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Baú das Recordações!

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Quem se lembra da saudosa Pasteleira?

Longe vão os tempos em que saber ler, ter a 4ª classe com distinção e uma bicicleta modelo "YeYe Deluxo” (vulgarmente conhecida por pasteleira) era o topo da moda juvenil.
passeiodepasteleira.jpg

As bicicletas pasteleiras eram robustas, pesadas, confortáveis e geralmente de roda 28. Outrora utilizadas em
inúmeras profissões, actualmente definem um estilo muito característico que tem uma procura cada vez mais crescente.

Com o seu design intemporal, a pasteleira resistiu ao tempo e mantêm-se hoje tão actual como quando foi criada. Uma das marcas portuguesas mais conhecidas é a Ye-Ye, fabricada em Águeda. Actualmente, o modelo de pasteleira disponível é o modelo yé-yé que já não se fabrica em Portugal, mas que a montagem ainda é feita no nosso país, com alguns componentes nacionais. Circulam rumores que o modelo já vem sendo fabricado na China. O certo é que a pasteleira está à venda ao público por um preço elevado.
 
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Ardósia: auxiliar importante na educação escolar!

Em tempos idos, na sala de aula, a presença significativa da ardósia, era uma peça essencial do mobiliário escolar, que povoou o imaginário de muitos alunos.
Essas recordações despertaram alegrias mas também situações de medo e de humilhação:
- Não saber resolver as contas de aritmética à frente dos colegas;
- O castigo de escrever no quadro várias vezes a mesma frase;
- As inúmeras lições e temas de casa que a professora escrevia e que deviam ser copiadas durante grande parte do turno escolar.
É no final do século XIX, que o uso da ardósia surge nas escolas e ocupa um lugar importante na sala de aula, período em que crescem as exigências de mobiliário e material escolar. A lousa ou ardósia compunha o material escolar do aluno, sendo o seu único instrumento de trabalho até meados do século XX, antes da generalização do uso do caderno escolar.
lousa_ardosia.jpg

A ardósia ou lousa é um quadrado de madeira que protege a fina placa de xisto rectangular de 20 a 30 cm de comprimento por 15 cm de largura, muitas vezes quadriculado. Só depois que os alunos sabiam escrever bem e com caligrafia bonita nas pedras de lousa, é que lhes era permitido começar a escrever com tinta e pena de aço. Para apagar o que tinham escrito na lousa, os alunos tinham um paninho e um vidrinho com água. Cuspir na pedra de lousa para apagar alguma coisa era proibido, mas mesmo assim, era feito com muita frequência.

Os alunos escreviam ou desenhavam na ardósia antes de as copiarem para o caderno, as operações de matemática, a decomposição de frases, e escreverem os resultados do cálculo mental. Além de escrever e calcular, a ardósia foi o suporte essencial das interrogações orais do professor.
04_estudante_e_lousa.jpg

A ardósia surgiu numa época em que se pretendia ensinar os meninos pobres, e coincidiu com as primeiras escolas públicas. No tempo em que ir à escola ainda era um luxo para a maioria das crianças, que por motivos de pobreza, não podiam frequentar. A ardósia também surgiu como uma opção económica para evitar o uso do papel ou pena de ganso. A preparação da pena de ganso exigia habilidade e era da competência do professor. Já o papel era caro e sujava-se e gastava-se depressa. Além disso, exigia um arsenal de acessórios: tinteiros, penas, régua e lápis. Com a utilização da ardósia, as crianças não corriam o risco de sujar a roupa e os dedos cheios de tinta (no caso de usar o tinteiro). Só mais tarde, na década de 70, as ardósias abandonariam as escolas, tendo sido substituídas por cadernos de papel de todos os tipos e feitios.

 
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Escolas de outros tempos.

No passado distante, especialmente antes do 25 de Abril de 1974, em Portugal, as escolas tinham salas de aulas separadas por sexo: uma sala para rapazes e outra para raparigas! Os móveis da sala eram escassos: constituídos por algumas carteiras, mesa, armários e uma cadeira para o professor.
Sala_de_Aula_thumb.jpg

Nas paredes das escolas havia habitualmente mapas e um crucifixo (o que
revela a influência da igreja católica nesse tempo). Em Portugal, cantava-se
o hino nacional.
s_MLB_v_O_f_3852242112_022013.jpg

As cadeiras tinham tampo inclinado com uma ranhura para meter os lápis e as
canetas permanentes, e um buraco para o tinteiro.

Os professores eram muito respeitados e apoiados pelos pais que davam a liberdade de bater-lhe nos seus filhos, caso não soubessem a matéria escolar. Os castigos iam desde puxões de orelhas a reguadas, e até havia uma cana-da-Índia para dar na cabeça.
sala_aula.jpg

Nesses tempos, a maioria dos alunos iam a pé para a escola, percorrendo vários quilómetros. Levavam os livros e lápis de carvão em sacolas feitas de pano ou serapilheira, pois só os filhos de famílias ricas é que podiam dar-se ao luxo de terem uma mala de cabedal.
 
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Publicidade dos anos 60, 70, 80 e 90!

[video=youtube;Vg6vEuHTpSQ]https://www.youtube.com/watch?v=Vg6vEuHTpSQ [/video]
[video=youtube;XspoAvXuNv0]https://www.youtube.com/watch?v=XspoAvXuNv0 [/video]
[video=youtube;Nm1fR4OWuw0]https://www.youtube.com/watch?v=Nm1fR4OWuw0 [/video]
[video=youtube;ZuQ0a8mpqwU]https://www.youtube.com/watch?v=ZuQ0a8mpqwU[/video]
[video=youtube;5an1IY-KGYQ]https://www.youtube.com/watch?v=5an1IY-KGYQ [/video]
 

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Bagaceira Portuguesa Aldeia Velha

A bagaceira portuguesa "Aldeia Velha" ficou famosa no início dos anos 80 com um anúncio de televisão e ainda hoje é líder de mercado.
[video=youtube;yxOVeXqQnvQ]https://www.youtube.com/watch?v=yxOVeXqQnvQ [/video]
 

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Primeiro Anúncio de Telemóveis em Portugal TMN (1991)

Foi com este anúncio que a TMN se lançou no mercado das telecomunicações e fez de certa forma a diferença, tornando-se mais tarde, líder de mercado.
[video=youtube;40lvjMeJcHE]https://www.youtube.com/watch?v=40lvjMeJcHE [/video]

Tou sim é para mim!

Este anúncio foi realizado em 1995 para a Telecel (actual Vodafone), e foi interpretado pelo actor Edson Athayde.
[video=youtube;eeuhkaVamfQ]https://www.youtube.com/watch?v=eeuhkaVamfQ [/video]
 

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Anúncio Citrôen Dyane anos 80

"Lá vem o João Ancinho que tem muito que plantar".

Quem não se recorda deste anúncio ao Citroen Dyane e das expressões "gasolina mal precisam" e "oficina nem pensar"?

Ou "da D. Maria e do seu belo carrinho que leva os meninos à escola".
[video=youtube;yaGvfMndSdY]https://www.youtube.com/watch?v=yaGvfMndSdY[/video]
 
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Brinquedos Perigosos do Carnaval de Antigamente

Hoje em dia já não se brinca ao Carnaval como antigamente. É certo que continuam a mascarar-se, ainda existe a tradição do corso carnavalesco, e os seus bailes de mascarados, incluindo crianças mascaradas. Mas a dura realidade é que as brincadeiras de Carnaval são praticamente inexistentes hoje em dia.

Noutros tempos, era normal ver uma rapariga a levar com um balão de água e miúdos a atirar bombinhas para o chão. Por vezes, havia casos de queimaduras de 2º grau nas mãos devido ao mau uso de castanholas. Época em que se fazia stocks de balões de água, bombinhas, estalinhos e bombas de mau-cheiro. Quando chegava o Carnaval, as raparigas tremiam com medo de serem atacadas; os rapazes enchiam as lojas para comprar as famosas bombinhas para a festança. As mães paravam de comprar ovos com receio de os seus filhos os usarem nas suas brincadeiras com os outros. Já os pais ameaçavam os seus filhos com porrada se aparecessem em casa feridos.

No Carnaval da década de 80, era normal uma criança ir a uma papelaria, drogaria ou quiosque, comprar brinquedos perigosos que lhe podia custar um dedo. Brinquedos como Raspas (conhecidos por Castanholas) e estalinhos de Carnaval.

As tiras de Raspas eram baratas e fáceis de usar. Bastavam encostar as tiras de raspas ao muro e começar a correr raspando elas por esse muro. As tiras faziam um barulho tipo estalo, e a nossa mão ficava quente devido a essa raspagem; o muro ficava com o rasto marcado nesse espaço. Havia quem juntasse duas e as estalasse nas mãos, com as duas mãos fechadas e unidas, e por isso algumas pessoas identificam isso como castanholas devido ao barulho que faziam quando estalavam desta forma.
brinquedos_anos_90_8.jpg

Raspas e Estalinhos de Carnaval usadas muito na década de 80. Raspava-se
a quantidade pretendida na parede e depois era deixar arder. Podia-se também
depois de raspar, colocá-las nas mãos e fazer delas castanholas.
Estalinhos+Carnaval.jpg

Para esta época Carnavalesca, os Estalinhos, pequenos sacos de
papel fino e colorido, com algo tipo pólvora lá dentro, eram atirados
ao chão com alguma força, e fazia um estalido forte que podia até
assustar alguém desprevenido. Estes Estalinhos compravam-se um
pouco por todo o lado, sendo muito populares no Carnaval.

Uma das recordações da infância no Carnaval era as famosas bombinhas que todos utilizavam.

As mais populares eram as bombinhas vermelhas pequenas, que vinham normalmente numa fileira todas unidas umas às outras e faziam barulho mas não eram assim tão perigosas. Havia que as colocasse dentro de um tacho para que o barulho fosse mais intenso.
tumblr_mcs3h8ZreI1qiwr35.jpg

Depois havia os foguetes e bombas variadas que faziam muito mais barulho e eram bastante mais perigosas. Não eram tão fáceis de encontrar, e só os meninos mais velhos apareciam com estas coisas e se tornavam logo grandes heróis junto do resto do pessoal.
Bombas+Carnaval.jpg

Uma das preferidas era a chamada "Abelha Maia", que quando acendida rodava apresentando várias cores antes de explodir.
Era bastante cara para a altura, e vinha com uma imagem "adulterada" da Abelha Maia na embalagem.

Bisnagas e balões de água.

Hoje em dia, continuam a existir bisnagas, mas agora são quase sempre muito sofisticadas.
Bisnagas+Carnaval.jpg

Noutros tempos, a bisnaga era mais simples a imitar uma pistola pequena, e a qual se usava no Carnaval. Em conjunto com os Balões de água, tornava este período festivo bem molhado. Compravam-se estas simples bisnagas um pouco por todo o lado, desde papelarias a supermercados. Estas simples pistolas, quase sempre numas cores muito berrantes, bastava só encher com água para depois nos divertirmos molhando a malta.

Com os balões de água, passávamos para outro nível, porque podíamos ser vítimas na rua e levar com um balão de água de alguém que estava à janela à espera do momento certo para atirar.
CH2LwAjUcAAFNLQ.jpg

Outro momento desagradável que acontecia muito era quando se ia no autocarro e
atiravam um balão de água contra a janela (ou pior quando era um ovo), e pior era
aqueles que eram maldosos e punham outras coisas como lixívia dentro do balão.

Outro divertimento apreciado era as bombas de mau cheiro, com um odor desagradável, que desaparece passado algum tempo.
peidinhos.jpg

Atirar bombas de mau-cheiro dentro da sala de aula era divertido, fazendo os alunos saírem da aula mais cedo. Outros divertimentos igualmente interessantes eram arremessar ovos aos vizinhos; encher sacos de plástico com água, e atirar janela a baixo, à primeira pessoa que passasse na rua. Tudo isto era divertido mas também perigoso. Mas como era Carnaval, nada parecia mal.
 
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As Fisgas da minha Infância

As Fisgas fazem parte da infância de antigamente. Os rapazes entretinham-se a atirar com a fisga contra os passarinhos, e também a partir vidros de janelas.
Em alguns países é proibido o uso da fisga por ser considerado perigosa.

A Fisga era um dos brinquedos mais populares entre os rapazes de antigamente. Permitia projectar pequenas pedras a longa distância, com algum grau de precisão, dependendo da destreza do atirador.
juan-estilingue-2.jpg

A fisga era quase sempre eram usada para atirar contra os pássaros, especialmente os pardais e os melros. Os mais rebeldes também usavam as fisgas para outras maldades, como partir vidros e lâmpadas da iluminação pública e danificar a fruta nos pomares dos vizinhos. Frequentemente eram utilizadas nas guerras entre diversos grupos rivais de rapazes, pelo que por vezes o seu uso provocava ferimentos.
17062279_rOD9Y.jpeg

Mas usada de forma adequada, a fisga servia para brincadeiras que implicavam
destreza, como atirar contra alvos feitos por latas ou garrafas de vidro.

Para o processo de construção de uma fisga é necessária uma parte de um ramo de uma árvore, em forma de Y, de modo geral seleccionada de um ramo de carvalho, ou castanheiro, pela sua resistência. Também eram necessárias duas tiras de material elástico, com cerca de 25 cm de comprimento e 1,5 cm de largura, norma geral recortadas de uma câmara-de-ar do pneu de motorizada ou bicicleta. Finalmente era preciso o suporte ou a funda para a colocação da pedrinha. Para o efeito usava-se um bocado de couro, em forma de rectângulo, com as dimensões aproximadas de 4 cm x 8 cm, geralmente recortado de uma bota ou sapato velhos.

Origem da Fisga

Antigamente, quando a actividade da caça era fundamental para a sobrevivência, os brinquedos reflectiam essa necessidade de iniciação do rapaz na caça. Foi assim que surgiram as fisgas que os rapazes passaram a usar nas suas brincadeiras. Inicialmente feito de forma artesanal, a partir do início do século XX, iniciou-se a produção da fisga em grande escala para venda, o que contribuiu para o surgimento de fisgas de vários formatos, usando como material, madeira entalhada, plástico ou metal.
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Fisga profissional com apoio do braço.

Curiosidade: A fisga é conhecida no Brasil como Estilingue ou Atiradeira; mas em Angola é chamada de Chifuta. O termo estilingue tem origem no inglês «sling» e «slingshot», que significa «funda» ou «atiradeira».
 

mjtc

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Os Brinquedos Perigosos de Antigamente

Hoje em dia, quando surgem notícias alarmantes sobre brinquedos com peças soltas ou usando tinta tóxica para a saúde da criança, os fabricantes tratam logo em seguida de corrigir os defeitos. Mas nem sempre foi assim. No passado não muito distante, alguns brinquedos era verdadeiras armas e prejudiciais à saúde da criança.

Soprar vidro.

Na década de 50, nos Estados Unidos, os jovens americanos faziam os seus próprios tubos soprando e aquecendo até atingir a forma necessária; eram usados nas aulas de Química.
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Aparentemente era divertido soprar um tubo de vidro fundido até que tomasse forma. A empresa
Gilbert Glass Blowing oferecia esse brinquedo perigoso para ser feita por pessoas sem treino.

Moldar chumbo.

A mesma empresa que dava vidro quente para os estudantes moldarem com a boca, oferecia o Gilbert Kaster Kit, um equipamento para fazer soldados e armas de chumbo.
Se o vidro precisa ficar muito quente para fundir, imagine o chumbo.
moldarchumbo2.jpg

Segundo o site Cracked, o brinquedo foi comercializado entre os anos 1920 e 1930.

Química

O jogo de química da empresa Gilbert, a mesma empresa do vidro e chumbo fundidos, poderia ser mais um educativo comum, mas continha 56 produtos químicos. Alguns deles bem perigosos. O permanganato de potássio, além de tóxico, pode provocar explosões, por exemplo.
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O kit vinha até com instruções para fazer uma bomba. O brinquedo fez sucesso
na década de 1920, mas acabou entrando em declínio nos anos 60.

Locomotiva que se movia sozinha.

Em 1843 a empresa Stevens criou a primeira locomotiva que se movia sozinha. Mas nada de pilhas nessa época. O combustível era querosene ou álcool que deveria ser aceso e deixava um rasto pelo chão.
0,,57495984,00.jpg


Ferramentas a sério!

O Powermite Working Tools é uma caixa de ferramentas para crianças, mas os objectos não são de plástico ou borracha. É tudo de metal, só o tamanho é menor.
Furadeira e serra podem ser usadas normalmente.
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Fogão e ferro de passar.

O fogão de brinquedo surgido na década de 1930 aquecia de verdade. Mas era difícil cozinhar alguma coisa. O ferro eléctrico em miniatura é perfeito para passar roupinhas de boneca, e a propaganda anunciava que as meninas poderão ajudar a mãe com as tarefas de casa.
fog25c325a3oeferrodepassar2.jpg


Arma Austin Magic Pistol.

A Austin Magic Pistol, lançada nos anos 50, conta com a ajuda de produtos químicos que, em combinação com água ou saliva, provocam uma explosão e lança a bola para seu oponente.
austin1419842336.jpg

Com isso acontecia vários acidentes tanto pela inalação do produto como também pela
explosão e feridas, arranhões, ocasionados também pelos tiros.

Aqui um vídeo demonstrando o uso do brinquedo:
[video=youtube;assVXLQ2Lvc]https://www.youtube.com/watch?v=assVXLQ2Lvc[/video]

Laboratório de Energia Atómica

Na década de 1950, a energia nuclear era bem vista pela maioria das pessoas, mas nada justifica dar urânio radioactivo como presente de Natal.
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O kit feito pelo Clube Americano de Ciência Básica, continha
urânio e rádio, ambos radioactivos. Este presente mortífero era
oferecido às crianças na época.



 
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marialui

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Neste bau das recordações estou à espera dos livros e revistas antigas, que muitas mulheres liam...de amor.

Ainda me lembro de ler umas revistas da minha tia, e até havia nas bancas de rua ( revistas muito antigas), "aquelas revistas de amor". Tinha que ler ás escondidas...as minhas primas liam à frente da família. Eu não sei o que me esperava se vissem...mas levei ralhos de alguém que me disse que faziam mal à cabeça....
As tais revistas brasileiras e de amor...:whistle1b.gif:
 
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As Revistas Femininas de outros Tempos

Hoje em dia, as mulheres conseguiram uma maior liberdade na conquista dos seus direitos. Apesar ainda haver um longo caminho a percorrer noutras áreas, especialmente a nível profissional, onde ganham menos que os homens. Noutras partes do mundo, as mulheres ainda são tratadas como sendo inferiores ao homem, especialmente nos países muçulmanos. Mas na sociedade, as mulheres estão a conquistar lentamente muitos dos seus direitos.
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Mas ouve tempos, não tão distantes assim, em que as mulheres sofriam de descriminação num mundo dominado por homens machistas. O feminismo era a palavra de ordem nas manifestações femininas pela conquista dos seus direitos. Por sua vez, as revistas femininas proporcionavam um modelo de feminilidade e esclarecia sobre as suas preocupações e o seu papel tradicional na família.

Frases retiradas de Revistas Femininas das décadas de 50 e 60:
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O Jornal das Moças

Jornal das Moças foi um periódico que circulou no Brasil entre os anos de 1914 e 1965. Anunciado como uma "Revista Semanal Ilustrada", era publicado na cidade do Rio de Janeiro, e distribuído nas capitais de todo o país, e nas principais cidades do interior. Circulava às quartas-feiras, e era anunciado como "Jornal das Moças - A revista de maior penetração no lar".

Fundado em 1913 por Agostinho Menezes, era propriedade da Editora Jornal das Moças Ltda. O Jornal das Moças possuía em média 75 páginas com textos e ilustrações, e o seu conteúdo era inspirado nos magazines ilustrados ou revistas de variedades do século XIX, abordando assuntos, à época, de interesse da esfera feminina.
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Desse modo, apresentava comentários sobre a moda, conselhos de economia doméstica, contos, poemas, piadas, notícias do cinema, curiosidades, receitas culinárias, moldes de roupas da estação, fotos da sociedade fluminense, anúncios de cosméticos, de medicamentos, de lojas especializadas em artigos femininos e infantis, partituras musicais, resenhas de filmes, e sugestões de leitura.
 

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A Crónica Feminina

Em Portugal, a revista Crónica Feminina, foi um dos maiores sucessos de vendas. Durou décadas, constituindo por vezes, a única leitura da maior parte das mulheres que possuíam baixo nível de escolaridade. Na revista Crónica Feminina, as mulheres eram apresentadas como sendo modestas e simples. Os valores defendidos eram tradicionais, realçando o papel da mulher na família. Isso contribuía para preservar o provincialismo em que o país estava mergulhado, bem como os valores morais e sociais da sociedade portuguesa da época, em contraste com a figura feminina moderna dos filmes norte-americanos e franceses.
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O primeiro número foi publicado a 29 de Novembro de 1956, sendo
dirigida por Milai Bensabat (directora e editora) e como chefe de redacção
a Maria Carlota Álvares da Guerra.
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A revista, em formato de bolso, 16,7 cm x 12 cm, apresentava a
capa colorida, litografada, e o interior num característico tom de
sépia. Oferecia algumas páginas de anúncios, quase sempre em
papel de melhor qualidade.

A revista Crónica Feminina, virada essencialmente para a classe média, vivia fundamentalmente de temas queridos às mulheres da época, nomeadamente assuntos de sociedade, do espectáculo, do cinema, da rádio e televisão, culinária, moda, lavores, o correio sentimental e mais tarde a popular fotonovela, que se acompanhava avidamente semana após semana.
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A Crónica Feminina transmitia nas suas páginas as cartas de leitoras que colocavam aí os seus problemas pessoais (a nível sexual só foi abordado
após o 25 de Abril de 1974, já numa fase muito tardia).
Algumas das secções populares eram as famosas fotonovelas (antepassados das telenovelas de hoje).

Apesar das restrições conservadoras do regime de Salazar, a Crónica Feminina foi sem dúvida um meio de comunicação que chegou a milhares de mulheres, de cidades e aldeias, e até no ultramar, às quais ajudou a transmitir e a moldar todo um espírito de conhecimento e mentalidade de abertura e modernidade tão característico dos anos 60. A revista Crónica Feminina conheceu os seus tempos áureos na década de 60, mas prolongou-se pelos anos 70. Depois de já ter terminado, ainda houve uma tentativa de retomar o título, no início dos anos 80, mas já inserida num mercado forte e diversificado, teve pouco êxito, pelo que terminou pouco depois.
 
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Revistas de Fotonovelas

As Revistas Fotonovelas são novelas em quadrinhos que utilizam fotografias, de forma a contar, sequencialmente, uma história. No Brasil, as fotonovelas estiveram no mercado durante 25 anos, entre os anos 1950 e 1970, representando a ideia de uma imprensa popular feminina, com milhões de leitores de histórias publicadas em revistas com grande circulação nacional.
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A primeira revista de fotonovela publicada no Brasil foi "Encanto", pois embora "Grande Hotel" circulasse desde 1947, só no seu nº 210, de 31 de Julho de 1951, publicou a primeira fotonovela, intitulada "O primeiro amor não morre". O primeiro número de "Capricho" circulou em 17 de Julho de 1952. Com fotonovelas italianas, a "Capricho" também vendia em Portugal e colónias ultramarinas, num total de 11.186 exemplares.
 

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Capricho Brasileira com Fotonovelas Italianas

Uma das revistas viradas inteiramente para as fotonovelas e apreciadas em Portugal era a Capricho, uma revista brasileira.

A Capricho, hoje uma marca presente em vários aspectos da vida da adolescente brasileira, nem sempre foi assim. Criada em 1952 por Victor Civita, foi o primeiro título da Editora Abril, e a primeira revista feminina no Brasil.
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Nos seus primeiros 30 anos, a Capricho foi uma revista de fotonovelas, com histórias de amor contadas com fotos, em formato de histórias em quadrinhos.
Aos poucos, a revista passa a falar também de moda, beleza e comportamento.
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Em 1982, a revista que era mensal, volta o seu foco para as
leitoras mais jovens de 15 a 29 anos. A fotonovela desaparece
e dá lugar a mais serviços de moda, beleza e comportamento.

Em 1985, adota o slogan "A revista da gatinha" e se firma como uma revista para adolescentes (dos 13 aos 17 anos). A capa era sempre fotografada com modelos. Durante a década de 90, sair na capa da Capricho era o sonho de todas as modelos em início de carreira. Muitas delas ficaram muito famosas, como Ana Paula Arósio, Luana Piovani e Gisele Bündchen.
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Em 1996, a Capricho vira quinzenal. Em vez de modelos, as capas passam a trazer os ídolos das leitoras. Em 2006, a revista passa por uma nova mudança gráfica e editorial (até mesmo o logotipo é modificado), para ficar mais moderna e atraente. O site passa a trazer conteúdos exclusivos para a Internet e aumenta a possibilidade de interacção com as leitoras.
 

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Quem não se lembra da Revista Fotonovela Corin Tellado?

Maria del Socorro Tellado Lopez, conhecido como Corin Tellado (1927-2009), escritora espanhola de romances, é famosa na literatura popular espanhola. Publicou cerca de 4000 títulos vendendo mais de 400 milhões de cópias de seus romances, alguns dos quais foram traduzidos para 27 idiomas e transformadas em filmes, rádio e televisão.
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Figura no Guinness Book of Records 1994, como a autora de best-sellers em espanhol. Escreveu quase exclusivamente romances, mas também novelas.
As suas obras foram particularmente bem-sucedidas na América Latina, onde promoveu a criação da novela e séries de televisão.
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Os Livros da Infância de outros Tempos

Uma das companhias que tínhamos para entreter na nossa infância eram os livrinhos de contos populares ilustrados, livros de banda desenhada, colecções que nos entusiasmavam e preenchiam a nossa imaginação, sonhando com aventuras loucas pelo mundo. Por vezes, algumas dessas personagens passavam a ser exibidas na televisão a preto e branco, com apenas dois canais.
galerias_5452fb7b7f29a.png

 

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Os Heróis dos Livros da nossa Infância

Para quem teve infância nos anos 50 e 60, numa época que não havia televisão, e ir ao cinema só de vez em quando, recorda dos famosos livrinhos de cowboys que povoava a sua imaginação. Algumas crianças corriam a pedir aos pais umas moedinhas para ir ao quiosque da esquina comprar mais um livrinho de aventuras. Livrinhos que contavam histórias incríveis de cowboys desbravadores do Oeste Americano, ou do xerife destemido que impunha a ordem nas cidades pela força das armas, criminosos como assaltantes de bancos e diligências, ladrões de gado, e até mineiros e caçadores de prémios por cabeça.
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Nomes como Daniel Boone, Búfalo Bill, Kit Carson, Buck Jones ou Roy Rogers, montados nos seus cavalos, entravam na nossa cabeça, maravilhando-nos com tão grandes e arriscadas aventuras, vencendo sempre as lutas em que se envolviam. Os meninos da rua tinham um "cinturão", duas pistolas de madeira, um lenço da mãe ou da irmã para colocar ao pescoço, e alguns até um cavalo de pau de vassoura com uma cabeça de cavalo de madeira pintada de qualquer jeito. Sonhavam ser o Zorro usando uma máscara. As brincadeiras aos cowboys e índios aconteciam numa mata próxima de casa, com muitas árvores, arbustos e tocas no meio das pedras, escondendo aqui e acolá.

As Pistolas Fulminantes

Noutros tempos dominavam as pistolas de fulminantes que rivalizavam com as bisnagas. Faziam um enorme sucesso, por causa do barulho que fazia ao carregar no gatilho. Parecia uma pistola verdadeira. Era um prazer dar uns tiros bem barulhentos o que fazia dos rapazes sentirem-se mais homens. Mesmo sem fulminantes ter a pistola na mão já dava um grande impacto.
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As pistolas de fulminantes faziam um grande sucesso entre os rapazes (por norma eram mais utilizadas no Carnaval), mas para complementar, uma máscara do estilo zorro, por exemplo, já permitia caso houvesse sempre fulminantes, brincar durante todo o ano. A grande maioria destas pistolas era de metal, normalmente eram de marcas inglesas ou espanholas, com um realismo por vezes assustador, e quando carregada de fulminantes fazia um barulho e uma fumarada que nos fazia pensar que tínhamos mesmo disparado um tiro. Hoje em dia é proibida a sua venda, e aliás vê-se cada vez menos rapazes a brincar com pistolas como noutros tempos, já que se achou que as mesmas iriam tornar as crianças cada vez mais violentas.
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GF Platina
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Contos Populares

Noutros tempos, muitas crianças deliciavam-se com os seus primeiros contos populares, entre os contos clássicos mais conhecidos que povoaram o imaginário infantil contam-se os seguintes:

- O Patinho Feio (a história da mãe pata que põe 5 ovos, nascendo 4 lindos patinhos e o último era feio, sendo gozados pelos seus irmãos. Mais tarde o patinho feio revelou ser um belo cisne).

- A Lebre e a Tartaruga (a história da lebre que era muito vaidosa, e achava-se a mais bonita, a mais esperta e a mais rápida, até ser ultrapassada pela lenta tartaruga).

- Pinóquio (a história de um homem chamado Gepeto que fazia lindos bonecos de madeira. Vivia sozinho e o seu sonho era ter um filho, até que teve a ideia de criar o Pinóquio).

- A Galinha dos Ovos de Ouro (a história de uma galinha que todos dias punha um ovo de ouro. Mas os donos gananciosos mataram a galinha pensando haver muito ouro dentro dela, acabando por perder o seu sustento, ao verificar ser uma galinha normal).

- Alice no País das Maravilhas (a história de uma menina chamada Alice que cai numa toca de coelho que a transporta para um lugar povoado por criaturas fantásticas, entre elas, o coelho branco bem vestido e de luvas brancas.

- A Pequena Sereia (a história de uma jovem sereia disposta a dar a sua vida nos mares e a sua identidade como sereia a fim de conseguir uma alma humana e o amor de um príncipe humano).

- A Bela Adormecida (a história de uma princesa que é enfeitiçada por uma feiticeira e cai num sono profundo, até que um príncipe encantado a desperte com um beijo de um amor verdadeiro. É um dos contos mais famosos da humanidade).

- Branca de Neve e os Sete Anões (a história de uma linda princesa que vivia com os setes anões na floresta, e que um dia comeu uma maça envenenada oferecida pela rainha malvada, e caiu como morta, sendo depois acordada pelo beijo de um príncipe).

- Capuchinho Vermelho (a história de uma menina que vivia no bosque, e que um dia atravessa a floresta para entregar um cesto de mel a avó. Mas ao chegar à casa da avó encontra o lobo mau vestido com as roupas da avozinha. Após o diálogo, o lobo que tinha devorado a avó, engole a menina, até que um caçador que ali passa ouvindo o lobo a roncar abre-lhe a barriga e salva a avó e o Capuchinho Vermelho).

- Cinderela (a história de uma linda rapariga que vivia com a madrasta e as duas filhas egoístas e más. Conquistou o coração de um príncipe apaixonado pela sua beleza).

- Os Três Porquinhos (a história dos três porquinhos e do lobo mau que queria os devorar. Ao sair da casa da mãe, os porquinhos construíram a sua própria casa: Cícero, o mais preguiçoso, construiu uma cabana de palha e pilhas de lama; Heitor construiu uma cabana de madeira sem usar os devidos pregos de aço; enquanto Prático optou por construir uma casa melhor estruturada, com cimento, tijolos e vidro. Quando o lobo mau soprou, destruiu as duas casas, mas a do Prático não conseguiu e tentou entrar pela chaminé sendo queimado na cauda o que levou a fugir).

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