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Violência doméstica

Luz Divina

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VIOLÊNCIA DOMÉSTICA




- O que é?



A violência Doméstica é o resultado da agressão física ou psicológica ao companheiro/companheira.

Atinge milhares de crianças, adolescentes, mulheres, homens e idosos, e na grande maioria das vezes de forma silenciosa e dissimulada.

A sua importância é relevante não só devido ao sofrimento indescritível que vivem as vítimas como também porque a violência doméstica pode impedir um bom desenvolvimento físico e mental da vítima.

A violência doméstica envolve a violência psicológica, a violência física, a violência verbal, a violência económica, a violência sexual, a negligência, entre outros.


- Fases da Violência Doméstica



• Fase do Aumento da Tensão: as tensões acumuladas pelo agressor, são tensões que este não consegue resolver sem o recurso à violência.


• Fase do Ataque Violento: o agressor maltrata física e psicologicamente a vítima, que tenta defender-se de uma forma passiva, esperando que ele pare e não avance com mais violência.


• Fase de Apaziguamento: o agressor depois de a tensão ter sido direccionada sob a forma de violência, manifesta arrependimento e promete não voltar a ser violento.


- Estratégias do agressor



• Violência Física: caracteriza-se pela agressão da vítima. Esta violência é muito influenciada pelo excesso de álcool que em muito prejudica a vítima pois pode levar o agressor à violência extrema.


• Violência Psicológica: caracteriza-se por humilhar, discriminar, rejeitar o companheiro/companheira ou a criança, de forma a despertar a sua atenção, cuidado e dedicação. As pessoas muitas vezes também como forma de violência psicológica, fazem com que a vítima se sinta inferior ou então optam por ficar calados e não dizer nada, percebendo que esta atitude vai provocar um maior impacto.


• Violência Verbal: dá-se em simultâneo com a violência psicológica. Caracteriza-se pela depreciação e utilização de insultos para ferir moralmente a vítima.


• Violência Sexual: normalmente tende a ser ocultada, por vezes por se achar que se pode ser considerado mentiroso ou então por vergonha.


• Negligência: envolve a não satisfação de necessidades básicas. Os danos causados pela negligência podem ser permanentes.


• Isolamento Relacional: proibir a vítima de trabalhar, sair de casa, de ter amigos, de contactar com familiares.


• Intimidação: manter a vítima sempre com medo, mantendo-a sobre o seu domínio.


• Domínio económico: negar à vítima acesso a bens materiais.


- Crimes (na violência doméstica)



• Maus tratos: quando o agressor trata mal a vítima física ou psicologicamente.


• Ameaça: quando o agressor intimida a vítima, provocando-lhe medo, inquietação ou prejuízo na sua liberdade.


• Coacção: quando o agressor constrange outra pessoa, a praticar determinado acto, através da violência ou da ameaça.


• Sequestro


• Coacção sexual: quando o agressor constrange outra pessoa a sofrer ou praticar, consigo ou com outra pessoa, um acto sexual de relevo.


• Violação: quando o agressor força a vítima a manter relações sexuais com uso de violência.


• Tentativa de homicídio: quando o agressor, com intenção de matar, pratica todos os actos, mas o resultado (a morte) não se pratica.


• Ofensas à integridade física: quando o agressor ofende o corpo ou a saúde de uma pessoa.


• Dano: destruir total ou parcialmente, danificar, desfigurar ou tornar não utilizável algo ou alguém.


- Quem agride?


A maioria dos agressores são homens, e normalmente os agressores dividem-se em portadores de: Personalidade Anti-Social, Transtorno Explosivo da Personalidade , Dependentes químicos e Alcoólicos e Embriaguez Patológica .

O agressor, geralmente, acusa a vítima de ser responsável pela agressão, provocando um grande sentimento de culpa e vergonha na vítima.


- Quem é agredido?



Geralmente, as vítimas de violência doméstica são as mulheres e as crianças. E há casos em que são os idosos.

Muitas vezes, as vítimas de violência doméstica, sentem-se muito frustradas e acabam por pensar que a culpa da agressão foi delas.

Têm dificuldade em denunciar a agressão, não só pela vergonha, mas principalmente pelas consequências desse acto.

A vítima acaba por criar uma relação de dependência com o agressor.

A vítima tem pouca auto-estima e sente-se violada e traída, já que o agressor promete, depois da agressão, que nunca mais repete o comportamento, apesar de o fazer.


- Quem denuncia?



Quem denuncia os crimes depende muito dos tipos de crime que a vítima sofre, da vítima e também do agressor.

Se a vítima não tiver coragem suficiente para denunciar o agressor, normalmente quem o faz é algum familiar que de algum modo descobriu o crime (por exemplo, por parte de algum vizinho que diga algo).

Se por acaso houver crianças envolvidas na agressão, nesses casos a mulher, que geralmente (quando a criança é vítima) também é vítima de agressão, opta por denunciar pois não suporta ver o(s) seu(s) filho(s) a ser(em) agredido(s).


- Fases do Ciclo de Reacção ou Recuperação



• Fase de Impacto: verifica-se logo após a violência, em que a vítima nega o ocorrido, mas mais tarde tende ou pode manifestar desejo de vingança, ou manifestar culpa.


• Fase de Recuperação: nesta fase, a vítima começa a adaptar-se à sua realidade de vítima, e aceita que de facto o crime ocorreu, mas que deve prosseguir com a sua vida da melhor maneira possível.


• Fase de Reorganização: nesta última fase, a vítima ultrapassou os sentimentos de culpa e vingança iniciais.


- Consequências



As consequências da violência doméstica são delicadas e podem permanecer durante muito tempo.

Além das marcas físicas, a violência doméstica costuma causar também vários danos emocionais, como:


- Influências na vida sexual da vítima

- Lesões graves

- Mau desenvolvimento da personalidade (no caso das crianças)

- Baixa auto-estima

- Dificuldade em criar laços, em construir relações

- A vítima, consoante a gravidade dos danos emocionais, pode passar, mais tarde, a ter o papel do agressor em vez do da vítima.


- Pedidos de apoio



• Quando ainda está no início da crise

• Quando já não aguenta mais a situação de violência


• Quando se estabelece uma situação que é para a vítima insuportável





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Luz Divina

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VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NA CRIANÇA




As crianças, vítimas de violência doméstica, que provavelmente sofrem mais, até porque as consequências desses crimes são muitas e graves, como a vergonha que permanece, a dificuldade em criar e manter relações, entre muitas outras.


Nos casos em que a criança é do sexo feminino, esta tem tendência para, mais tarde, procurar ter relações com homens que tenham comportamentos idênticos àqueles que a pessoa que os agrediu tinha.


Se a criança for do sexo masculino, este tem tendência, em certos casos para adquirir comportamentos idênticos ao do agressor (que muitas vezes é o seu pai), ou seja, passa de vítima a agressor.






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VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NO IDOSOS




A violência nos idosos pode ser feita de diversas maneiras: fisicamente, mentalmente, através da negligência e financeiramente.



Violência física pode ser, identificada através:



• Cortes e queimaduras
• Lesões e osso partidos
• Perda inexplicável de peso
• Marcas escondidas e sem explicação
• Queixas específicas dos vizinhos ou próprios familiares

Violência Mental / Psicológica, identificada através:



• Medo, agitação e hesitação
• Depressão
• Adopção de comportamentos pouco usuais
• Dificuldade de comunicação
• Desorientação e confusão
• Isolamento injustificado
• Comentários humilhantes, rudes, por exemplo, por parte de um funcionário de um lar
• Queixas específicas de residentes, vizinhos ou familiares


Negligência



• Insanidade
• Má nutrição e desidratação
• Cheiros de urina ou fezes
• Má higiene pessoal
• Queixas específicas


Violência Financeira



• Venda inexplicável de alguma propriedade
• Desaparecimento/roubo de dinheiro ou propriedades
• Queixas específicas

Existem vários sinais de aviso que podem indicar violência nos idosos. Alguns idosos hesitam em contar o sucedido, pois temem que o abuso se torne pior, ou porque não querem preocupar e alarmar as famílias, ou porque apenas não contam o sucedido devido a limitações físicas e/ou mentais. Quando existe algum sinal ou indício de existência de violência em idosos, deve-se imediatamente agir, no intuito de ajudar o idoso.


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VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NA MULHER



A mulher, vítima de violência domestica, pode apresentar características como distúrbios cognitivos e de memória, comportamentos depressivos, distúrbio de ansiedade, ter uma visão tradicional, ter dificuldade em aceitar a ideia de fracasso da relação conjugal ou ter um conceito de amor que leva ao sacrifício.

As mulheres, na maioria das vezes, não conseguem denunciar o companheiro devido, não só ao que sentem pelo companheiro mas também devido às consequências da denúncia.

Noutros casos, a mulher sente-se responsável pelo acontecido, logo não se sente capaz de denunciar o agressor.​




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VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NO HOMEM




Quando as vítimas são homens, normalmente, a violência física não é praticada directamente, sendo cometida por terceiros.

Outro tipo de agressões provocadas no homem, são as agressões que tomam a vítima de surpresa, como por exemplo, durante o sono.

No caso dos homens, a agressão, normalmente, é cometida pelos próprios filhos, pais, avós ou netos existindo casos em que o agressor pode ser a própria mulher.​




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Violência em casa




Violência em casa





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Agressões no primeiro semestre de 2013 já superam números de 2012


Nas últimas semanas, o divórcio da apresentadora de televisão Bárbara Guimarães do político e comentador Manuel Maria Carrilho voltou a trazer o problema da violência doméstica para a ribalta da esfera mediática.

Alegadamente vítima de agressões físicas e psicológicas, o rosto da SIC é a face mais visível de uma realidade que continua a gerar tristes estatísticas em Portugal.

Em 2012, as autoridades registaram 26.084 queixas de violência doméstica de violência doméstica em território nacional. Nos primeiros seis meses deste ano, o número de agressões e de mulheres mortas por violência doméstica já ultrapassou mais de metade dos números de 2012, que somou 37, reforçando uma tendência que vem de trás.

«De acordo com as Estatísticas/Relatório Anual 2011, elaboradas pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), 19 mulheres por dia foram vítimas de violência doméstica em Portugal, no ano passado. No total foram registados 15.724 crimes de violência doméstica contra as mulheres», pode ainda ler-se no site da associação.

Anabela Carvalho (nome fictício), 32 anos, faz parte dessas estatísticas. «Estive casada seis anos. Sempre fui uma pessoa muito independente e ambiciosa. Foi sempre um casamento sem stresse e, há dois anos, cheguei à conclusão de que já não amava o meu ex-marido, apenas partilhava um filho e a empresa. Conheci outro homem pelo qual me apaixonei. Divorciei-me, entreguei a minha parte na sociedade e fiquei sem nada por opção», começa por contar.

«Hoje, tenho outro filho da minha atual relação. Uma relação que é um inferno. Não consigo ir ao ginásio, ter um trabalho diferente do dele (trabalhamos juntos) ou sequer voltar a estudar. Estou impedida de socializar. A paixão foi-se há muito, estou dependente financeiramente e sofro de violência física. Vivo todos os dias arrependida do que fiz à minha vida. Não consigo traçar objetivos e sinto-me apenas a tentar sobreviver por causa dos meus filhos», desabafa.

A sua realidade diária não difere muito da das mulheres que engrossam as estatísticas de violência doméstica em Portugal e que vivem uma vida complicada e atribulada. «Por um lado, parece-me evidente que [essa mulher] está numa situação depressiva, com sentimentos de culpa, revolta consigo mesma, stresse elevado e que será bom procurar ajuda junto de profissionais de saúde mental, para lidar melhor com isso», comenta Vítor Rodrigues, psicológo clínico e psicoterapeuta.

«Por outro lado, a violência física (e muito provavelmente emocional, por aquilo que relata) é algo que não devemos tolerar e que a lei portuguesa condena como crime público, podendo ser denunciada anonimamente. Por isso, aconselho-a a procurar apoio junto da APAV, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, quanto mais não seja para se informar acerca dos seus direitos e da proteção de que pode/deve beneficiar», recomenda o especialista.

«Caso haja uma agressão física mais violenta, é importante dirigir-se de imediato a um centro médico para documentá-la e fazer uma queixa formal junto da PSP ou GNR. Isso é fundamental para poder agir com a lei a seu favor. A nível pessoal, é imperioso que encontre momentos para, com ou sem ajuda profissional, se recordar de si mesma, de quem é, daquilo em que acredita e de como se sentia, pensava e vivia nos momentos mais felizes e confiantes da sua vida. Isso poderá ajudá-la a reencontrar um rumo na vida», sublinha Vítor Rodrigues.

Além da APAV, as vítimas podem também recorrer à Associação de Mulheres Contra a Violência (AMCV). Prestes a completar 20 anos, a AMCV acompanhou, no ano passado, 9.135 pessoas em situações de violência, numa média mensal de 192 utentes, nos seus centros de acolhimento, casas de abrigo e grupos de ajuda. «De 1993 para cá, a situação em Portugal já é completamente diferente. É um tema que as pessoas reconhecem», afirmou ao semanário Expresso Maria Macedo, diretora técnica da associação.

Nas últimas décadas, os números oficiais aumentaram (há mais mulheres a fazer queixa) mas os apoios institucionais também registaram um crescimento. Algumas das novas iniciativas são mesmo originais e inovadoras, como é o caso de um dispositivo, ligado ao centro de atendimento telefónico da responsabilidade da Cruz Vermelha, que funciona como um alarme que a pessoa aciona quando se sente em perigo. Mais de 200 vítimas de violência doméstica beneficiaram desta medida de teleassistência desde que o dispositivo foi criado, em 2011.


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