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Modelo de polícia deve ser repensado

billshcot

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Nov 10, 2010
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Direção nacional da PSP e Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna debatem modelo de organização das polícias face à situação financeira do país.

Oficiais da PSP consideraram esta quinta-feira que o atual modelo de organização das polícias em Portugal deve ser repensado, tendo em conta a atual situação financeira do país, mas as mudanças não devem prejudicar a Polícia.

A direção nacional da PSP e o Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna (ISCPSI) organizam hoje e na sexta-feira o seminário ‘Desafios da segurança em Portugal’, na qual académicos do ISCPSI e oficiais da PSP debatem o modelo de organização das polícias.
"O modelo dual (duas polícias) está esgotado face à realidade portuguesa e europeia. É preciso mudar de paradigma", disse no seminário o subintendente Manuel Guedes Valente, diretor do Centro de Investigação e de Professor do ISCPSI.

Por sua vez, o superintendente José de Oliveira, diretor nacional-adjunto da PSP para área dos recursos humanos, falou sobre os custos da segurança em Portugal, avançando que Portugal gasta anualmente um por cento do Produto Interno Bruto (PIB) com as forças e serviços de segurança, enquanto, na França e Espanha, esse custo se situa entre os 0,8 e 0,6 por cento, respetivamente.

"Os problemas dos baixos salários e das faltas de condições na Polícia não estão relacionados com a falta de investimento, mas sim como a forma como Portugal está organizado em termos de segurança pública", salientou.
Nesse sentido, defendeu que é importante "a definição de uma política pública de segurança sistémica que a médio e curto prazo se procure a eficiência e a equidade".

Também o presidente do Sindicato dos Oficiais de Polícia (SOP/PSP), Helder Andrade, considerou que o atual modelo de polícias é "oneroso", considerando necessário estudá-lo e repensá-lo.
Helder Andrade destacou também o estudo que o sindicato entregou recentemente ao ministro da Administração Interna o qual demonstra que a fusão da PSP, GNR e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) numa polícia nacional civilista resultaria numa redução de despesa da ordem dos 624 milhões de euros, no final do sexto ano de execução.

Também presente no seminário, o secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, Antero Luís, considerou que se deve aproveitar o atual momento de crise em Portugal para refletir sobre o modelo de segurança e defesa, sublinhando que o "desafio é imenso".
Antero Luís disse ainda que a articulação entre as Forças Armadas e as forças de segurança "merece uma reflexão", existindo "uma potencialidade grande".
Como exemplo, referiu que os militares têm meios que os polícias podem utilizar.

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