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Austeridade em 2013 obriga famílias a rever orçamentos

billshcot

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Nov 10, 2010
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A escolha de marcas brancas e a redução da utilização de combustível estão no topo das decisões.

Enquanto resistem à euforia e confusão típicas da época do Natal, os portugueses começam, também, já a fazer contas ao orçamento mensal que terão disponível para 2013. O aumento dos impostos vai provocar uma diminuição significativa nos rendimentos de muitas famílias, o que fez os alertas financeiros começarem a soar dentro das casas dos portugueses.

Segundo um estudo elaborado pela consultora Baker Tilly, uma das opções que recolhe maior unanimidade passa pela compra de produtos de marca branca em detrimento de outros. Mais de 90% dos inquiridos diz que vai passar a optar por marcas brancas, entre alimentação, produtos de higiene ou bebidas. Já em relação aos medicamentos, 70% dos inquiridos afirma que vai passar a utilizar genéricos.

No mesmo sentido, cerca de 40% dos portugueses que responderam ao inquérito pretende reduzir custos com combustíveis, uma factura que se tem tornado mais pesada ao longo do ano, devido ao aumento dos preços.

Também os restaurantes deverão ressentir-se significativamente nesta reorganização do orçamento das famílias, uma vez que os inquiridos esperam reduzir em 22,1% as suas despesas com refeições fora de casa. Os portugueses vão também passar a viajar menos, uma vez que pretendem cortar em 21,1% as despesas relacionadas com viagens.

Cinema, concertos, vestuário, calçado, jornais e revistas são os produtos que se seguem na pirâmide das reduções de custos, segundo o documento elaborado pela Baker Tilly. No entanto, 24% dos inquiridos admite não pretender realizar qualquer tipo de cortes nestas áreas.

Penalizados por esta onda de austeridade que vai cobrir o País durante o próximo ano são também aqueles relacionados com as poupanças das famílias. Mais de 50% dos portugueses que responderam ao inquérito da consultora afirmam que vão reduzir o montante que actualmente alocam nas poupanças, mostrando-se, também, bastante pessimistas em relação ao próximo ano. Mais de um quinto dos inquiridos assume que vai ver o seu orçamento mensal e familiar cair em cerca de 20%, mas que esta quebra não se relaciona com a carga fiscal mas sim com eventuais situações de desemprego.

Já no que se refere à manutenção do equilíbrio das finanças pessoais, e em resposta à pergunta "Tenciona tomar medidas extraordinárias para equilibrar as finanças pessoais em 2013?", 74% dos inquiridos respondeu que sim. O valor compara com os 29% que deram uma resposta afirmativa a esta questão em 2012. A consultora afirma que é perceptível um aumento da cautela das famílias em relação ao consumo. Segundo a Baker Tilly, os portugueses tornaram-se consumidores mais atentos e criteriosos, de forma a conseguirem também precaver-se contra eventuais diminuições inesperadas de rendimentos.

Para conseguirem este reequilíbrio, que implica, necessariamente, uma redução das despesas, as principais medidas a ser adoptadas pelos inquiridos vão passar pelo controlo de consumos de água, luz e gás (33%), pelo corte nas despesas não críticas, como jogos sociais ou bens de segunda necessidade (32%) e a renegociação com fornecedores de serviços (18%). A renegociação de crédito, um emprego em ‘part-time' e a venda de activos, como os automóveis, são outras das hipóteses consideradas pelos portugueses que responderam a este inquérito.

O estudo da Baker Tilly Portugal foi realizado com base nas respostas dadas, via internet, por 1.007 portugueses, com idade superior a 18 anos e pertencentes à população activa. O inquérito foi realizado durante a primeira quinzena do mês de Novembro.

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