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Estudo do Risco Sismico e de Tsunamis do Algarve

Satpa

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Estudo do Risco Sismico e de Tsunamis do Algarve

Apresentação

Os registos históricos demonstram que a região do Algarve é a que, ao longo dos tempos, tem registado maiores intensidades sísmicas em Portugal Continental, sendo esta uma região de características particulares, pois além da grande concentração urbana junto ao litoral, recebe sazonalmente um intenso fluxo populacional, nacional e internacional.

O último grande sismo no continente português ocorreu em 28 de Fevereiro de 1969. Embora não se tivessem registado intensidades muito elevadas, foi suficiente para causar danos materiais importantes na região do Algarve.

Na eventualidade de ocorrer um evento semelhante é convicção da comunidade científica e dos agentes de protecção civil que nesta área poderão verificar-se danos muito elevados na estrutura urbana e baixas significativas na população. Particularmente, se um grande sismo ocorrer durante um período de grande concentração demográfica, como o mês de Agosto, a gestão da situação de emergência torna-se particularmente difícil.

É pois importante que a população que a população aprenda a conviver com o risco e saiba como actuar individualmente, quando confrontada com uma situação real. Contudo, este trabalho de sensibilização que a protecção civil tem de conduzir, só será eficaz se a população “sentir” que o sistema de protecção civil também está preparado para a proteger.

O Estudo do Risco Sísmico e de Tsunamis do Algarve (ERSTA) possibilitou o conhecimento aprofundado do risco sísmico e de tsunamis na região com vista ao desenvolvimento de um plano especial de emergência detalhado para estes riscos e, ainda, o desenvolvimento de políticas de prevenção e protecções adequadas para o Algarve.

Com a conclusão deste Estudo, todos os resultados técnico-científicos, que cobrem uma vasta gama de temas, desde a geração de sismos credíveis à estimativa dos danos dos elementos vulneráveis da sociedade, foram implementados num simulador, que permite estimar e visualizar as previsões de danos, devidamente georreferenciadas.

tsunami_algarve.png

Zonas inundadas pelo Tsunami (Pormenor de Quarteira e Vilamoura)​

Enquadramento

O ERSTA abrange 16 concelhos do Distrito de Faro, nomeadamente: Albufeira; Alcoutim; Aljezur; Castro Marim; Faro; Lagoa; Lagos; Loulé; Monchique; Olhão; Portimão; São Brás de Alportel; Silves; Tavira; Vila do Bispo; Vila Real de Santo António.

O Distrito é limitado a norte com o Distrito de Beja, a leste com a Espanha, e a sul e a oeste com o Oceano Atlântico. Tem uma área de 4960 km². A população residente (censos 2001) é de 395 208.

sismos2.jpg

Objectivo

Os sismos são fenómenos bem conhecidos em Portugal, tanto no Continente como na Região Autónoma dos Açores. Contudo, enquanto nos Açores os sismos se verificam com frequência, geralmente com moderada intensidade, e onde existe grande consciência para o problema, no Continente, a actividade sísmica caracteriza-se por episódios intensos, de grande impacto, separados por longos períodos de ausência.

O problema sísmico no contexto da Europa Comunitária assume, hoje em dia, uma envolvente mais significativa, uma vez que os seus efeitos terão de ser partilhados no seio da comunidade, carecendo de um tratamento político mais global, quer a nível dos programas de investigação, quer ao nível das acções conjuntas de planeamento e de emergência ou de reforço das edificações.

A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) ciente dos efeitos que um sismo moderado ou de maior intensidade possa provocar na sociedade portuguesa, tem promovido o desenvolvimento de trabalhos com as entidades técnico-científicas sobre esta matéria.

Durante dois anos, a ANPC coordenou a elaboração de um Estudo do Risco Sísmico e de Tsunamis no Algarve (ERSTA).

O ERSTA teve como principais objectivos:

Estudar aprofundadamente o risco sísmico da região abrangida e as vulnerabilidades associadas;

Implementar em Sistemas de Informação Geográfica (SIG) no simulador de ocorrência de sismos e danos associados que permita: desenvolver acções de planeamento de emergência para situações de catástrofe; realizar exercícios e promover acções de formação de agentes do sistema de protecção civil;

Adquirir maior conhecimento sobre as vulnerabilidades existentes na região, no sentido de sensibilizar as entidades competentes para desenvolverem acções que conduzam à sua redução.

sismos3.jpg

Temas

Para se poderem alcançar os objectivos referidos, foi necessário considerar várias componentes a desenvolver durante o ERSTA, antes de se proceder à elaboração de um plano de emergência que permita a optimização do socorro na região. Assim, os temas a estudar foram:

RISCO SÍSMICO E DE TSUNAMI NO ALGARVE

· Sismotectónica do Algarve

· Padrão de tensão tectónica na margem algarvia

· Teste de modelos numéricos de tsunamis

· Zonação da vulnerabilidade do litoral a tsunamis

· Cartografia de inundação provocada pelo sismo de 1755

· Perigosidade de tsunami

· Vulnerabilidade geotectónica a sismos

· Vulnerabilidade e instabilidade de arribas litorais

· Projecto-piloto de avaliação multi-risco

CATÁLOGO SÍSMICO

DEFINIÇÃO DE CENÁRIOS E CARACTERIZAÇÃO DA ENERGIA SÍSMICA

· Definição com base probabilística de cenários sísmicos

para o planeamento de emergência

· Caracterização da propagação da energia sísmica em rocha,

desde a fonte até ao local

· Efeitos de sítio – caracterização geotécnica

· Efeitos de sítio – (Fichas de caracterização geotécnica)

ELEMENTOS VULNERÁVEIS (Identificação, Caracterização e Danos)

· Parque edificado habitacional

· Pontos vitais

· Parque hoteleiro

IMPLEMENTAÇÃO DO SIMULADOR

Entidades Co-gestoras

Com a finalidade de dar cumprimento ao objectivo fundamental da protecção civil de prevenção dos riscos colectivos resultantes de acidentes graves e catástrofes, foi celebrado no âmbito do Estudo do Risco Sísmico e de Tsunamis do Algarve, no dia 1 de Março de 2006, no Algarve, “Protocolo de Cooperação e Gestão”.

Entidade Coordenadora

· Autoridade Nacional de Protecção Civil - ANPC

Entidades Co-gestoras

· Universidade do Algarve – ULAG;

· Associação Municípios do Algarve – AMAL;

· Comissão Coordenação e Desenvolvimento Regional do

Algarve – CCDR Alg.


Entidades Apoio-técnico

Com a finalidade de dar forma ao cumprimento do objectivo da protecção civil, e tendo também como âmbito o processo de elaboração do Estudo do Risco Sísmico e de Tsunamis do Algarve, foi celebrado no dia 1 de Março de 2006, no Algarve, protocolo que visou definir o enquadramento, o empenhamento e a organização dos aspectos de natureza técnica, designado “Protocolo de Apoio Técnico”.

Entidades de Acompanhamento

· Instituto de Meteorologia – IM

· Rede Ferroviária Nacional – REFER EP

· EP – Estradas de Portugal, E.P.E.

· ANA – Aeroportos de Portugal, SA

· Direcção-Geral da Autoridade Marítima – DGAM


Entidades Tec. científicas

Iniciado em Janeiro de 2007 e com duração de dois anos, sob a coordenação da Autoridade Nacional de Protecção Civil, foram assinados protocolos com 9 entidades técnico-científicas distribuídas pelas diferentes áreas de actividade, com o objectivo de se concretizarem as várias componentes do Estudo do Risco Sísmico e de Tsunamis do Algarve (ERSTA).

Entidades Técnico-científicas

· Universidade do Algarve (UALG) – “Protocolo específico sobre caracterização geotécnica e estudo de Vulnerabilidade a Tsunamis para o ERSTA”.

· Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) – “Protocolo sobre caracterização e estudo de vulnerabilidades para o ERSTA”.

· Instituto Superior Técnico (ICIST / IST) – “Protocolo sobre caracterização e estudo de vulnerabilidades das redes de infraestruturas para o ERSTA”.

· Instituto de Ciências da Terra e do Espaço (ICTE) – “Protocolo sobre vulnerabilidade e instabilidade de arribas litorais, perigosidade de tsunamis e projecto-piloto de avaliação multi-risco para o ERSTA”.

· Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) – “Protocolo sobre cartografia de inundação do sismo de 1755 para o ERSTA”.

· Escola Superior de Tecnologia da Universidade do Algarve (EST / UALG) – “Protocolo sobre Efeitos de Sítio para o ERSTA”.

· Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI) – “Protocolo sobre sismotectónica do Algarve para o ERSTA”.

· Centro de Estudos Geográficos (CEG / UL) – “Protocolo sobre caracterização e estudo de vulnerabilidades humanas e orientações para o ordenamento do território para ao ERSTA”.

· Instituto de Meteorologia (IM) – “Protocolo sobre caracterização sismológica para o ERSTA”.

Simulador

Todos os dados recolhidos e produzidos no âmbito do Estudo do Risco Sísmico e de Tsunamis do Algarve (ERSTA) estão organizados sob a forma de um SIG para permitir a modelação do risco sísmico, o que possibilita estimar e visualizar as previsões de danos, devidamente geo-referenciadas, para uma melhor e mais eficaz gestão da emergência.

Este Simulador permite a simulação de cenários sísmicos credíveis sendo por isso, de extrema utilidade para o apoio à prevenção e ao planeamento da intervenção e apoio ao desenvolvimento de um plano especial de emergência detalhado para os riscos sísmico e de tsunami no Algarve.


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newpine

GF Ouro
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Set 23, 2006
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Apesar de todos estes estudos Satpa ,

não vou mais de férias para aquela zona ...

Está tudo bem estudado , mas o pior , é adivinhar quando esses cataclismos aparecem.

Eu não , nem gosto do Algarve , apesar de estimar os algarvios , e toda a gente desse local .
 

Bigbeka

GF Bronze
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Apesar de todos estes estudos Satpa ,

não vou mais de férias para aquela zona ...

Está tudo bem estudado , mas o pior , é adivinhar quando esses cataclismos aparecem.

Eu não , nem gosto do Algarve , apesar de estimar os algarvios , e toda a gente desse local .

Deixa estar...não gostas, não gostas.
Come só, pelo menos, o arroz e as batatas !
 
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