billshcot
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O comboio Intercidades que embateu no comboio regional em Alfarelos, na segunda-feira, circulava a 130 km/h, a dois quilómetros do acidente.
O comboio Intercidades que embateu na cauda do comboio regional próximo da estação de Alfarelos, na noite da passada segunda-feira, circulava a 130 km/h, a dois quilómetros do acidente.
Esta é uma das conclusões do relatório preliminar elaborada pela comissão de inquérito e hoje publicamente divulgado. De acordo com este relatório, o comboio Intercidades 529 circulava a esta velocidade a cerca de dois quilómetros do local da colisão, depois de já ter passado por um sinal amarelo fixo.
No transporte ferroviário em Portugal, o sinal amarelo fixo impõe que não seja excedida a velocidade correspondente, tendo em conta os aspectos e o respectivo grupo de frenagem a que pertence o comboio.
E alerta o maquinista de que o próximo sinal que encontrar na via, será necessariamente um sinal vermelho, que não pode ultrapassar, pelo que terá de ajustar a velocidade a essas circunstâncias em função do tipo de comboio que está operar.
Além disso, antes de um sinal amarelo fixo, surge sempre um sinal amarelo intermitente, o qual determina que o maquinista do comboio se deve preparar para cumprir a indicação de precaução que vier dada pelo sinal seguinte.
Mas, segundo o relatório preliminar, nada disto aconteceu ou evitou o acidente. Só cerca de 400 metros depois é que o maquinista do Intercidades actuou o freio, "permanecendo o mesmo actuado até ao momento da colisão".
Passados mais cerca de 500 metros, o mesmo maquinista, já com o comboio com a velocidade reduzida a 90 km/h, "com a aplicação da frenagem máxima de serviço", actuou os areeiros, uma forma mais drástica de travagem.
Percorridos 1.259 metros após a passagem do sinal amarelo fixo, o comboio Intercidades circulava já a 66 km/h. Nessa altura, o sistema "Convel", que coordena a circulação do sistema ferroviário nacional ao nível do controlo de velocidade, afixou a indicação ‘00' em ambos os ‘displays' do painel de bordo", segundo o referido relatório preliminar. É o sinal para meter todos os travões a fundo no comboio.
A frenagem de emergência foi actuada pelo sistema Convel quando o Intercidades já tinha percorrido 1.690 metros depois de ter passado o sinal amarelo fixo, "circulando o comboio a 58,5 km/h".
A colisão com o comboio que se encontrava estacionado perto da estação de Alfarelos, nas imediações de Coimbra, ocorreu apenas 92 metros depois disto, quando o Intercidades circulava a 42 km/h, ocorrendo depois uma "abrupta redução de velocidade", para zero km/h.
O relatório do inquérito preliminar ao acidente conclui que o sistema de sinalização "foi o adequado" e que "as informações recolhidas pelos dois comboios do sistema Convel "correspondem à sequência de aspectos apresentada pelos sinais".
Mas os peritos da CP e da Refer concluíram também que "as distâncias de frenagem de ambos os comboios foram superiores ao esperado" e que "as actuações de frenagem de emergência despoletadas pelo sistema Convel ocorreram tardiamente".
"Apesar de não ter sido possível detectar as causas, a comissão de inquérito pode concluir que houve falta de aderência entre as rodas e o carril, que originaram deslizamentos de ambos os comboios e contribuíram para a não imobilização dos mesmos antes do sinal de entrada S1 da estação de Alfarelos", resume o relatório preliminar sobre esta acidente ferroviário.
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O comboio Intercidades que embateu na cauda do comboio regional próximo da estação de Alfarelos, na noite da passada segunda-feira, circulava a 130 km/h, a dois quilómetros do acidente.
Esta é uma das conclusões do relatório preliminar elaborada pela comissão de inquérito e hoje publicamente divulgado. De acordo com este relatório, o comboio Intercidades 529 circulava a esta velocidade a cerca de dois quilómetros do local da colisão, depois de já ter passado por um sinal amarelo fixo.
No transporte ferroviário em Portugal, o sinal amarelo fixo impõe que não seja excedida a velocidade correspondente, tendo em conta os aspectos e o respectivo grupo de frenagem a que pertence o comboio.
E alerta o maquinista de que o próximo sinal que encontrar na via, será necessariamente um sinal vermelho, que não pode ultrapassar, pelo que terá de ajustar a velocidade a essas circunstâncias em função do tipo de comboio que está operar.
Além disso, antes de um sinal amarelo fixo, surge sempre um sinal amarelo intermitente, o qual determina que o maquinista do comboio se deve preparar para cumprir a indicação de precaução que vier dada pelo sinal seguinte.
Mas, segundo o relatório preliminar, nada disto aconteceu ou evitou o acidente. Só cerca de 400 metros depois é que o maquinista do Intercidades actuou o freio, "permanecendo o mesmo actuado até ao momento da colisão".
Passados mais cerca de 500 metros, o mesmo maquinista, já com o comboio com a velocidade reduzida a 90 km/h, "com a aplicação da frenagem máxima de serviço", actuou os areeiros, uma forma mais drástica de travagem.
Percorridos 1.259 metros após a passagem do sinal amarelo fixo, o comboio Intercidades circulava já a 66 km/h. Nessa altura, o sistema "Convel", que coordena a circulação do sistema ferroviário nacional ao nível do controlo de velocidade, afixou a indicação ‘00' em ambos os ‘displays' do painel de bordo", segundo o referido relatório preliminar. É o sinal para meter todos os travões a fundo no comboio.
A frenagem de emergência foi actuada pelo sistema Convel quando o Intercidades já tinha percorrido 1.690 metros depois de ter passado o sinal amarelo fixo, "circulando o comboio a 58,5 km/h".
A colisão com o comboio que se encontrava estacionado perto da estação de Alfarelos, nas imediações de Coimbra, ocorreu apenas 92 metros depois disto, quando o Intercidades circulava a 42 km/h, ocorrendo depois uma "abrupta redução de velocidade", para zero km/h.
O relatório do inquérito preliminar ao acidente conclui que o sistema de sinalização "foi o adequado" e que "as informações recolhidas pelos dois comboios do sistema Convel "correspondem à sequência de aspectos apresentada pelos sinais".
Mas os peritos da CP e da Refer concluíram também que "as distâncias de frenagem de ambos os comboios foram superiores ao esperado" e que "as actuações de frenagem de emergência despoletadas pelo sistema Convel ocorreram tardiamente".
"Apesar de não ter sido possível detectar as causas, a comissão de inquérito pode concluir que houve falta de aderência entre as rodas e o carril, que originaram deslizamentos de ambos os comboios e contribuíram para a não imobilização dos mesmos antes do sinal de entrada S1 da estação de Alfarelos", resume o relatório preliminar sobre esta acidente ferroviário.
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