billshcot
Banido
- Entrou
- Nov 10, 2010
- Mensagens
- 16,633
- Gostos Recebidos
- 156
Tentarei aqui alertar e divulgar situações de burlas e esquemas [ fraudelentos] que se encontram na internet mas e não só ...
Empréstimos com "Seguro Garantia" para fins "Especiais"
Este tipo de fraude, presentemente, só apareceu na Europa, mas não é muito frequente uma vez que envolve um esquema bastante complicado.
Em síntese uma pessoa (com frequência um profissional) aproxima-se de um empresário com capacidade financeira e, fornecendo uma historia sobre uma operação espectacular (muitas vezes um "roll program", ou uma operação ilícita rentável para financiar, ou algo do género) pede um empréstimo fora dos canais e modos normais para poder concretizar esta operação.
Como garantia oferece uma "apólice de seguro garantia" emitida por uma companhia estrangeira que aparentemente tem as condições para fazer isso (capital razoávelmente elevado, sede em pais da CEE, EUA ou noutras importantes praças financeiras etc...).
Se a vitima for nesta conversa o dinheiro que emprestar vai evaporar-se, a apólice não vai ser paga alegando, a companhia, que o contracto foi emitido com intenções "fraudulentas", sendo que a companhia poderá produzir uma carta do tomador do empréstimo dizendo que "o contrato foi arranjado para fraudar a companhia". O tomador obviamente desaparecerá e/ou resultará ser um individuo pluri-protestado e cheio de dívidas.
Ninguém, até agora, conseguiu demonstrar que as companhias usadas sejam cúmplices do esquema, mas existem fortes duvidas a esse respeito. Cuidados especiais com companhias de segunda linha baseadas em paraísos fiscais, na Bélgica no Luxemburgo e na Suíça. A melhor segurança é pedir uma companhia de porte e renome e sobretudo que claramente seja especializada neste tipo de apólices. Fuja de companhias de resseguros de segunda linha que se dizem prontas a emitir apólices de "seguro" (que não é o mesmo que "resseguro" !!).
As malas diplomáticas e seus "supostos" usos
Tratam-se de fraudes muito variadas onde não existe um padrão específico.
Em síntese alguém propõe uma operação (que pode ser de contrabando, de lavagem de dinheiro, de distribuição de dinheiro falso ou outras parecidas) que tem como factor determinante a possibilidade de transportar a "mercadoria perigosa" através do uso de uma mala diplomática (que, conforme estabelecido pela Convenção de Viena de 1961, é isenta de controles e não pode ser aberta por autoridades de países estrangeiros).
Esta possibilidade seria oferecida por um funcionário, muitas vezes da Africa ou de um país do antigo "Pacto de Varsóvia", em troca de dinheiro ou de uma participação na operação.
Você vai ver muita coisa, pessoas que se dizem diplomátas, supostas mercadorias perigosas e talvez até a famosa mala diplomática ... Às vezes a mala diplomática entra na história para justificar outras situações ou dar credibilidade a golpes em andamento.
A fraude vai aparecer normalmente no momento em que, com alguma motivação, você vai ter de avançar uma pequena (ou grande) quantia de dinheiro para que a operação possa acontecer.
A troca de "dinheiro bom" por "dinheiro falso"
Uma pessoa propôs a um profissional reputado (e com boa capacidade financeira) para cooperar num esquema de troca de dinheiro falso por dinheiro bom. Na prática contou que uma organização tinha conseguido exemplares usados (mas ainda bons) das matrizes originais para impressão de notas de um país europeu (que deveriam ter sido destruídas) e de um lote do papel usado normalmente para imprimi-las.
Este grupo estava, portanto, em condições de produzir notas absolutamente perfeitas, mas dizia, ter problemas em depositar este dinheiro por causa de falta de origem e precedentes criminais. Precisava, portanto, de alguém com o nome limpo e possivelmente reputado para cuidar desta parte da operação. Em troca estavam dispostos a reconhecer uma generosa participação de 50% nos lucros.
Ou seja, o empresário iria comprar as notas por 50% do valor e depois depositá-las num banco (na Suíça ?) para que ficassem disponíveis para uso em quantias elevadas. Uma clássica operação de lavagem ! As primeiras duas operações de troca foram bem sucedidas, o empresário trocou cada vez mais ou menos o equivalente a 10.000 USD por notas que valiam o dobro e depositou-as sem problemas no seu banco (as notas provávelmente eram autênticas e não impressas pelos golpistas), levando para casa um lucro de 20.000 USD (nada mal, hã!). Depois, os criminosos declararam que não podiam continuar a fazer operações de 10.000 USD sendo que o volume a ser "distribuído" era muito maior e com estas pequenas operações iriam ter problemas.
Pediram para fazer operações de no mínimo 200.000 USD de cada vez. A vitima, segundo o que contou, caiu na armadilha. Arranjou os 200.000 USD e foi trocar por 400.000 USD "falsos", o problema aconteceu quando apresentou estes 400.000 no banco, estes sim eram falsos e até grosseiros.
Uma variante desta fraude aconteceu sempre na Europa também com dinheiro a ser supostamente "lavado" porque de proveniência ilícita, mas autentico. O empresário (um outro, obviamente) comprava USD de "suposta" origem ilícita por 50% do valor e depositava-os no seu nome numa conta no exterior.
Depois das primeiras pequenas operações recebia notas falsas grosseiras (também de origem ilícita, mas por uma outra razão ... o falso). Noutro caso ainda, na terceira operação depois das primeiras "boas", os golpistas simplesmente roubavam a vitima e desapareciam com o dinheiro sem sequer entregar dólares falsos de troca. Nestas ultimas duas fraudes, além do prejuízo económico directo, existe um rísco elevadíssimo ficarem envolvidos actos em ilícitos graves tais como lavagem de dinheiro, falsificação etc ...
Operações de "câmbio" com moedas ou títulos
O esquema é simples. O intermediário explicará que através de um contacto comercial pode adquirir (ou já tem) uma quantia relevante de uma moeda ou de um titulo de um governo estrangeiro, não livremente conversível (típicas são algumas moedas de países árabes fechados mas ricos em petróleo como a Líbia e o IRAQ ou de outros países africanos).
A compra pode ser efectuada com uma elevada margem de desconto (por volta de 50%) sobre o valor real da moeda ou dos títulos que supostamente ele estará em condições de trocar por dólares, graças a relações comerciais ou políticas, dívidas com aquele país que podem ser pagos usando esta moeda etc... O que ele precisa é o montante necessário para a compra com desconto ou para a viabilização da operação.
Se o investidor fornecer esse dinheiro estará “entalado” pois descobrirá que o dinheiro ou títulos comprados são falsos ou que não tem valor nenhum. Existem muitas variantes desta fraudes. Operações parecidas aparecem periódicamente usando dólares ou outras moedas famosas (muito usado o Marco Alemão, que, lembrem-se, não existe, foi substituído pelo EURO), de suposta origem ilegal (ou seja supostas operações de lavagem altamente rentáveis).
O objectivo é sempre o mesmo, receber dinheiro bom e deixar na mão da vitima papeis falsos. As chaves da fraude também são sempre as mesmas, ignorância (quem sabe distinguir com segurança dinheiro ou papeis bons de dinheiro ou papeis falsos ??), ganância e gosto pelo "ilegal" e pelo "exclusivo".