billshcot
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O local onde José Guerra, cego, de 60 anos, morreu anteontem após ter caído de uma altura de seis metros, em Coimbra, é uma das zonas da cidade consideradas perigosas pela Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO). "O muro deveria ser mais alto ou ter uma vedação mais consistente. O sítio é de facto perigoso", afirma Rosa Esteves, presidente da delegação de Coimbra.
José Guerra tinha saído da Casa Municipal da Cultura, onde trabalhava, quando embateu num muro, precisamente na zona onde é mais baixo – com menos de 80 centímetros – e onde não tem corrimão. Caiu num parque de estacionamento e teve morte imediata. Amigos e familiares estão em choque. "A mulher está tão desorientada que ainda não conseguiu decidir nada quanto ao funeral", disse um familiar próximo.
Apesar de o local ser perigoso, quem conhece a vítima estranha o acidente. José Guerra, director do serviço de leitura para deficientes visuais, era "extremamente autónomo", conhecia bem a cidade, e particularmente aquela zona, onde trabalhava há 20 anos. Usava habitualmente um cão-guia, mas anteontem não o levou porque ia à piscina. "Quem usa um cão-guia não se apercebe de metade dos obstáculos que existem porque o animal se desvia. Ele poderia desconhecer que naquele sítio faltava parte do corrimão e ter-se desorientado", refere Rosa Esteves.
"As nossas cidades não estão adaptadas à circulação das pessoas com deficiência", critica o presidente da ACAPO, Carlos Lopes. A vice-pre-sidente da Câmara de Coimbra, Maria José Azevedo Santos, também o admite e lamenta que o acidente tenha vitimado "um homem que dedicou a vida à inclusão".
Ontem, vários curiosos deslocaram-se ao local. "Agora, depois da tragédia, hão-de colocar ali o corrimão", dizia Augusto Dias, 86 anos.
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José Guerra tinha saído da Casa Municipal da Cultura, onde trabalhava, quando embateu num muro, precisamente na zona onde é mais baixo – com menos de 80 centímetros – e onde não tem corrimão. Caiu num parque de estacionamento e teve morte imediata. Amigos e familiares estão em choque. "A mulher está tão desorientada que ainda não conseguiu decidir nada quanto ao funeral", disse um familiar próximo.
Apesar de o local ser perigoso, quem conhece a vítima estranha o acidente. José Guerra, director do serviço de leitura para deficientes visuais, era "extremamente autónomo", conhecia bem a cidade, e particularmente aquela zona, onde trabalhava há 20 anos. Usava habitualmente um cão-guia, mas anteontem não o levou porque ia à piscina. "Quem usa um cão-guia não se apercebe de metade dos obstáculos que existem porque o animal se desvia. Ele poderia desconhecer que naquele sítio faltava parte do corrimão e ter-se desorientado", refere Rosa Esteves.
"As nossas cidades não estão adaptadas à circulação das pessoas com deficiência", critica o presidente da ACAPO, Carlos Lopes. A vice-pre-sidente da Câmara de Coimbra, Maria José Azevedo Santos, também o admite e lamenta que o acidente tenha vitimado "um homem que dedicou a vida à inclusão".
Ontem, vários curiosos deslocaram-se ao local. "Agora, depois da tragédia, hão-de colocar ali o corrimão", dizia Augusto Dias, 86 anos.
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