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A Criação de Psitacideos

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helldanger1

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PAPAGAIO: HÁBITOS E REPRODUÇÃO
A criação de Papagaios agora tornou-se possível no Brasil. Conheça um pouco mais dos hábitos desta ave tão talentosa.
A Criação de Papagaio no País!
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Hábil imitador da fala humana e de outros sons, como assoviar canções, o divertido Amazonas aestiva aestiva é o Papagaio mais popular em nosso país, entre as 27 espécies do genero Amazonas, das quais 10 encontram-se no Brasil. Ele é encontrado do Nordeste à Foz do Iguaçu e na região central brasileira.
Dócil enquanto jovem, é nessa época que devemos acostumar o Papagaio ao nosso convívio. Alimentado no bico fica muito manso e, se ensinado, aprende a falar (prefere as vozes femininas), pegar objetos e a se empoleirar em nosso dedo e ombro. Ao tornar-se adulto, aproximadamente aos 4 anos, exige mais paciência e pode nos machucar com bicadas sem qualquer aviso, não sendo por isso recomendável para crianças. Pode viver até 60 anos, desde que criado adequadamente.


VIZINHOS
É normal os papagaios gritarem com relativa freqüência. No viveiro, o fazem por cerca de meia hora ao amanhecer e quando estimulados por sons como os de outras aves. É importante levar isso em conta antes de criá-los, para evitar problemas com vizinhos.
Passam mais tempo andando e escalando do que voando, não necessitando de grandes espaços. Podem ser criados soltos, bastando cortar pela metade as penas voadeiras de uma asa (as mais compridas, na extremidade). Uma vez por ano é preciso repetir a operação.


FILHOTES
Formar casais e cruzá-los é uma opção interessante, facilitada agora pelo novo Criadouro Conservacionista instituído pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente). Uma vez por ano, geralmente no outono, ocorre a muda das penas. Três a quatro meses após, a ave estará pronta para o acasalamento. Nesta época separa-se um casal e coloca-se em um viveiro próprio para a procriação. Uma vez formado, o par deverá ser mantido nos próximos acasalamentos. A tentativa de aproximação de um novo casal deverá ser feita com cuidado, pois nem sempre o macho aceitará a fêmea.
Na época do acasalamento não querem ser incomodados. Por isso, é bom alimentá-los por fora (os de estimação são mais agressivos por temer menos as pessoas). A fêmea põe no máximo 4 ovos brancos. Sai do ninho duas ou três vezes por dia e se alimenta muito pouco. No período de incubação, por volta de 28 dias, o Papagaio tolera a inspeção de seu ninho, mas é temerário fazê-lo quando está nele. Nos primeiros oito dias só a mãe alimenta os filhotes com comida que ela mesmo busca e que podemos reforçar com pão com água e milho verde cru ou cozido. A seguir, pai e mãe alimentam os filhotes juntos. A mãe os aquece dia e noite até 3 semanas antes de sairem do ninho, o que costuma ocorrer entre 60 e 70 dias. Durante ainda uma semana são alimentados pelos pais e a partir do 15° dia podem ser separados ou não dos pais, os quais podem voltar ao viveiro comunitário.


FICHA
Característica do adulto:cor predominantemente verde, combinada com azul na fronte e ao redor do bico; amarelo no topo da cabeça, em volta dos olhos e em pontos da garganta; vermelho (ou vermelho e amarelo) nas extremidades superiores das asas e base da cauda e preto no bico e margens de plumas no pescoço e parte superior do peito.
Características do jovem:cores mais pálidas em especial na cabeça. A íris do olho é marrom escura (laranja no adulto).
Distinção dos sexos: os machos são geralmente maiores, com a íris de coloração mais viva, as faces e frontes mais coloridas. Na época do acasalamento emitem gritos mais estridentes. O laparoscopia é o exame veterinário mais acessível e 100% seguro para indicar o sexo. Feito nas clínicas veterinárias, permite visualizar o órgão sexual por dentro.
Instalações:se criado em viveiro, este deve ter no mínimo 5m de comprimento x 2 m de altura x 2m de profundidade e pode acomodar vários papagaios. Para a procriação é preciso separar o casal, em uma gaiola de, no mínimo, 1m x 60 cm x 60 cm e com 1 ninho (caixa de madeira de 40 x 40 x 30 cm no lado de fora da gaiola, sem forrar). Os poleiros serão de madeira, com espessuras variadas, não passando por cima dos coxos d’água e de comida, para não sujá-los com detritos.,
Alimentação:é importante diversificar. Tudo pode ser servido cru. Frutas e verduras variadas à vontade. Grãos de aveia, milho verde, arroz integral com casca, girassol, alpiste e trigo integral. Acrescente carne ou ração canina uma vez por semana. Diariamente, pode-se dar pão amolecido com água adicionado de vitaminas e sais minerais (sob orientação veterinária). Não dar amendoim nem comida gordurosa.
Para roer:para exercício, limpeza do bico e distração, pode-se fazer uma pedra tipo reboque de parede, com cal (30%) e areia (70%) ou dar tocos e gravetos de árvores (verde ou em decomposição). Se nada fornecermos, roerão os poleiros.
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billshcot

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A.roseicollis e de A. personatus, nas subespécies Fischer e Personata , criação e manutenção em cativeiro

Este artigo tem a intenção de ajudar o pequeno criador a conhecer estes maravilhosos pequenos papagaios, originários de África. Este género é constituído por 6 espécies e 10 subespécies.

Os mais vulgares em cativeiro são Agapornis roseicollis, na subespécie nominal, e A. personatus personatus em igualdade de efectivos com o A. personatus fischeri, num terceiro lugar vem A. personatus nigrigenis e, embora sejam pouco frequentes em Portugal, encontram-se também alguns A. taranta, A. cana sp. Mais difíceis ainda de encontrar são a subespécie do Personata: A. personatus liliane que deve ser sem dúvida um dos grandes mistérios da criação de Psitacideos. Com efeito, tendo em atenção que as outras três subespécies são dos agapornis mais fáceis de criar, porque é que esta é tão dificil? Têm aparecido esporadicamente alguns A. pullaria mas devido às dificuldades inerentes da criação desta pequena e maravilhosa ave em cativeiro, o sucesso tem-se revelado esporádico. Impossível de encontrar em avicultura é A. swindernania sp.

Neste artigo só serão abordados os aspectos relacionados com a manutenção e reprodução em cativeiro de A.roseicollis e de A. personatus, nas subespécies Fischer e Personata, os outros são abordados noutro artigo deste site.

Compra das aves

Na maioria das vezes a compra do primeiro Inseparável (outro dos nomes atribuídos a este género) é por impulso, devido ao seu baixo preço e as suas muitas cores atraem a atenção. A sua personalidade alegre e o seu pequeno tamanho possibilitam aos moradores de apartamentos terem em casa um casal de pequenos papagaios que podem não falar, mas também não fazem tanto barulho como os seus primos maiores.

Como é obvio, o vendedor facilita a venda ao assegurar que o par de aves que está a vender são um casal, ora em aves jovens, e mesmo nas adultas, é muito difícil distinguir o sexo nestas aves assim ao comprarem um par de Agapornis é sempre necessário confirmar com o vendedor que, no caso de afinal o casal que ele está a vender se revelarem duas fêmeas ou dois machos ele precedera a uma troca, e com um pouco de sorte, à segunda já ficará na posse de um casal.

No entanto, este sistema de trocas e baldrocas tem como inconveniente que até se acertar o casal e aparecer a primeira cria podem passar meses para não dizer anos, por mais que se queira à sempre complicações inevitáveis como por exemplo, fugas, mortes, e aquela situação menos trágica, mas mais aborrecida, das aves que às vezes não parecem saber se são machos ou fêmeas, e se elas não sabem nós muito menos. Portanto o meu conselho é não troque compre, se ainda não comprou o seu primeiro par, e tiver o espaço para ter mais que um casal, compre pelo menos 4 aves, assim quase de certeza que fica com pelo menos um casal, se já comprou e teve azar, pense assim; tem neste momento duas aves do mesmo sexo, adultas e das quais sabe o sexo, se trocar uma delas corre o risco de trocar um adulto por uma cria (tempo perdido) e, ainda por cima, fica com uma ave da qual não sabe o sexo em troca de uma da qual o sexo é conhecido, se em vez de trocar, comprar fica com quatro ou mais aves das quais pode tirar um casal e com as crias deste casal acertar os outros.

Uma vez com as aves em casa à que pensar onde pô-las, normalmente o erro do criador inexperiente é tentar por as suas aves num espaço que não é à prova de Agapornis, com efeito estes são verdadeiros mestres de fugas e escapam facilmente de gaiolas normais de canários, uma vez que são capazes de abrir as portas de mola das gaiolas comerciais, e mesmo sair pelas aberturas para os comedores.

O segundo erro é misturar os Agapornis com outras espécies de aves em viveiros, embora estes possam ser mantidos juntos em viveiros, mantidos com outras espécies de psitacideoes de tamanho igual ou mais pequeno, assim como espécies de Passeriformes como os canários ou os mandarins, o desastre é certo pode demorar, mas é inevitável.

Devido à sua natureza agressiva é necessário por isso ter alguns cuidados na escolha dos alojamentos, eu recomendo, portanto, uma gaiola individual com um mínimo de 70*30*30cm , ou para mais de um casal uma gaiola de 100*40*40cm.

Próximo problema, as aves já estão na sua nova casa e devem estar com fome, felizmente já existem comidas adequadas no mercado Português, não me vou alongar em relação a isto, vou só sugerir que usem rações com um máximo de 15% de girassol, mantenham o bebedouro o mais limpo possível, usem uma papa de criação na altura da criação, mas também na muda e como estimulo à criação.

Em relação aquele mar de rosas que é a reprodução de Agapornis há alguns espinhos óbvios e outros menos óbvios, os modelos de ninhos podem ser vários e a sua colocação na gaiola pode variar muito, embora ambos os factores tenham influencia na percentagem de crias que vão ser "safas", a verdade é que basicamente eles vão criar na maior parte dos modelos de ninhos e desde que os ninhos não estejam no fundo da gaiola eles vão aceitá-los e criar neles. O próximo espinho, é se nós tivermos um casal verdadeiro que não se aceite, é que ao contrário do que alguns pensam podemos ter dois agapornis que embora sejam de sexos diferentes mas que não se aceitam. Se um casal não se catar e não se alimentarem mutuamente, temos um problema, este casal nunca vai ser um bom casal a criar, se chegar a criar! Como devem saber, ou talvez não, os Agapornis são dos poucos papagaios que constroem um ninho por isso tem que se fornecer material para ninho. O material pode ser ramos de pinheiro com agulhas verdes, canas, e folha de palmeira por exemplo.

No caso do A. roseicollis só as fêmeas levam material para o ninho e esse comportamento pode ser usado para distinguir o sexo das aves, ela coloca as agulhas de pinheiro entre as penas do rabo, como este método de transporte não é eficiente tem que se ajudar algumas fêmeas colocando algum material no ninho, já os Personatas e Fischers são verdadeiros artistas na construção, o ninho é construído muito eficientemente e é muito e mais elaborado que o do Roseicollis.

Geralmente as fêmeas começam a pôr em Setembro e podem fazer entre 3 a 4 posturas até Julho altura em que começa a muda, poêm entre 4 a 6 ovos, se puserem mais podem ocorrer complicações várias sendo por isso aconselhável não deixar que elas choquem mais de 6 ovos fecundados. Quando é a primeira postura de uma fêmea é preciso cuidado porque pode haver dificuldades a pôr os ovos e também na construção do ninho, por outro lado quando as crias nascem, muitas vezes as fêmeas inexperientes não alimentam as crias, geralmente na segunda postura o problema resolve-se e a fêmea dá de comer as crias.

Outro problema frequente é as crias não nascerem, uma vez que as causas são várias e complexas, serão abordados num artigo futuro. A incubação dura cerca de 21 dias e as crias abandonam o ninho com perto de 1mês de idade.

Algumas vezes aparecem fêmeas que depenam as crias, se não for possível resolver o problema alterando a dieta ou fornecendo mais material para o ninho, é melhor vender ou trocar a femea e colocar outra fêmea com o macho, se houver interesse em fazer uma criação selectiva as crias devem ser anilhadas com anilhas oficiais, quando as crias saem do ninho, e se se tratar de uma colónia devem ser vigiadas para evitar agressões de outros casais, as crias podem ser separadas assim que começam a comer, mas podem ficar com os pais até as crias da ninhada seguinte estarem para nascer, quando forem separadas devem ser postas junto com aves da sua idade e nunca com aves adultas. Dentro de uma ninhada os maiores serão geralmente fêmeas e os mais pequenos machos.

A partir dos 5 anos a produtividade de um casal começa a diminuir e é melhor substitui-lo por um casal novo, no entanto os casais podem criar pelo menos ate aos 8 anos de idade.
 
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billshcot

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Criaçao de neophemas - bourkes

Psitacídeos : Criaçao de neophemas - bourkes

Ave de subtil beleza pertencente ao grupo dos Periquitos da erva assim chamados por passarem muito tempo no chão alimentando-se de sementes de gramineas.


São originários da Austrália e a sua difusão na Europa foi inicialmente lenta devido em parte à sua menor resistência (quando comparada com outros periquitos australianos), os exemplares importados da Austrália tiveram problemas na adaptação uma vez que a mudança de habitat é grande, e como esta família de pequenos periquitos tem o hábito de passar muito do seu tempo no chão, fica vulnerável a condições de humidade elevada e a fundos (das gaiolas ou dos viveiros), que não estejam em boas condições de higiene.



Apesar dos problemas, 4 espécies adaptaram-se muito bem gozando actualmente de grande popularidade na Europa, sendo uma delas o 3º psitacideo mais criado na Grã-Bretanha (o Neophema splendid), logo atrás do periquito comum (Melopsittacus ondulatus) e da Caturra (Nymphicus hollandicus), e a frente dos Agapornis, o Bourke não é tão popular como o Splendid, mas a sua beleza peculiar tem muitos admiradores, além disso o seu temperamento calmo e pacífico torna-o útil em colecções mistas com pequenos exóticos. No entanto, não se deve misturar os Neophemas com outros psitacídeos uma vez que não são capazes de se defender, aliás para aqueles criadores habituados a pequenos psitacídeos muito agressivos como os Agapornis ou os Forpus, vão achar as brigas entre os neophemas quase cómicas, alguma esgrima de bicos, algumas perseguições e pouco mais.

Para além do seu temperamento outra das vantagens dos neophemas é terem dimorfismo sexual, o que facilita muito a vida ao criador, no entanto, e no caso do Bourke, pode ser difícil nalgumas linhas ou mutações distinguir o sexo, uma vez que o dimorfismo sexual dos Bourkes é muito subtil. Os machos têm penas azuis na área acima do bico e as fêmeas não, além de que os machos tem a cabeça mais chata e normalmente são maiores do que as fêmeas. Os machos também "assobiam" e um macho em "cio" tem um comportamento especifico, assobiando e chamando a fêmea para o ninho.

Nalgumas linhas o azul na cabeça dos machos é quase inexistente, noutras o macho tem muito azul, cobrindo uma área que se estende por cima do bico até à linha dos olhos, ora isto possibilita que os machos Opalinos (rosa) possam ter azul na cabeça, portanto o meu concelho é que procurem machos com o mais azul possível e fêmeas filhas de casais em que o macho tem muito azul na cabeça.

Criadores habituados a espécies de psitacideos mais "normais" esperam geralmente que os casais compatíveis tenham determinados tipos de comportamento nomeadamente catarem-se mutuamente (aloprening) e o macho alimentar frequentemente a fêmea, no Bourke tal não acontece, de facto os membros do casal ignoram-se mutuamente na maior parte das ocasiões, e só quando começa a época de reprodução é que o macho alimenta a fêmea, e inicia a corte assobiando e inspeccionando o ninho tentando atrai-la para lá.

Em termos de alojamento várias questões têm que ser consideradas; a primeira é o espaço de vôo, os Bourkes têm tendência para engordar se mantidos numa dieta normal de sementes secas e, especialmente, se lhes for fornecido muito girassol. Para além dos problemas de saúde decorrentes a fertilidade será menor, portanto, à que ver a quantidade de exercício que a ave tem hipótese de efectuar. Eu recomendo um espaço não inferior a 1 metro de comprimento, mas havendo espaço o ideal seriam gaiolas com mais de dois metros.

Depois à que pensar, se vamos criá-los em colónia ou sozinhos, a maioria dos criadores prefere criar com os casais separados, mas se houver espaço (mais de quatro metros de comprimento) pode-se tentar a criação em colónia ou em sistemas de trios, ou seja um macho e duas fêmea, eu pessoalmente já experimentei o sistema de trios em Bourkes e em Esplendidos, com resultados diferentes, os Bourkes fêmea disputaram constantemente os ninhos, apesar de terem 4 ninhos a disposição, por outro lado as duas fêmeas de Esplendido tinham tendência para pôr no mesmo ninho, e só tinham problemas quando as crias nasciam. Como já foi dito também é possível usar os Bourkes num viveiro com pequenos exóticos, ou mesmo com Esplendidos, ou Elegantes.

Mas, a questão mais importante é sem duvida o tipo de fundo da gaiola, esta situação tem que ser muito bem analisada antes da compra das aves porque a alta mortalidade dos neophemas em Portugal está directamente relacionada com o tipo de alojamento.

Para além de passarem muito tempo no solo estas aves passam muito tempo a mexer no que encontram, o que incluí é claro os excrementos deles ou de outras aves, e mais grave as crias ao saírem do ninho e começarem a procurar comida tentam também comer o que encontram o que resulta numa elevada mortalidade juvenil por coccidiose, entre outras patologias, devido á contaminação fecal.

Para solucionar este problema o ideal seria gaiolas com fundo em rede de maneira a que as aves não tivessem contacto com os excrementos, no entanto as aves adultas sentem-se aparentemente desconfortáveis neste tipo de gaiola, porque não podem correr pelo chão, o que pode ser negativo no ritual de corte (isto é, teoricamente, mais grave no caso do Esplendido), portanto ou se usa gaiolas com fundo em rede ou se se usarem gaiolas com chão deve-se mantê-las o mais limpas possível.

Ao contrário de outros psitacideos, e como já foi referido anteriormente, a compatibilidade entre os membros do casal não é um problema sério, o macho e a fêmea não interagem regularmente antes da época de criação e não revelam comportamentos que posam indicar se o casal é compatível, os membros do casal não se catam mutuamente e o macho geralmente só alimenta a fêmea na época de reprodução, quando em Dezembro as aves começam a mostrar interesse um pelo outro, coloca-se um ninho, este pode ser de vários modelos desde um para Agapornis até um para caturras, o importante é que tenha um pau para o macho poder ficar a entrada do ninho e chamar a fêmea para entrar , ao mesmo tempo o macho começa a alimentar a fêmea, e assim que esta começa a entrar no ninho e a escavar o material (como material eu costumo usar uma camada de aparas de madeira) de modo a formar uma concavidade, é sinal que está pronta a começar a postura.

A postura consiste normalmente de 4-6 ovos brancos que são chocados durante 18 a 20 dias, (a fêmea geralmente começa a chocar a partir do segundo ovo). As crias nascem cobertas por penugem branca, sendo alimentadas inicialmente pela fêmea e posteriormente pelo macho, podem surgir problemas nesta fase com as crias a morrerem entre os 6-12 dias muitas das vezes com o papo cheio, se isso acontecer eu adiciono Mycosan® à agua ou à papa, o problema fica geralmente resolvido, se não dispuserem de Mycosan® podem experimentar um antibiótico de cria, ou mesmo um antibiótico de largo espectro.

As crias crescem depressa e saiem do ninho muito cedo, às vezes ainda não são capazes de voar quando saiem do ninho o que, no Inverno, é complicado, o melhor é pegar na cria e pô-la em cima do ninho, no dia seguinte ela já deve voar, a independência é rápida mas é também o período mais critico, e onde pode haver mais mortalidade das crias, deve-se ter especial cuidado com a higiene nesta fase, a fêmea entretanto começa com a segunda postura, o que não é aconselhável porque as crias podem atrapalhar os pais e impedir a cópula. O melhor sistema é retirar o ninho assim que as crias saiem e voltar a colocá-lo quando as crias forem separadas dos pais.

Existem várias mutações sendo as mais conhecidas o "Fallow" (amarelo) e o "Opalino" (rosa) estas podem ser combinadas no "Opalino Fallow" que geralmente é conhecido como "Pink" nos países de língua inglesa por oposição ao Opalino que nos chamamos "Rosa" e eles "Rose".

Opalino: Normalmente conhecido como rosa, esta mutação provoca perda de melaninas ao mesmo tempo que aumenta os lipocromos, a mutação provoca um efeito variável de indivíduo para indivíduo, sendo alguns de um rosa muito forte enquanto outros são mais pálidos de um rosa muito claro, isto é típico das mutações opalinas, e verifica-se o mesmo nos Periquitos ondulados opalinos e nas Roselas Omnicolor opalinas. Nalgumas linhas os machos podem apresentar azul na cabeça e noutras não, uma vez que se torna difícil distinguir o sexo nas linhas em que o macho não apresenta azul, é aconselhável tentar arranjar aves das linhas "azuis", estas variações não são causadas por mutações propriamente ditas mas por variações da expressão de uma mutação principal (neste caso a opalina), causadas por genes secundários que influenciam o funcionamento da principal. Esta mutação é recessiva ligada ao sexo, o que quer dizer que a mutação se encontra num gene do cromossoma X (ou Z).

Fallow: Mutação recessiva caracterizada por uma diluição das melaninas, alelo do ino não ligado ao sexo, existe portanto uma forma intermédia muito clara.

Lutino: Ino ligado ao sexo, a ave não apresenta melaninas, ficando portanto amarela e rosa, combinado com o Opalino dá o Opalino Ino, mais conhecido por Rubino, este é uma ave espectacular com um rosa mais forte e um amarelo intenso.

Existem várias outras mutações que ainda não estão disponíveis em Portugal ou que não são facilmente distinguíveis das outras ...
 
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GF Ouro
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Muito útil á malta que cria deste tipo de aves ,faz falta sim senhor ,bons post :espi28::espi28:
 
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billshcot

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já juntei os meus dois tópicos/post´s, e editei o título
 
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