter serviços da elite política portuguesa.
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