billshcot
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As contradições entre os depoimentos de Pereira Cristóvão e Godinho Lopes – a propósito do falso suborno de dois mil euros ao árbitro José Cardinal – são por demais evidentes. A PJ realçou-o no seu relatório final, mas o silêncio de Cristóvão salvou o presidente dos leões de ser também ser acusado. "Não obstante estarem indiciadas graves contradições, as diligências realizadas durante a fase de inquérito e os elementos probatórios logrados não permitiram determinar, de forma clara e suficiente, se outros membros do clube e/ou da SAD, desde logo o seu representante máximo, Engº Godinho Lopes, tinham conhecimento desta grave situação", dizem os inspectores da Judiciária, lembrando ainda que não foi possível apurar se Godinho "de forma expressa ou tácita" deu o seu aval para que a denúncia caluniosa avançasse.
Uma das contradições assinaladas é comprovada através do cruzamento dos telemóveis e Vias Verdes. Cristóvão diz que foi na portaria do Complexo Alvalade XXI, onde o envelope com a prova do depósito na conta de Cardinal terá sido deixado, que ligou ao presidente do Sporting – que estava em Alcochete – a dar conta da situação. Só depois seguiu para a outra margem. Diz a PJ que isso significa que "entre a chegada de Godinho Lopes à Academia do Sporting, em Alcochete, e o regresso de Cristóvão a Lisboa – passando na portagem da Ponte Vasco da Gama – decorreram apenas 16 minutos, sendo certo que estes dois pontos estão separados por cerca de 18 km".
Refere ainda a Judiciária que sendo também plausível que os presentes em Alcochete – Godinho Lopes, Paulo Pereira Cristóvão, Luís Duque e Carlos Freitas – tenham demorado alguns minutos a decidir o que fazer, a história é "ainda mais inverosímil".
Por outro lado, Godinho Lopes apenas chega à Academia do Sporting, em Alcochete, às 09h41, e nove minutos depois já manda um SMS ao presidente da Federação.
DUQUE E FREITAS AVISADOS PARA IR A ALCOCHETE
Luís Duque e Carlos Freitas não estavam em Alcochete por acaso. Segundo disseram às autoridades, foram avisados no dia anterior, por Godinho Lopes, de que deveriam comparecer na Academia de manhã. Estavam todos juntos quando Cristóvão diz que ligou a Godinho e ouviram então o presidente a "autorizar" o seu vice a abrir a carta sem remetente. Souberam minutos depois que se tratava da denúncia de um suborno.
cm
Uma das contradições assinaladas é comprovada através do cruzamento dos telemóveis e Vias Verdes. Cristóvão diz que foi na portaria do Complexo Alvalade XXI, onde o envelope com a prova do depósito na conta de Cardinal terá sido deixado, que ligou ao presidente do Sporting – que estava em Alcochete – a dar conta da situação. Só depois seguiu para a outra margem. Diz a PJ que isso significa que "entre a chegada de Godinho Lopes à Academia do Sporting, em Alcochete, e o regresso de Cristóvão a Lisboa – passando na portagem da Ponte Vasco da Gama – decorreram apenas 16 minutos, sendo certo que estes dois pontos estão separados por cerca de 18 km".
Refere ainda a Judiciária que sendo também plausível que os presentes em Alcochete – Godinho Lopes, Paulo Pereira Cristóvão, Luís Duque e Carlos Freitas – tenham demorado alguns minutos a decidir o que fazer, a história é "ainda mais inverosímil".
Por outro lado, Godinho Lopes apenas chega à Academia do Sporting, em Alcochete, às 09h41, e nove minutos depois já manda um SMS ao presidente da Federação.
DUQUE E FREITAS AVISADOS PARA IR A ALCOCHETE
Luís Duque e Carlos Freitas não estavam em Alcochete por acaso. Segundo disseram às autoridades, foram avisados no dia anterior, por Godinho Lopes, de que deveriam comparecer na Academia de manhã. Estavam todos juntos quando Cristóvão diz que ligou a Godinho e ouviram então o presidente a "autorizar" o seu vice a abrir a carta sem remetente. Souberam minutos depois que se tratava da denúncia de um suborno.
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