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Os Piores Carros da História!

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GF Platina
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Analisando a história destes modelos como os piores carros da história, verifica-se que não foram obrigatoriamente, um fracasso de vendas. Na verdade, são lembrados até hoje pelos especialistas como estranhos exemplos da interacção homem/carro, graças ao design invulgar e por vezes excêntrico, planeamentos malfeitos, motor sofrível e até mesmo inovação antes da época certa. No caso daqueles que venderam muito, só podemos concluir que, no fundo, as pessoas querem ter seu carro de qualquer maneira. Não importa que tipo de carro seja. Aqui vai alguns desses clássicos que para muita gente, não deixaram saudades.
 
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Chrysler Desoto Airflow (1934)

Um dos primeiros modelos de automóvel a levar a aerodinâmica em conta no seu design arrojado, mas foi um verdadeiro fracasso quando lançado na época da Grande Depressão nos Estados Unidos. Ganhou o falso mito de ser instável e perigoso, mas muitas de suas novidades (como a distribuição de peso entre traseira e dianteira e estrutura mais leve) acabaram sendo utilizadas mais de 20 anos depois.
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Renault Dauphine (1956)

O Renault Dauphine foi projectado pelo engenheiro Fernand Picard para oferecer ao consumidor uma opção melhor do que o já envelhecido Renault 4 CV e para concorrer com o Volkswagen Carocha.
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Tal como o carro alemão da Volkswagen, este modelo francês tinha motor traseiro, porém refrigerado a água, assim como várias partes do conjunto mecânico herdado do 4 CV. Com quatro portas e carroçaria de três volumes, e porta-bagagem sob o capô dianteiro, o Dauphine surgia como uma alternativa mais confortável que o Carocha. A versão brasileira foi fabricada sob licença da Renault pela Willys Overland do Brasil entre os anos de 1959 e 1968.

Leve, fácil de dirigir, barato e económico, o consumo ficava entre 14,5 e 17 km por litro. O Dauphine popularizou-se rapidamente. Um de seus maiores destaques era a suspensão independente Aerostable, com bolsas de borracha cheias de ar que endureciam de acordo com a carga do veículo.

Porém, essa suspensão, projectada para as estradas europeias, causou uma série de problemas nas precárias estradas brasileiras da época, e a fragilidade logo rendeu ao Dauphine uma má fama junto do público brasileiro. Foi assim que surgiu a alcunha de "Leite Glória", baseado na publicidade da época do leite em pó instantâneo que tinha como slogan a frase "Desmancha sem bater". Além disso, como o carro capotava com certa facilidade, o bom humor brasileiro novamente não perdoou: Apelidou a suspensão de "Aerocapotable".

Curiosidades:


- A sua aceleração demorava 32 segundos para chegar a 95 km/h. De qualquer maneira, vendeu mais de 2 milhões de unidades no mundo.

- O pequeno veículo chegou a ser vendido nos Estados Unidos com um sucesso considerado surpreendente pela própria Renault: em 1957 venderam-se 28.000 unidades e em Setembro de 1959 o Dauphine foi até mais vendido que o Carocha.

- Ainda assim, a Renault enfrentava sérias dificuldades de estabelecer uma rede sólida de revendedores e de assistência técnica pelo vasto território americano. A indústria local também reagiu e passou a importar directamente das subsidiárias europeias, veículos pequenos, e uma guerra de preços deu origem a uma certa crise económica no sector tendo afectado as vendas da Renault nos Estados Unidos. O Dauphine foi sucedido pelo Renault 12, lançado em 1969. Curiosamente o primeiro nome sugerido para este carro foi Corvette.
 
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Ford Edsel (1958)

Um caso que é estudado até hoje por cursos de marketing, já que foi feita uma extensiva pesquisa entre os americanos na década de 50 para saber o que eles queriam de um carro. E assim foi criado o Edsel, nomeado em honra do filho único de Ford.

As vendas foram tão fracas que a Ford levou décadas para se recuperar do desastre. O carro foi um fracasso de vendas. Os motivos que levaram ao fracasso foram os seguintes:

- Campanha da Associação dos Construtores que concordou em não divulgar dados de potência e performance devido ao aumento dos acidentes fatais nas estradas, até problemas na mecânica que foi anunciada como revolucionária o que logo foi desmentido pelos jornalistas especializados.

- O Ford Edsel foi o carro com o maior investimento em propaganda e marketing da época. Até Frank Sinatra e Bill Cosby participaram de uma campanha na TV.

Além disso, a Ford enviou milhares de cartas aos proprietários de automóveis convidando-os a fazer um test-drive no Edsel. Nem isso salvou o modelo. A revista Times disse que o Edsel foi um clássico caso de carro errado para o público errado na época errada.

Curiosidade: Dos 110.000 carros produzidos, apenas um foi roubado. Aparentemente, nem os ladrões o queriam.

Os motivos do seu fracasso de vendas!

Em 1948 a Ford percebeu que faltavam carros de preço intermediário no seu leque de ofertas. Decidiu então criar uma divisão totalmente nova, posicionada entre os populares Ford e os sofisticados Mercury e os luxuosos Lincoln. Porém, quando finalmente foi lançada em 1957, os seus carros possuíam dimensões enormes, numa época em que a economia americana entrava em recessão e os consumidores procuravam modelos menores e mais económicos. Isso teve como consequência uma quebra nas vendas.

Marketing: Sucesso em tornar as expectativas melhores que o produto!

A campanha de lançamento da linha Edsel foi extensa, cara e excepcionalmente bem-sucedida. Foi gerado um clima de grande expectativa, pois o carro não seria revelado até ao dia 4 de Setembro de 1957 quando poderia ser visto em shows por toda a América. A Ford também se empenhou para manter o carro em segredo, intimando revendedores a manter os veículos cobertos até a data do lançamento. Só que todo esse mistério gerou uma expectativa irreal nos consumidores, que imaginavam algo radicalmente novo, e o que eles viram foi apenas mais um automóvel modelo 1958.
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Uma versão do modelo Ford Edsel Citation (1958)

No dia 4 de Setembro, registou-se a presença recorde de consumidores nas revendas. Mas no dia seguinte, os executivos da Ford começaram a dar conta que todas estas pessoas estavam olhando, mas não estavam comprando.

A Qualidade do Modelo Edsel

Ao lançar o Edsel, a Ford criou uma divisão totalmente nova com uma rede de revendedores exclusivos. Porém, a única coisa que a Ford não criou foi uma instalação fabril própria, inserindo a produção do Edsel em fábricas dos modelos Ford e Mercury. Isto foi desastroso para o controle de qualidade, uma vez que os operários tinham que interromper a sua rotina e com frequência esqueciam de instalar algumas peças. Muitas revendas estavam precariamente equipadas para reposição de peças e acessórios.

A situação era tão crítica que durante a campanha de lançamento, a Ford investiu no programa especial baptizado "The Edsel Show", com uma hora de duração, onde participaram celebridades, e foi emitido no mesmo horário do então popularíssimo programa "The Ed Sullivan Show". Num dos programas, Frank Sinatra foi abrir a porta de um reluzente Edsel quando a maçaneta simplesmente saiu da sua mão. Isso causou uma gargalhada geral.

Política de Preços: Posicionando o produto acima de toda a concorrência.

Nos Estados Unidos dos anos 50, os modelos do ano seguinte eram lançados em Novembro e o Ford Edsel foi lançado em Setembro, com modelos e preços do ano seguinte. Desta forma ele parecia caro em comparação com todos os modelos do ano anterior que estavam com descontos em função do interesse das revendas em se desfazer dos estoques para a chegada dos novos carros. Além disso, a Edsel anunciou inicialmente o modelo mais caro e luxuoso, difícil de vender no final de um ano de recessão.

Conclusão:

- A Ford tinha expectativas de vender no mínimo 400 Ford Edsel por dia, porém nos seus pouco mais de dois anos de existência (Setembro de 1957 a Novembro de 1959) a soma de todos os modelos vendidos chegou a uma produtividade de apenas 110.847 unidades.

- Por causa do formato singular da grade, o carro foi chamado de "Oldsmobile chupando limão", "tampa de vaso sanitário" e "colar de cavalo". Foi até comparado ao órgão sexual feminino.

- Por causa dos acordos com concessionárias, o carro ainda foi mantido por três anos. Nesse período foram vendidos só 110.000 Edsel contra 1 milhão de Pontiac.

Naturalmente os prejuízos foram enormes, tanto financeiros quanto de imagem, mas a empresa aprendeu rapidamente com este fracasso alterando processos de produção, aprimorando seu controle de qualidade e incorporando nos novos Ford diversos melhoramentos desenvolvidos para o Edsel. Mas os maiores avanços ocorreram no desenvolvimento de novos produtos, cuja primeira consequência foi o lançamento de um dos maiores sucessos da Ford, o Mustang.
 
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Chevrolet Corvair (1961)

Na década de 60, inspirados pelo Volkswagen Carocha, muitos clientes preferiram carros equipados com motor atrás, e para satisfazer as suas exigências, os executivos da Chevrolet lançaram seu lindo modelo, mas esqueceram de reforçar a suspensão traseira. Isso fez com que o carro perdesse a estabilidade, girando à toa. Outro dos seus defeitos era pingar óleo e ainda enchia a cabine de gases tóxicos.
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Apesar de todos os seus defeitos, foi um grande sucesso de vendas, com mais de
1,5 milhão de unidades vendidas nos seus nove anos de vida. O motor refrigerado
a ar era montado na parte traseira do Corvair.



 
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AMC Gremlin (1970)

Apresentado ao público americano como o primeiro carro sub-compacto produzido na América e desenvolvido pelo lendário designer de automóveis Richard A. Teague, o Gremlin acabou sendo ridicularizado na época, alvo de piadas, graças ao seu desenho desproporcional (frente grande e quase nenhuma traseira).

Lançado em 1 de Abril de 1970, o AMC Gremlin acabou vendendo, em nove anos, 671.475 unidades. Competindo com os seus rivais, Chevrolet Vega e Ford Pinto, e com um modelo importado, o popular Volkswagen Carocha, o desempenho do AMC Gremlin era consideravelmente maior do que os de seus concorrentes. O teste realizado pela Motor Trend Gremlin alcançara uma marca de 12,6 segundos no 0-100 km/h, quando tanto o Ford Pinto como o Carocha demoravam mais de 18 segundos para atingir os 100 km/h.
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O AMC Gremlin não consumia muito de acordo com os critérios do mercado dos E.U.A. (pouco mais de 8 litros por cada 100 km em média), porém, esses números rivalizava com as do Carocha, que homologava quase dois litros a menos de metade. Embora o seu projecto de distribuição de peso condicional apresentava bastante desfavorável, a imprensa deu a aprovação final ao AMC Gremlin, considerando que era um carro rápido, fácil de dirigir, com um excelente equilíbrio entre desempenho, preço e consumo.



 
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Ford Pinto (1971)

Depois do lançamento do Gremlim e do Chevrolet Vega, a Ford põe na rua seu compacto, que entrou para os anais da história como um dos carros mais perigosos já desenvolvidos.

O grande perigo do Ford Pinto era explodir em chamas no caso de colisão traseira. O mais preocupante é que quando a notícia causou sensação, descobriu-se que os executivos da gigante automobilística sabiam dos riscos mas calcularam que reforçar o tanque de gasolina na traseira custaria 121 milhões de dólares enquanto os processos por morte ou deformações físicas sairiam, no máximo, 50 milhões de dólares.
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Simbolo do Ford Pinto.
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Esse grave problema do carro, foi o principal responsável pela demissão de Lee Iacocca, principal executivo da empresa na época, e um dos grandes idealizadores do modelo. Problemas como falta de segurança que ocasionaram sérios incêndios com algumas unidades do Pinto, levaram a Ford a encerrar sua produção. Foi substituído pela versão norte-americana do Ford Escort.
 
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Austin Allegro (1973)

Austin-Allegro-2_2571336c.jpg

Considerado pelos ingleses através de uma votação online, como o pior
automóvel já lançado na terra da sua majestade.

Os defeitos deste modelo eram vários:
- O seu vidro traseiro costumava cair;
- A carroçaria enferrujava rapidamente.
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Nas suas primeiras versões, possuía um volante quase quadrado para dar mais
espaço às pernas. Mesmo assim, em 1979, era o quinto carro mais vendido na
Grã-Bretanha.
 
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AMC Pacer (1975)

Considerado hoje o carro mais feio já desenhado, era tão estranho que as duas portas frontais eram de tamanhos diferentes. Alguns modelos tinham os bancos com tecido imitando jeans, e um detalhe importante: para ficar mais real colocaram os botões de metal, que esquentavam muito em dias quentes.
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Apesar disso, foi celebrado como moderno e audacioso na época de seu lançamento pelas revistas especializadas. O AMC Pacer é um modelo esportivo compacto da American Motors Corporation, que juntamente com o seu irmão AMC Gremlin, figura na lista dos carros mais feios do mundo.
 
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De Lorean DMC-12 (1981)

O De Lorean DMC-12 é um automóvel feito em aço inoxidável, fibra de vidro no interior, e possui portas asas de gaivota. Este carro desportivo foi produzido inicialmente de 1981 a 1982 pela empresa automobilística norte-irlandesa DeLorean Motor Company.
1981_delorean_dmc-12-pic-34599.jpeg

Um De Lorean DMC-12 de frente com as portas asa de gaivota abertas.

Apesar das suas belas linhas, era pesado demais para o motor que tinha: o carro foi concebido para ter um motor de 200 cv, mas colocaram um motor de 170 cv, e devido a certas regulamentações nos E.U.A., perdeu 40 cv com a adição de um catalisador. Além disso era caro demais.

Curiosidades:

O seu criador John DeLorean foi alvo de investigação pelo FBI devido a ligações com o crime organizado e ao seu vício em cocaína.
BacktotheFuture1.jpg

O De Lorean DMC-12 ganhou status principalmente por aparecer na trilogia
de filmes de ficção científica "Regresso ao Futuro", como sendo o carro futurista
do Doc Brown.

O De Lorean DMC-12 foi o único modelo produzido pela empresa, que iria entrar em liquidação, pois o mercado de automóveis nos E.U.A. passou por sua maior crise desde os anos 1930. Cerca de 9000 DMC-12 foram feitos antes da produção ser interrompida no final de 1982. Em 2007, calculava-se que existiam no mundo cerca de 6500 carros De Lorean DMC-12.
 
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Yugo GV (1985)

Desenvolvido na extinta Jugoslávia, o carro é para os americanos o que o Lada foi para os brasileiros: um sofrível automóvel acessível a todos (custava lá menos de 4000 dólares).
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Destruído pela crítica especializada, a sua situação piorou quando um desses carros foi jogado de uma ponte pela força do vento, o que causou comoção na imprensa norte-americana. No momento do acidente, o veículo estava parado. Apesar de tudo, manteve a sua produção até recentemente.

O primeiro Yugo 45 foi feita à mão em 2 de Outubro de 1978, como um Fiat 127, sob licença da Fiat, com um estilo de corpo modificado. A Koral Zastava foi vendido com um design actualizado, por cerca de 350.000 dinares (3500 euros ou 4300 dólares), até 11 de Novembro de 2008, quando a produção encerrou com um número final de 794.428 carros.

O Yugo entrou no Estados Unidos por meio de Malcolm Bricklin , que queria introduzir um simples carro de baixo custo para esse mercado:
- No total, 141.511 carros foram vendidos nos Estados Unidos de 1985 a 1991. Em 1987 atingiu uma produção de 48.500 unidades. Em 1991 foram vendidos apenas 3981 carros.

Reconhecido como um dos piores carros de todos os tempos, tal como o Lada, eles são uma visão comum na paisagem urbana nas cidades e vilas da Sérvia, Croácia, Eslovénia e Bósnia e Herzegovina.
 
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Fiat 147 (1976)

Este modelo popular era muito apreciado pela sua condução divertida. No Brasil surgiu uma piada deste modelo afirmando que quem o comprava tinha que se casar com mecânico e que foi o carro que introduziu a manutenção preventiva no país. Caso não levasse ao mecânico, o proprietário do carro corria o risco de ter o veiculo parado no caminho.
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O Fiat 147 foi o primeiro carro fabricado pela Fiat no Brasil. Ele
trazia pequenas modificações estéticas em relação ao original
italiano Fiat 127. Além disso, para enfrentar as condições de
rodagem no Brasil, o carrinho tinha uma estrutura mais reforçada,
que o tornava 80 kg mais pesado que o irmão italiano.

Na realidade, o modelo foi o primeiro da Fiat no Brasil, o primeiro carro à álcool produzido em série no mundo, e o primeiro a ter todas as variações possíveis (hatch, sedan, furgão, pickup e perua). E até hoje tem um clube de fãs no Brasil.

A Fiat Automóveis S.A. foi inaugurada em 9 de Julho de 1976 no Brasil. Veio para produzir o pequeno 147, derivado do modelo italiano 127, lançado em 1971. O evento de lançamento foi tão importante que contou com a presença do principal executivo do conglomerado que reúne as empresas Fiat, Giovanni Agnelli, e o então presidente do Brasil, Ernesto Geisel.

Elogiada por todos, pelo seu comportamento dinâmico, o Fiat 147 era melhor até que outros carros superiores da época.

Em relação à parte mecânica:

- O compacto chegou apenas na versão L com o propulsor de 1050 cm³, colocado transversalmente (o primeiro do Brasil) com 56 cv de potência a 3600 rpm.

Tinha óptimo desempenho na cidade, sendo extremamente ágil:

- Em relação a números, fazia entre 18 e 19 segundos de 0 a 100 km/h e atingia uma velocidade máxima de 140 km/h, números satisfatórios para a época.

Defeitos do carro:

Apesar de toda a robustez, garantida pela Fiat que testou o carro por mais de 1 milhão de quilómetros, algumas pessoas não confiavam na mecânica italiana. E em parte estavam correctos, pois a caixa de velocidades e a correia dentada (e suas imediações, diga-se de passagem) além de dar algumas dores de cabeça para os motoristas, sujaram parte da imagem do Fiat 147.

Aprofundando, o comando de válvulas, dentro do cabeçote de alumínio, era activado por meio da tal correia dentada, que estourava com uma certa facilidade, podendo empenar válvulas, levando a uma possível e prematura rectificação. Esta característica que só se agravaria após a adopção de uma taxa de compressão mais alta, só foi sanada com a evolução dos motores Fiasa na década de 90.

Mesmo assim, foi um sucesso, vendendo 64.000 unidades logo no seu ano de estreia. Parte desse sucesso deve-se às mulheres, que o adoptaram como ícone feminista.
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Acima, o primo italiano, Fiat 127, de 1971.
Abaixo, o primo brasileiro, Fiat 147, de 1976.

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