billshcot
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Há doentes de cancro que esperam sete meses por uma junta médica para serem avaliados, obterem o atestado multiusos e ficarem isentos do pagamento das taxas moderadoras. A isenção é obtida por quem tem incapacidade de 60%. O tempo de espera ultrapassa em muito o que determina a lei: 60 dias. A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) recebe todos os dias queixas de doentes a reclamarem pela demora na realização de uma junta.
Paula Mão-de-Ferro, 47 anos, vendedora, doente oncológica, esperou sete meses desde que pediu uma junta médica até ser chamada. "Pedi uma junta médica em junho de 2012 e só me chamaram em meados de janeiro de 2013. Durante esse tempo tive de pagar as taxas moderadoras e é complicado dispor do dinheiro quando temos consultas, exames e tratamentos para fazer", afirmou ao CM a paciente, do Porto.
Já Marta Maria, 37 anos, empresária, esperou menos tempo porque reclamou. "Quando pedi uma junta médica, os serviços avisaram-me logo que teria de esperar, pelo menos, seis meses. Não me conformei com a demora e protestei. Chamaram-me em três meses", revela.
Vítor Veloso, presidente do Núcleo Regional do Norte da LPCC, dá razão aos pacientes. "Enquanto os doentes não tiverem o atestado multiusos não podem ter descontos, o que agrava a situação económica de cada paciente", observou.
O médico critica ainda a chamada dos doentes pelas juntas médicas para serem dados aptos para o trabalho: "Há casos em que os doentes ainda estão a fazer tratamento e chamam-nos para uma avaliação." O Ministério da Saúde assegura que os doentes, com direito à isenção, são reembolsados.
POUCOS DELEGADOS DE SAÚDE
Os delegados de saúde, que compõem as juntas médicas, admitem a falta de capacidade de resposta. Mário Jorge Santos, presidente da Associação Portuguesa dos Médicos de Saúde Pública, considera ao CM que o número de profissionais é insuficiente. "Somos cerca de 300 profissionais, menos de metade dos efetivos necessários", salienta Mário Jorge Santos. O responsável critica o legislador, que não teve em conta o aumento do volume de trabalho quando determinou que seria necessário uma junta para a avaliação das incapacidades para a isenção da taxa moderadora. "Em 2012 foi caótico. O aumento das avaliações obrigou-nos a abrandar a atividade das vistorias, vigilâncias e licenciamentos", afirmou.
cm
Paula Mão-de-Ferro, 47 anos, vendedora, doente oncológica, esperou sete meses desde que pediu uma junta médica até ser chamada. "Pedi uma junta médica em junho de 2012 e só me chamaram em meados de janeiro de 2013. Durante esse tempo tive de pagar as taxas moderadoras e é complicado dispor do dinheiro quando temos consultas, exames e tratamentos para fazer", afirmou ao CM a paciente, do Porto.
Já Marta Maria, 37 anos, empresária, esperou menos tempo porque reclamou. "Quando pedi uma junta médica, os serviços avisaram-me logo que teria de esperar, pelo menos, seis meses. Não me conformei com a demora e protestei. Chamaram-me em três meses", revela.
Vítor Veloso, presidente do Núcleo Regional do Norte da LPCC, dá razão aos pacientes. "Enquanto os doentes não tiverem o atestado multiusos não podem ter descontos, o que agrava a situação económica de cada paciente", observou.
O médico critica ainda a chamada dos doentes pelas juntas médicas para serem dados aptos para o trabalho: "Há casos em que os doentes ainda estão a fazer tratamento e chamam-nos para uma avaliação." O Ministério da Saúde assegura que os doentes, com direito à isenção, são reembolsados.
POUCOS DELEGADOS DE SAÚDE
Os delegados de saúde, que compõem as juntas médicas, admitem a falta de capacidade de resposta. Mário Jorge Santos, presidente da Associação Portuguesa dos Médicos de Saúde Pública, considera ao CM que o número de profissionais é insuficiente. "Somos cerca de 300 profissionais, menos de metade dos efetivos necessários", salienta Mário Jorge Santos. O responsável critica o legislador, que não teve em conta o aumento do volume de trabalho quando determinou que seria necessário uma junta para a avaliação das incapacidades para a isenção da taxa moderadora. "Em 2012 foi caótico. O aumento das avaliações obrigou-nos a abrandar a atividade das vistorias, vigilâncias e licenciamentos", afirmou.
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