Invadiu o campo e sentou-se na marca de grande penalidade

Protesto durou 15 minutos




Um penálti lançou a confusão à beira do fim (88 m) do São Vicente-Novorizontino, da Série A3 do Campeonato Paulista (Brasil). Enquanto jogadores e técnicos do São Vicente rodeavam o árbitro, que, entre pontapés, insultos e ameaças de morte, expulsou os futebolistas Elias e Bruno, o dirigente Marcos Martiniano foi mais original no protesto: sentou-se na marca de penálti!

Marcos Martiniano conseguiu impedir a marcação da grande penalidade durante 15 minutos, até ser persuadido a deixar o relvado pelo presidente e pela polícia.

"Naquele momento fiquei cego. Foi uma forma de protestar e mostrar a minha indignação com o que a arbitragem tem feito ao São Vicente. A minha intenção era não permitir que o penálti fosse batido, mas o presidente lembrou-me que uma multa seria algo catastrófico para nós, que já temos salários em atraso", disse Martiniano.

E os incidentes podem agravar os problemas financeiros do São Vicente e saírem caro ao dirigente e aos jogadores expulsos. O caso será julgado segunda-feira, em São Paulo, e o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBFD) admite sanções pesadas.

Martiniano pode ficar um ano suspenso, enquanto Elias, o jogador acusado de pontapear o árbitro Marcelo Vicente, pode apanhar até 12 jogos de castigo. Já Bruno Sacamoni, expulso por insultar e ameaçar o juiz - "Quero ver se vocé vai sair vivo do estádio. Seu safado, seu filho da p..." -, arrisca até seis jogos de suspensão e multa até 100 mil reais (39 mil euros). É este o valor máximo da multa que pode ser aplicada a São Vicente, reincidente na contestação às arbitragens, apesar de jogar sem público nas bancadas - os bombeiros chumbaram, por questões de segurança, o Estádio Mansuetto Pierotti. Ah, o penálti foi convertido, por Gabriel, e o Novorizontino ganhou 2-1.







JN