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Como funciona a educação bilíngue

Luz Divina

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Como funciona a educação bilíngue



O que até a década de 60 era o principal requisito para uma carreira de sucesso - ter um diploma de curso superior - agora é apenas uma etapa. A globalização e as mudanças tecnológicas ocorridas no mundo, principalmente após o surgimento da Internet, encurtaram as distâncias entre os países e revolucionaram o mercado de trabalho. Com a proliferação das faculdades e a competição cada vez mais acirrada, dominar um segundo idioma passou de diferencial competitivo à requisito básico para contratação, especialmente em empresas de grande porte e multinacionais.



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Para ter fluência na segunda língua, os especialistas concordam em um ponto: quanto mais cedo a criança começar a estudar, mais fácil e definitiva será a assimilação do segundo idioma. De forma lúdica e sem os vícios dos adultos, as crianças têm mais facilidade para aprender porque, nesta etapa da vida, o idioma “materno” não está completamente formado. As crianças são mais receptivas para identificar os fonemas, melhorar o vocabulário e dominar as pronúncias, o que garante, no futuro, o domínio de uma segunda língua com pouco ou nenhum sotaque.


O que é a alfabetização bilíngue e quando optar por ela?



A alfabetização bilíngüe proporciona o aprendizado de um segundo idioma sem deixar de lado a língua materna. Nas principais escolas brasileiras que oferecem este sistema, geralmente professores nativos no segundo idioma, mas que dominam o português, são os responsáveis pelas aulas na língua estrangeira. Existem também estabelecimentos que contratam professores brasileiros que moraram muito tempo no exterior e ganharam fluência no segundo idioma.

Basicamente, existem duas técnicas para a alfabetização bilíngüe: a seqüencial e a simultânea.

No seqüencial, a alfabetização acontece inicialmente em apenas um idioma e depois de um determinado tempo (média de um ano), as crianças aprendem as diferenças de uma língua para a outra em relação à letra e ao som. Como o próprio nome revela, na alfabetização simultânea, mais comum nas escolas brasileiras, as crianças são submetidas aos dois idiomas ao mesmo tempo.

Como ainda estão com o cérebro em formação, as crianças têm mais facilidade de aprender um segundo idioma. Há diversos estudos que comprovam que as pessoas que aprenderam o segundo idioma quando eram crianças “automatizaram” a língua estrangeira e dificilmente têm problemas de comunicação.

Quem começa a estudar qualquer idioma estrangeiro na adolescência ou mesmo adulto costuma fazer “traduções” da língua materna para o segundo idioma antes de pronunciar uma palavra ou frase. Isto não significa, porém, que quem começa a estudar um segundo idioma nestas duas fases da vida não possa aprendê-lo com fluência.

No entanto, os pais ou os responsáveis pelas crianças são quem devem determinar quando a alfabetização bilíngüe deve começar. No Brasil, existem escolas que trabalham com esta metodologia desde os primeiros anos da educação infantil. Há, também, estabelecimentos que trabalham especificamente com uma determinada faixa etária.

E, ainda, existem escolas de idiomas que aceitam matrículas de crianças que já iniciaram o processo de alfabetização (por volta dos 6 anos). Além das aulas, os pais também devem estimular os seus filhos com atividades fora das escolas: leitura de jornais, revistas e livros, acompanhamento de emissoras internacionais, troca de mensagens entre os colegas e acompanhar filmes sem legendas, por exemplo.


Vantagens e desvantagens da educação bilíngue


Vantagens

Aprender com fluência um segundo idioma abre muitas portas. Na hora de concorrer a uma vaga de emprego, prestar concurso público, viajar para o exterior, as pessoas que dominam uma segunda língua levam vantagem.
Pesquisas realizadas por agências que oferecem empregos revelam que, em média, uma pessoa que domina o segundo idioma pode ganhar até 70% a mais do que um monoglota.

Além disso, um indivíduo bilíngüe terá muito mais facilidade de continuar os seus estudos em outro país, sem prejuízos na sua formação. O domínio do segundo idioma também exerce um papel preponderante na formação cultural de um indivíduo e o torna mais aberto às transformações.



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A formação simultânea em um segundo idioma também evita a pressão psicológica em ter de se acostumar aos fonemas de uma nova língua na adolescência ou na fase adulta, período em que já é mais difícil o aprendizado em conseqüência do trabalho e da vida social intensa.

Riscos e custos da formação bilíngue


A pressão para falar precocemente um outro idioma pode levar a criança a uma aversão ao aprendizado, quando o mesmo não é direcionado da maneira correta. Os especialistas revelam que a alfabetização em duas línguas ao mesmo tempo, em alguns casos, pode atrasar o desenvolvimento da escrita nos dois idiomas.

Outra desvantagem em relação às escolas tradicionais é o preço. Manter o filho em uma escola bilíngüe custa caro. Em média, as mensalidades são 50% mais caras do que em escolas que não oferecem esse serviço. Em janeiro de 2008, o custo médio de uma formação bilíngüe ficava em torno de R$ 1.500, em São Paulo.

O intercâmbio pode ser uma opção interessante e mais barata para os pais que desejem que seu filho tenha fluência em outra língua. Pessoas que passaram por um intercâmbio de um ano possuem um vocabulário semelhante ao de estudantes bilíngües, com a diferença de que terão mais sotaque.


Que idioma e que escola escolher?

Embora esteja cercado por países que têm como idioma oficial o espanhol - com exceção da Guiana, Suriname e Guiana Francesa-, as escolas bilíngües brasileiras optaram em sua maioria pelo inglês como segundo idioma. Mais de 90% das instituições do país adotam a língua de Shakespeare (dados de janeiro de 2008). Isso é atribuído ao fato de, no século 20, o inglês ter sido o idioma mais utilizado no mundo dos negócios e nas conferências internacionais. Nos últimos anos, sobretudo depois do surgimento do Mercosul, o espanhol cresceu na preferência das escolas bilíngües, mas o inglês ainda é maioria, segundo informações do Ministério da Educação.

Outro fator que influencia na escolha do idioma é tradição familiar. Diversos imigrantes fazem questão de que seus familiares estudem em escolas que tenham como segundo idioma a sua língua de origem. Isso os aproxima culturalmente de seu país e facilita o retorno à terra Natal.

Assim como em qualquer escola, é preciso tomar alguns cuidados na hora de escolher a instituição de ensino bilíngüe que seu filho irá freqüentar. É importante que, além da segunda língua, a escola esteja atenta à formação da criança, com um acompanhamento constante de sua aprendizagem. Os pais ou responsáveis pelas crianças também devem verificar se a escola possui material de apoio como livros, DVDs e atividades complementares.

É recomendável que os pais verifiquem a formação acadêmica dos professores, como será o nível de exposição ao outro idioma e o conhecimento dos profissionais nesta língua. Por exemplo, nenhuma escola pode ser considerada bilíngüe se só tiver duas aulas de inglês por semana. Para ser chamado de bilíngüe, o estabelecimento precisa oferecer pelo menos quatro aulas semanais do segundo idioma.

Pessoas que já freqüentaram o estabelecimento são ótimas referências para se medir a qualidade da escola. Os pais ou responsáveis também devem conhecer pessoalmente a infra-estrutura oferecida, conferir se a instituição possui o registro junto à Secretaria de Educação e verificar há quanto tempo a escola mantém as suas atividades. Antes de assinar qualquer contrato, converse com o coordenador sobre os métodos de ensino, enfim, procure conhecer ao máximo a instituição que o seu filho vai freqüentar.



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