Catroga aconselha Governo a não se meter no salário mínimo

O ex-ministro das Finanças, Eduardo Catroga, defende que o Governo não se deve intrometer na discussão sobre o salário mínimo nacional mostrando-se favorável a uma redução.
Em declarações hoje à Rádio Renascença, o antigo ministro defende que este é um assunto da esfera da política salarial das empresas privadas e aconselha o Governo a não se meter.
“As empresas que podem pagar mais que o salário mínimo nacional pagam e devem continuar a pagar. O Estado não deve imiscuir-se nas discussões de política salarial das empresas. As empresas que pode pagar, pagam, as que não podem pagar, não pagam. Agora admitir que o Estado tem que dar diretivas às empresas, isso é uma visão ultrapassada”, apontou o gestor.
Questionado sobre a possibilidade da redução do salário mínimo nacional estar a ser negociada com a “troika”, Eduardo Catroga, que representou o PSD nas negociações do memorando de entendimento, respondeu que não acredita que “a ‘troika’ se meta nisso”, já que o assunto “é da esfera essencialmente empresarial”.
“Que a ‘troika’ se meta na política salarial da função pública, eu percebo, na medida em que está a financiar um Estado falido”, disse o gestor.

A este respeito, Eduardo Catroga considera que só numa situação muito extrema se pode pensar numa descida de salários e de pensões da função pública, defendendo como mais acertado o congelamento.

“A opção de congelar salários, num quadro destes, parece-me uma opção perfeitamente defensável”, argumentou .
“É necessário racionalizar estruturas, cortar ineficiências e não tocar nos salários e nas pensões. Só numa situação muito extrema é que se pode admitir que o Estado sequer pondere essa variável”, acrescentou o antigo ministro.








dinheiro vivo

Pois...é que o povo está a ficar cansado e pode haver outra revolução.