Hospital cobra taxas a morta

A família de uma antiga funcionária do Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, recebeu a cobrança de taxas moderadoras seis anos após a morte da mulher. O hospital diz que não tinha o registo do óbito e já resolveu o problema com a família, uma vez que a dívida prescreve com a morte.

Fernanda Miranda Silva foi auxiliar de acção médica e utente no hospital até 2004. "Fazia várias exames de rotina", explicou ao CM a mãe de Fernanda, Cândida Miranda, de 74 anos. Em 2006, Fernanda, que contava na altura 30 anos, sofreu um derrame cerebral e faleceu em casa. Agora, a família, de Vila Nova de Gaia, recebeu uma carta para pagar 31,46 euros de taxas moderadoras, referentes a 2003. "Não é pelo dinheiro, é pela ousadia. A minha filha também foi funcionária no Hospital de Gaia, operada lá à garganta e não teve de pagar nada", recorda a mãe.

Contactada pelo CM, fonte da administração do Pedro Hispano explica que "caso existisse registo de óbito da utente, o programa dos avisos de cobrança excluía-a da emissão destes avisos. Bastaria que a família informasse que a senhora já tinha falecido para que se regularizasse automaticamente a situação".

cm