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Missão de estudo do impacto de asteróides

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Missão de estudo do impacto de asteróides já tem alvo definido

Projecto interceptará o Didymos na altura da maior aproximação

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Missão AIDA enviará duas naves pequenas para interceptar um alvo duplo

A missão proposta pela Agência Espacial Europeia (ESA), Asteroid Impact and Deflection Assessment (AIDA), tem agora um novo alvo: o asteróide Didymos. A recente passagem do meteorito russo e, no mesmo dia, o encontro imediato do nosso planeta com um pedaço ainda maior de detritos espaciais realça a necessidade de se aprender mais sobre estes objectos espaciais de alta velocidade.

Nos últimos dois anos, a ESA tem trabalhado com parceiros internacionais no desenvolvimento da missão, chamada AIDA. Na última semana, os centros de investigação de cada lado do Atlântico concordaram que a nave teria como alvo o Didymos – um ‘binário’, com dois asteróides a rodar em conjunto – um tem cerca de 800 metros de diâmetro, o outro cerca de 150. Actualmente em estudo, a missão interceptará o asteróide na altura da sua maior aproximação, ficando a cerca de 11 milhões de quilómetros da Terra, em 2022.

O projecto AIDA consiste num esforço internacional de baixo orçamento que enviará, caso seja aprovado, duas naves pequenas para interceptar um alvo duplo. Enquanto uma se destrói contra um asteróide a 6.25 quilómetros por segundo, a outra grava o que se está a passar.

Um efeito seria uma alteração no ballet orbital dos dois objectos. O objectivo do projecto não será mostrar como podemos desviar um asteróide que ameace a Terra, mas seria um primeiro passo.

As naves serão concebidas para trabalhar de forma independente e poderão atingir a maior parte dos seus objectivos sozinhos. O objecto de colisão é o Double Asteroid Redirection Test (DART), do Laboratório de Física Aplicada do Johns Hopkins, nos Estados Unidos. O equipamento da ESA, Asteroid Impact Monitor, ou AIM, iria analisar o Didymos em detalhe, antes e depois da colisão.

O Didymos não representa qualquer risco para o nosso planeta, mas aproximar-se-á o suficiente para ser visível por telescópios de um a dois metros de diâmetro na Terra, antes e depois do ataque. A visão aproximada do AIM iria fornecer grande realismo, observando a dinâmica do impacto bem como a cratera resultante, permitindo observações em terra e a validação de modelos.

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Didymos é um ‘binário’, com dois asteróides a rodar em conjunto​

ESA aceita propostas

No início deste mês, a ESA pediu aos cientistas que propusessem experiências que poderiam ser levadas na missão ou feitas em terra, para aumentar o seu retorno. “O AIDA não é só uma missão a um asteróide, também se destina a ser uma plataforma de pesquisa aberta a todos os tipos de utilizadores da missão,” diz Andrés Gálvez, do grupo de estudos da ESA.

“O projecto tem valor em muitas áreas”, concorda Andy Cheng, o responsável pelo AIDA no Laboratório de Física Aplicada no Johns Hopkins’, “das ciências aplicadas e exploração à utilização de recursos dos asteróides.”

Os investigadores têm até ao dia 15 de Março para exprimir o seu interesse. As ideias para experiências podem ser qualquer coisa que esteja relacionada com impactos a hipervelocidade, ciências planetárias, defesa planetária, exploração humana ou inovação em operações espaciais.

A energia libertada no impacto do AIDA, a vários quilómetros por segundo é semelhante à de um grande pedaço de lixo espacial a atingir um satélite. A missão poderia então ajudar a modelar danos severos nas naves causados pelo lixo espacial.


Fonte:Ciência Hoje
 
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