• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Lagos : Dívida dispara em quatro anos

billshcot

Banido
Entrou
Nov 10, 2010
Mensagens
16,633
Gostos Recebidos
156
A situação financeira da Câmara de Lagos degradou-se de forma drástica nos últimos anos. No final de 2008, o endividamento da autarquia rondava os 15 milhões de euros e o prazo de pagamento era de 10 dias. Agora, a dívida atinge 36,7 milhões e os fornecedores esperam, em média, 255 dias para receber, segundo dados da Direção-Geral das Autarquias Locais.

"Nos últimos quatro anos perdemos cerca de 40 milhões de euros em receitas de IMT e de licenças de urbanismo", diz Júlio Barroso, presidente da autarquia, adiantando que as receitas anuais, até 2008, chegaram a atingir "mais de 17 milhões de euros e agora ficam-se pelos seis milhões". A culpa, diz o autarca, é da "crise imobiliária".

A situação financeira obrigou "a um apertar de cinto a todos os níveis", que permitiu reduzir a dívida em 4,7 milhões de euros, no ano passado. Júlio Barroso refere que "existe uma monitorização permanente das despesas e não foram feitos novos investimentos".

O autarca socialista justifica os aumentos significativos das taxas e tarifários, ocorridos nos dois últimos anos, com a necessidade de "aproximar os valores cobrados ao custo real dos serviços", adiantando que só na água "a Câmara perdia por ano cerca de seis milhões". Para este ano, no entanto, não estão previstos aumentos no tarifário. "O objetivo é dar algum alívio às famílias, atendendo à crise e à elevada taxa de desemprego", frisa Júlio Barroso.

Para saldar as faturas mais antigas, a autarquia candidatou-se ao Programa de Apoio à Economia Local e irá receber uma verba de 9,5 milhões de euros.

DISCURSO DIRETO

"EMPRESAS ESTÃO A PASSAR MAL", Eduardo Santana, Dirigente da Ass. CEAL

Correio da Manhã – Como é que o tecido empresarial tem resistido ao aumento de taxas e impostos nos últimos anos?

Eduardo Santana – A situação que se vive em Lagos é igual à do resto do Algarve. Muitas empresas já fecharam as portas, e das que restam 90% estão a passar mal. As que vivem do consumo estão no caos.

– Qual a subida de taxa que merece maior contestação?

– O preço da água, por exemplo, subiu muito. A introdução da taxa de disponibilidade fez com que as pessoas tenham de pagar 7,5 euros por mês mesmo se não consumirem água. Isso não faz sentido.

– Que conselho daria ao poder político?

– Acho que os políticos deviam reunir-se com os empresários e ouvir o que estes têm a dizer relativamente ao que importa fazer para melhorar a economia local.

cm
 
Topo