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Pombal : Obrigado a viver no passado

billshcot

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Nov 10, 2010
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"Isto é como viver no terceiro mundo." O desabafo, desesperado, de Belmira Marques, de 62 anos, espelhava o sentimento partilhado pela maioria da população de muitas aldeias de Pombal, que, na última semana, se viu privada de energia elétrica, em consequência do temporal do passado fim de semana. Os moradores improvisaram, para que a vida continuasse.

Muitos conseguiram geradores emprestados, alugados ou comprados. Outros retrocederam a um tempo do qual nem os familiares mais antigos têm memória. Sofia Santos, de 30 anos, residente em Serafim, esfregava as mãos, queimadas pela água gelada onde, nos últimos dias, lavou a roupa da família, que, depois, secou à lareira. Apreensiva, continuava sem saber quando seria reposta a energia.

À falta de televisão e brinquedos eletrónicos, os mais pequenos foram distraídos com conversas em contraluz e sons roufenhos de rádios a pilhas. Como na casa de Aquilino Bento, em Antões, Louriçal.

O Exército deu uma ajuda e colocou dez geradores, junto às aldeias, permitindo o regresso da eletricidade a muitas casas, entre quarta e sexta-feira. Ontem, com as equipas da EDP a correrem contra o tempo, repondo os cabos caídos, os geradores foram retirados. Ao final do dia, restavam poucas dezenas de casas sem abastecimento.

Em Monte Redondo, concelho de Leiria, a família de António Ramalho respirava de alívio, depois dos dias sem energia. Um gerador ajudou a minimizar os transtornos em casa, mas não nas fábricas do empresário, fechadas há uma semana e ainda sem poder laborar. É que, além da luz, a zona continuava com falhas nas comunicações.

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