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Homem acusado de mais de sete mil crimes sexuais começou a ser julgado à porta fechada

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Homem acusado de mais de sete mil crimes sexuais começou a ser julgado à porta fechada

O homem acusado de mais de 7.200 crimes de abuso sexual de crianças e de mais de 156 mil crimes de pornografia de menores começou hoje a ser julgado, à porta fechada, em Lisboa.O colectivo de juízes da 2.ª Vara Criminal de Lisboa, no Campus da Justiça, decidiu julgar o arguido à porta fechada tendo em conta o cariz sexual dos crimes em causa.
O homem, de 53 anos, morador em Benfica, Lisboa, está a ser julgado pelos crimes cometidos sobre seis menores: três rapazes e três raparigas.
O arguido está acusado pelo Ministério Público (MP) de 7.219 crimes de abuso sexual de crianças agravado, de 156.025 crimes de pornografia de menores - guardados em CD e em discos dos computadores - e de 1.401 crimes de gravações e fotos ilícitas.
Segundo uma nota publicada em Setembro na Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), o homem está indiciado por, entre 2007 e 2011, ter praticado actos de natureza sexual, relações sexuais e masturbação com menores com idades entre os três e os 14 anos.
O arguido terá filmado estas relações sexuais, tendo no seu computador centenas de imagens de natureza pornográfica envolvendo menores. É acusado ainda de ter cedido estas imagens e filmes numa página na Internet, permitindo o acesso a terceiros.
De acordo com a PGDL, o suspeito terá aproveitado as relações de vizinhança e de confiança com os menores para cometer estes crimes.
O homem detinha uma vastíssima colecção e compilação de milhares de ficheiros envolvendo abusos sexuais de menores, material que foi apreendido.
O arguido encontra-se em prisão preventiva e, além das dezenas de crimes de abuso sexual agravado de crianças, foi acusado pela prática de centenas de crimes de gravações e fotografias ilícitas e por milhares de crimes de pornografia de menores agravada.
A investigação foi dirigida pela segunda secção do Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa e executada pela Polícia Judiciária.
A próxima sessão do julgamento, que decorre à porta fechada, está agendada para quarta-feira no Campus da Justiça.

Fonte: Lusa/SOL
 
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