billshcot
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Correio da Manhã – Os saldos vão ajudar a melhorar a situação do comércio português?
João Vieira Lopes – Os saldos ajudam sempre. No entanto, a tendência era para que encerrassem mais lojas, devido à conjuntura, mas, nesta fase, vai haver muito mais lojas a encerrar.
– Falamos em falências?
– As falências representam cinco ou dez por cento dos encerramentos. No comércio acontece pouco as lojas falirem. Geralmente, pagam as dívidas, mas deixam de ter receitas suficientes para pagarem aos funcionários. Às vezes não basta só um. E fecham portas, simplesmente.
– Os comerciantes aproveitam esta época para fazer liquidação do stock?
– O número de encerramentos vai ser maior em Janeiro e há muitas lojas que vão fazer liquidação de stock. É uma ajuda para encerrarem sem declarar falência.
– Qual é a margem de lucro das lojas na altura dos saldos?
– Depende dos produtos e das lojas. Mas, geralmente, nesta fase, os produtos são vendidos ao preço de custo. Há uma margem de lucro muito pequena. Nos casos dos descontos de 70 ou 80 por cento, são muitas vezes para escoar stock de colecções antigas de onde sobraram poucas peças.
– A conjuntura também não ajuda nesta fase...
– Houve uma quebra brutal nos rendimentos das famílias. No Natal, por exemplo, as pessoas deixaram de dar presentes para dar lembranças – como nos disseram muitos comerciantes. Depois houve o aumento de impostos, que, aliado à quebra de vendas, acabou por prejudicar o comércio.
– Saldos a seguir ao Natal são uma forma de atrair os turistas?
– Agora já se confunde muito saldos com promoções e campanhas. Não acredito que turistas venham de propósito para os saldos. Mas há espanhóis que o fazem.
cm
João Vieira Lopes – Os saldos ajudam sempre. No entanto, a tendência era para que encerrassem mais lojas, devido à conjuntura, mas, nesta fase, vai haver muito mais lojas a encerrar.
– Falamos em falências?
– As falências representam cinco ou dez por cento dos encerramentos. No comércio acontece pouco as lojas falirem. Geralmente, pagam as dívidas, mas deixam de ter receitas suficientes para pagarem aos funcionários. Às vezes não basta só um. E fecham portas, simplesmente.
– Os comerciantes aproveitam esta época para fazer liquidação do stock?
– O número de encerramentos vai ser maior em Janeiro e há muitas lojas que vão fazer liquidação de stock. É uma ajuda para encerrarem sem declarar falência.
– Qual é a margem de lucro das lojas na altura dos saldos?
– Depende dos produtos e das lojas. Mas, geralmente, nesta fase, os produtos são vendidos ao preço de custo. Há uma margem de lucro muito pequena. Nos casos dos descontos de 70 ou 80 por cento, são muitas vezes para escoar stock de colecções antigas de onde sobraram poucas peças.
– A conjuntura também não ajuda nesta fase...
– Houve uma quebra brutal nos rendimentos das famílias. No Natal, por exemplo, as pessoas deixaram de dar presentes para dar lembranças – como nos disseram muitos comerciantes. Depois houve o aumento de impostos, que, aliado à quebra de vendas, acabou por prejudicar o comércio.
– Saldos a seguir ao Natal são uma forma de atrair os turistas?
– Agora já se confunde muito saldos com promoções e campanhas. Não acredito que turistas venham de propósito para os saldos. Mas há espanhóis que o fazem.
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