billshcot
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Em muitos casos de violência doméstica, que ocorrem por vezes com desfecho fatal, o agressor é um antigo combatente do Ultramar que sofre de stress pós- -traumático. Esta doença mental afecta 58 mil ex-militares, mas só dois mil são acompanhados pelos serviços de saúde. Destes, poucos estão em tratamento, porque a maioria não tem dinheiro para comprar os medicamentos, que podem custar 200 euros por mês. A falta de medicação leva à descompensação da doença, que desencadeia reacções violentas dirigidas a qualquer pessoa, mesmo por motivos sem importância.
O problema foi ontem debatido num encontro, no Caramulo, que reuniu associações de antigos militares e psicólogos.
João Sobral, presidente da Associação de Apoio aos Ex-Combatentes Vítimas do Stress de Guerra (APOIAR), antigo combatente na guerra colonial, que sofre de stress pós-traumático, afirma ao CM que o doente de stress de guerra "é vítima duas vezes".
Segundo o responsável, os militares "foram para a guerra obrigados, para servirem Portugal, e regressaram doentes devido à exposição a situações traumáticas".
João Sobral diz ainda que a falta de diagnóstico e adequado tratamento leva a situações de violência doméstica, acabando o agressor por ser considerado como um criminoso, em vez de ser tratado como um doente e encaminhado para o hospital.
O presidente da APOIAR defende que os casos de stress de guerra devem ser "devidamente identificados e encaminhados" para os hospitais ou para as associações que os representam e que diagnosticam, tratam e acompanham os doentes. Tratar o agressor pode evitar, sublinha, casos de violência. As associações de antigos militares ajudam na resolução de conflitos familiares e defendem um protocolo de colaboração com autarquias.
'MONSTRO DE BEJA' ESTAVA SINALIZADO COMO DOENTE
Numa escala de 0 a 10, uma pessoa que não sofra de stress de guerra pode irritar-se quando atinge o grau 9. Ora, um doente "de stress pós-traumático explode" num grau 0,5. A descrição é feita por João Sobral, que refere não ser preciso um motivo muito forte para levar à agressão. Razões que nunca foram esclarecidas levaram Francisco Esperança a matar à catanada a mulher, a filha e a neta em casa, Beja, em Fevereiro. Sofria de stress pós-traumático e estava sinalizado.
cm
O problema foi ontem debatido num encontro, no Caramulo, que reuniu associações de antigos militares e psicólogos.
João Sobral, presidente da Associação de Apoio aos Ex-Combatentes Vítimas do Stress de Guerra (APOIAR), antigo combatente na guerra colonial, que sofre de stress pós-traumático, afirma ao CM que o doente de stress de guerra "é vítima duas vezes".
Segundo o responsável, os militares "foram para a guerra obrigados, para servirem Portugal, e regressaram doentes devido à exposição a situações traumáticas".
João Sobral diz ainda que a falta de diagnóstico e adequado tratamento leva a situações de violência doméstica, acabando o agressor por ser considerado como um criminoso, em vez de ser tratado como um doente e encaminhado para o hospital.
O presidente da APOIAR defende que os casos de stress de guerra devem ser "devidamente identificados e encaminhados" para os hospitais ou para as associações que os representam e que diagnosticam, tratam e acompanham os doentes. Tratar o agressor pode evitar, sublinha, casos de violência. As associações de antigos militares ajudam na resolução de conflitos familiares e defendem um protocolo de colaboração com autarquias.
'MONSTRO DE BEJA' ESTAVA SINALIZADO COMO DOENTE
Numa escala de 0 a 10, uma pessoa que não sofra de stress de guerra pode irritar-se quando atinge o grau 9. Ora, um doente "de stress pós-traumático explode" num grau 0,5. A descrição é feita por João Sobral, que refere não ser preciso um motivo muito forte para levar à agressão. Razões que nunca foram esclarecidas levaram Francisco Esperança a matar à catanada a mulher, a filha e a neta em casa, Beja, em Fevereiro. Sofria de stress pós-traumático e estava sinalizado.
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