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Conhece os seus valores?
Há valores de determinações analíticas que importa conhecer porque são indicadores do seu estado de saúde. É o caso da pressão arterial, da glicemia, do colesterol, entre outros, que devem ser medidos com regularidade. Pode fazê-lo na sua farmácia, com a vantagem acrescida do aconselhamento farmacêutico.
São habitualmente designados como “parâmetros clínicos” porque constituem indicadores do nosso estado de saúde. Conhecê-los é essencial para tomar decisões adequadas que levem à manutenção do estado de saúde ou à sua melhoria: se esses valores estiverem dentro do normal é importante sabê-lo para manter um estilo de vida que contribua para que assim continuem; se estiverem acima dos limites considerados saudáveis é igualmente indispensável conhecê-los para que se tomem as necessárias medidas de correcção.
Num caso e noutro é preciso medi-los com regularidade. Mas de que valores falamos? Da pressão arterial, do colesterol e dos triglicerídeos, da glicemia, do peso, do índice de massa corporal e do perímetro abdominal. Estes são indicadores importantes para avaliar, entre outras coisas, o risco de doença cardiovascular.
Pressão arterial
Conhecer os valores de pressão arterial é uma ferramenta valiosa na prevenção e no tratamento da hipertensão, um dos principais factores de risco da doença cardiovascular.
A pressão arterial, vulgarmente conhecida como “tensão”, envolve dois valores: um que diz respeito à pressão que o sangue exerce sobre os vasos sanguíneos quando o coração se contrai, e que é conhecido como valor máximo (pressão sistólica), e outro que diz respeito à fase de repouso do coração e que é conhecido como valor mínimo (pressão diastólica). São considerados valores ideais menos de 120 mmHg (milímetros de mercúrio) para a máxima e menos de 80 mmHg para a mínima, embora estes valores sejam avaliados pelo médico “à luz” de cada caso particular.
Com frequência apenas um dos valores se encontra alterado: quando o valor máximo é ultrapassado fala- se em hipertensão arterial sistólica e quando o valor mínimo está muito elevado fala-se em hipertensão arterial diastólica. A medição regular é indispensável para poder actuar em caso de hipertensão.
Colesterol e triglicerídeos
O colesterol e os triglicerídeos constituem as duas principais gorduras – lípidos – do sangue. Quando em excesso, podem abrir caminho à formação de placas de gordura nas paredes das artérias - aterosclerose, o que constitui outro factor de risco cardiovascular.
Em relação ao colesterol, são três os valores a conhecer: colesterol HDL (conhecido como “bom”), colesterol LDL (vulgarmente o “mau” colesterol) e Colesterol Total. Porque é que um é “bom” e outro é “mau”? O colesterol LDL é considerado “mau” por ser constituído por proteínas de baixa densidade que são responsáveis por conduzirem o colesterol do fígado até às células, favorecendo a deposição de gordura nos vasos. O HDL é considerado “bom” por ser formado por proteínas de alta densidade que fazem o inverso, isto é, transportam o excesso de colesterol dos tecidos para o fígado que vai excretá-lo nos intestinos, impedindo desta forma que se acumule nas artérias. Quanto ao Colesterol Total, abrange o HDL e o LDL.
Também aqui há valores considera dos saudáveis: o colesterol total deverá situar-se abaixo dos 190 mg/dl de sangue, o LDL deverá manter-se inferior a 100 mg/dl, o HDL acima de 40mg/dl para o homem e dos 46 mg/dl para a mulher, enquanto os triglicerídeos não deverão exceder os 150 mg/dl.
O perfil lipídico envolve o conhecimento de todos estes valores, constituindo um indicador importante do estado de saúde cardiovascular.
Glicemia
A glicemia é a concentração de glucose (açúcar) no sangue e constitui um parâmetro clínico essencial na detecção, prevenção e tratamento da diabetes. Fala-se em hiperglicemia quando os valores estão acima dos 126 mg/dl em jejum ou acima dos 200 mg/dl em qualquer ocasião.
Não basta, no entanto, uma medição para que se possa falar em hiperglicemia, pois o excesso de açúcar no sangue pode ser circunstancial. No entanto, perante um valor elevado é preciso repetir a medição: só assim será possível actuar caso haja um padrão de glicemia elevada. No caso de uma pessoa sem diagnóstico de diabetes, é importante repetir a medição de modo a poder identificar e tratar a doença precocemente; no caso de uma pessoa diabética é igualmente importante, pois permite adequar o tratamento e as medidas relacionadas com o estilo de vida conducentes a uma normalização da glicose no sangue e um melhor controlo da doença.
Peso, IMC e perímetro abdominal
O peso, o índice de massa corporal (IMC ) e o perímetro abdominal são três indicadores indispensáveis para identificar e tratar adequadamente o excesso de peso e a obesidade, que constituem um verdadeiro problema de saúde pública. O peso é o valor mais conhecido, medindo-se em quilos. Já o IMC (Índice de Massa Corporal) relaciona o peso com a altura e traduz-se num quociente (divisão) entre o peso em quilos e o quadrado da altura em metros.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, um IMC saudável corresponde ao intervalo entre 18,5 e 24,9 kg/m2. Considera-se excesso de peso acima de 25 kg/m2e obesidade acima de 30kg/m2, havendo aqui vários graus.
Quanto ao perímetro abdominal, mede-se à volta da cintura em centímetros: o “normal” é até 80 cm na mulher e 94 no homem, considerando-se excesso de peso quando estes valores são ultrapassados, sendo já considerada obesidade se estes valores são superiores a 88 para a mulher e 102 cm para o homem.
Também aqui o conhecimento é essencial para actuar o mais cedo possível, adoptando as medidas necessárias à correcção destes valores.
Na farmácia
Todos estes parâmetros clínicos podem ser medidos na farmácia, com a ajuda do farmacêutico que, perante os valores encontrados, poderá aconselhar as medidas mais adequadas para os manter dentro dos limites saudáveis ou, se necessário, corrigir. Seja como for, é sempre a saúde que sai a ganhar.
Fonte: FARMÁCIA SAÚDE - ANF
Há valores de determinações analíticas que importa conhecer porque são indicadores do seu estado de saúde. É o caso da pressão arterial, da glicemia, do colesterol, entre outros, que devem ser medidos com regularidade. Pode fazê-lo na sua farmácia, com a vantagem acrescida do aconselhamento farmacêutico.
São habitualmente designados como “parâmetros clínicos” porque constituem indicadores do nosso estado de saúde. Conhecê-los é essencial para tomar decisões adequadas que levem à manutenção do estado de saúde ou à sua melhoria: se esses valores estiverem dentro do normal é importante sabê-lo para manter um estilo de vida que contribua para que assim continuem; se estiverem acima dos limites considerados saudáveis é igualmente indispensável conhecê-los para que se tomem as necessárias medidas de correcção.
Num caso e noutro é preciso medi-los com regularidade. Mas de que valores falamos? Da pressão arterial, do colesterol e dos triglicerídeos, da glicemia, do peso, do índice de massa corporal e do perímetro abdominal. Estes são indicadores importantes para avaliar, entre outras coisas, o risco de doença cardiovascular.
Pressão arterial
Conhecer os valores de pressão arterial é uma ferramenta valiosa na prevenção e no tratamento da hipertensão, um dos principais factores de risco da doença cardiovascular.
A pressão arterial, vulgarmente conhecida como “tensão”, envolve dois valores: um que diz respeito à pressão que o sangue exerce sobre os vasos sanguíneos quando o coração se contrai, e que é conhecido como valor máximo (pressão sistólica), e outro que diz respeito à fase de repouso do coração e que é conhecido como valor mínimo (pressão diastólica). São considerados valores ideais menos de 120 mmHg (milímetros de mercúrio) para a máxima e menos de 80 mmHg para a mínima, embora estes valores sejam avaliados pelo médico “à luz” de cada caso particular.
Com frequência apenas um dos valores se encontra alterado: quando o valor máximo é ultrapassado fala- se em hipertensão arterial sistólica e quando o valor mínimo está muito elevado fala-se em hipertensão arterial diastólica. A medição regular é indispensável para poder actuar em caso de hipertensão.
Colesterol e triglicerídeos
O colesterol e os triglicerídeos constituem as duas principais gorduras – lípidos – do sangue. Quando em excesso, podem abrir caminho à formação de placas de gordura nas paredes das artérias - aterosclerose, o que constitui outro factor de risco cardiovascular.
Em relação ao colesterol, são três os valores a conhecer: colesterol HDL (conhecido como “bom”), colesterol LDL (vulgarmente o “mau” colesterol) e Colesterol Total. Porque é que um é “bom” e outro é “mau”? O colesterol LDL é considerado “mau” por ser constituído por proteínas de baixa densidade que são responsáveis por conduzirem o colesterol do fígado até às células, favorecendo a deposição de gordura nos vasos. O HDL é considerado “bom” por ser formado por proteínas de alta densidade que fazem o inverso, isto é, transportam o excesso de colesterol dos tecidos para o fígado que vai excretá-lo nos intestinos, impedindo desta forma que se acumule nas artérias. Quanto ao Colesterol Total, abrange o HDL e o LDL.
Também aqui há valores considera dos saudáveis: o colesterol total deverá situar-se abaixo dos 190 mg/dl de sangue, o LDL deverá manter-se inferior a 100 mg/dl, o HDL acima de 40mg/dl para o homem e dos 46 mg/dl para a mulher, enquanto os triglicerídeos não deverão exceder os 150 mg/dl.
O perfil lipídico envolve o conhecimento de todos estes valores, constituindo um indicador importante do estado de saúde cardiovascular.
Glicemia
A glicemia é a concentração de glucose (açúcar) no sangue e constitui um parâmetro clínico essencial na detecção, prevenção e tratamento da diabetes. Fala-se em hiperglicemia quando os valores estão acima dos 126 mg/dl em jejum ou acima dos 200 mg/dl em qualquer ocasião.
Não basta, no entanto, uma medição para que se possa falar em hiperglicemia, pois o excesso de açúcar no sangue pode ser circunstancial. No entanto, perante um valor elevado é preciso repetir a medição: só assim será possível actuar caso haja um padrão de glicemia elevada. No caso de uma pessoa sem diagnóstico de diabetes, é importante repetir a medição de modo a poder identificar e tratar a doença precocemente; no caso de uma pessoa diabética é igualmente importante, pois permite adequar o tratamento e as medidas relacionadas com o estilo de vida conducentes a uma normalização da glicose no sangue e um melhor controlo da doença.
Peso, IMC e perímetro abdominal
O peso, o índice de massa corporal (IMC ) e o perímetro abdominal são três indicadores indispensáveis para identificar e tratar adequadamente o excesso de peso e a obesidade, que constituem um verdadeiro problema de saúde pública. O peso é o valor mais conhecido, medindo-se em quilos. Já o IMC (Índice de Massa Corporal) relaciona o peso com a altura e traduz-se num quociente (divisão) entre o peso em quilos e o quadrado da altura em metros.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, um IMC saudável corresponde ao intervalo entre 18,5 e 24,9 kg/m2. Considera-se excesso de peso acima de 25 kg/m2e obesidade acima de 30kg/m2, havendo aqui vários graus.
Quanto ao perímetro abdominal, mede-se à volta da cintura em centímetros: o “normal” é até 80 cm na mulher e 94 no homem, considerando-se excesso de peso quando estes valores são ultrapassados, sendo já considerada obesidade se estes valores são superiores a 88 para a mulher e 102 cm para o homem.
Também aqui o conhecimento é essencial para actuar o mais cedo possível, adoptando as medidas necessárias à correcção destes valores.
Na farmácia
Todos estes parâmetros clínicos podem ser medidos na farmácia, com a ajuda do farmacêutico que, perante os valores encontrados, poderá aconselhar as medidas mais adequadas para os manter dentro dos limites saudáveis ou, se necessário, corrigir. Seja como for, é sempre a saúde que sai a ganhar.
Fonte: FARMÁCIA SAÚDE - ANF