billshcot
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Temel Kotil, presidente da Turkish Airlines, revela ao CM que a sua companhia, uma das maiores do Mundo, vai fazer mais voos e criar uma nova rota para a cidade do Porto.
Correio da Manhã – Quais os motivos que têm levado a Turkish Airlines a investir em Portugal?
Temel Kotil – Istambul está ao mesmo tempo na Europa e na Ásia, e todo o mercado europeu é muito interessante. Lisboa é o nosso destino europeu mais longínquo, e a nossa rede de destinos tem de incluir Portugal para ligarmos o Mundo. E temos tido cada vez mais passageiros de Lisboa que vêm visitar a Turquia, outros seguem para outros des-tinos que oferecemos na Ásia. Servimos de plataforma entre a Europa e a Ásia.
– A ligação Istambul-Lisboa começou em 2005 com três voos semanais, e agora tem uma frequência diária. Esta rota tem superado as expectativas?
– Temos tido uma resposta de tal modo impressionante desta rota, que decidimos passar a ter dois voos diários entre Lisboa e Istambul muito brevemente. Não só é bom para as duas economias, como sabemos que Lisboa pode servir de ponto de ligação a outros mercados, como a América do Sul. E por semana, temos 2100 passageiros a usarem esta rota.
– E vão ficar por aí?
– Queremos melhorar ainda mais as ligações a Portugal. Vamos entrar no Norte do País, com voos directos para o Porto, em 2014. E queremos que os portugueses não fiquem apenas em Istambul. Se quiserem ir para a Rússia, temos oferta; se quiserem visitar o Oriente, temos voos. Em Junho, abrimos Santiago de Compostela-Istambul.
– É prudente fazer essa aposta em tempo de crise?
– Temos 205 rotas e para o ano vamos lançar mais 23 destinos. A crise é global, mas pode ser combatida localmente. E o nosso crescimento prova exactamente isso.
"NUMA COMPANHIA ESTATAL FAZ-SE MENOS"
CM – A TAP, parceira da Turkish Airlines na Star Alliance, vai ser privatizada. Como vê essa operação?
T. K. –Não quero falar da TAP em concreto, mas posso dar o exemplo da Turkish, que até 2006 foi estatal. Como companhia do estado, existia uma cultura de que podíamos trabalhar menos horas, esforçarmo-nos menos.
– E isso tinha implicações no desempenho da companhia aérea?
– Claro. Se tínhamos de escolher entre dois ou três produtos, fossem aviões, simuladores, ou refeições, o facto de sermos do estado obrigava-nos a comprar sempre o mais barato, mesmo sabendo que não era o melhor.
– Então defende que a TAP deve ser privatizada?
– Essa é uma decisão do Governo de Portugal, pelo que não comento. Mas considero que não há esperança quando o estado se intromete em empresas. A Turkish cresceu depois de ser privatizada.
PERFIL
Temel Kotil nasceu em 1959 na cidade turca de Rize e estudou nos EUA, onde se doutorou em Engenharia Aeronáutica. É desde 2005 CEO da Turkish Airlines, e a primeira rota que inaugurou foi a de Lisboa.
cm
Correio da Manhã – Quais os motivos que têm levado a Turkish Airlines a investir em Portugal?
Temel Kotil – Istambul está ao mesmo tempo na Europa e na Ásia, e todo o mercado europeu é muito interessante. Lisboa é o nosso destino europeu mais longínquo, e a nossa rede de destinos tem de incluir Portugal para ligarmos o Mundo. E temos tido cada vez mais passageiros de Lisboa que vêm visitar a Turquia, outros seguem para outros des-tinos que oferecemos na Ásia. Servimos de plataforma entre a Europa e a Ásia.
– A ligação Istambul-Lisboa começou em 2005 com três voos semanais, e agora tem uma frequência diária. Esta rota tem superado as expectativas?
– Temos tido uma resposta de tal modo impressionante desta rota, que decidimos passar a ter dois voos diários entre Lisboa e Istambul muito brevemente. Não só é bom para as duas economias, como sabemos que Lisboa pode servir de ponto de ligação a outros mercados, como a América do Sul. E por semana, temos 2100 passageiros a usarem esta rota.
– E vão ficar por aí?
– Queremos melhorar ainda mais as ligações a Portugal. Vamos entrar no Norte do País, com voos directos para o Porto, em 2014. E queremos que os portugueses não fiquem apenas em Istambul. Se quiserem ir para a Rússia, temos oferta; se quiserem visitar o Oriente, temos voos. Em Junho, abrimos Santiago de Compostela-Istambul.
– É prudente fazer essa aposta em tempo de crise?
– Temos 205 rotas e para o ano vamos lançar mais 23 destinos. A crise é global, mas pode ser combatida localmente. E o nosso crescimento prova exactamente isso.
"NUMA COMPANHIA ESTATAL FAZ-SE MENOS"
CM – A TAP, parceira da Turkish Airlines na Star Alliance, vai ser privatizada. Como vê essa operação?
T. K. –Não quero falar da TAP em concreto, mas posso dar o exemplo da Turkish, que até 2006 foi estatal. Como companhia do estado, existia uma cultura de que podíamos trabalhar menos horas, esforçarmo-nos menos.
– E isso tinha implicações no desempenho da companhia aérea?
– Claro. Se tínhamos de escolher entre dois ou três produtos, fossem aviões, simuladores, ou refeições, o facto de sermos do estado obrigava-nos a comprar sempre o mais barato, mesmo sabendo que não era o melhor.
– Então defende que a TAP deve ser privatizada?
– Essa é uma decisão do Governo de Portugal, pelo que não comento. Mas considero que não há esperança quando o estado se intromete em empresas. A Turkish cresceu depois de ser privatizada.
PERFIL
Temel Kotil nasceu em 1959 na cidade turca de Rize e estudou nos EUA, onde se doutorou em Engenharia Aeronáutica. É desde 2005 CEO da Turkish Airlines, e a primeira rota que inaugurou foi a de Lisboa.
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