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Comandante do Prestige justifica-se em tribunal dez anos após desastre ambiental

florindo

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Comandante do Prestige justifica-se em tribunal dez anos após desastre ambiental

Dez anos exactos depois de ter sido lançado o SOS pelo Prestige, que desencadeou a mais grave maré negra da história de Espanha, o comandante do petroleiro disse hoje em tribunal que o navio tinha passado todos os controlos necessários.
O comandante grego, Apostolos Mangouras, de 77 anos, é o primeiro dos quatro acusados ouvidos pelo tribunal da Corunha, na Galiza, noroeste de Espanha, onde começou em Outubro o julgamento deste caso.
«Nós tínhamos feito todas as inspecções visuais» do casco do navio antes da partida de São Petersburgo, afirmou o oficial, precisando que havia repetidos controlos «todos os três ou seis meses».
O comandante adiantou que estava na posse dos diplomas necessários para assumir a função, bem como os membros da tripulação, todos filipinos. «Passei exames e recebi os diplomas», afirmou, acrescentando que os outros marinheiros também tinham «os certificados necessários».
O Prestige, um petroleiro liberiano com pavilhão das Bahamas, carregado com 77 mil toneladas de petróleo, lançou um apelo de socorro em plena tempestade a 13 de Novembro de 2002, ao largo da costa noroeste de Espanha.
Durante seis dias, o navio andou à deriva no Atlântico, antes de se afundar a 19 de Novembro, largando um petróleo espesso e viscoso que poluiu milhares de quilómetros de litoral, em Espanha, Portugal e França.
Quatro acusados estão a ser julgados desde 16 de Outubro num processo que dura há anos: o comandante, o chefe de máquinas, Nikolaos Argyropoulos, também grego, bem como o director da Marinha Mercante espanhola na época, José Luis Lopez-Sors. O quarto acusado, o imediato filipino, Ireneo Maloto, está em fuga.
Mas as organizações ecologistas denunciam a ausência no tribunal dos responsáveis políticos e recordam que o governo da época tinha ordenado que o navio fosse afastado para o largo, apesar das recomendações de especialistas para que entrasse num porto para controlar a fuga.
Hoje, militantes da Greenpeace colocaram na fachada do palácio de exposições da Corunha, onde decorre o julgamento, uma grande bandeira amarela onde se questionava «onde estão os responsáveis?» com fotografias de vários líderes políticos.

Fonte: Lusa/SOL
 
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