billshcot
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A decisão do governo do Chipre de taxar até 10% os depósitos pode levar à fuga de capitais também nos países periféricos, como Portugal e Espanha. O alerta é deixado pela agência de notação financeira Moody’s, que avisa ainda para o perigo de nova descida no rating dos bancos.
"Mesmo que os riscos neste caso sejam de alguma forma limitados pelo facto de os problemas do sistema bancário – exposição à economia grega e mercado imobiliário nacional – serem claramente restritos ao Chipre, a decisão de impor perdas aos depositantes sinaliza a disposição dos decisores europeus de causar disfunções mais vastas no mercado financeiro para impor outras decisões políticas", sublinha a Moody’s numa nota divulgada. A agência vai ainda mais longe e afirma mesmo que "esta decisão é significativa e poderá ter implicações negativas para os racionais que suportam os ratings [avaliações] dos bancos na Europa".
Os economistas tentam desvalorizar o impacto da medida em Portugal e acalmar os aforradores. Silva Lopes, ex-governador do Banco de Portugal, afasta para já o risco de contágio, até porque "o nosso sistema bancário é muito diferente [do do Chipre]", que funcionava como uma espécie de paraíso fiscal.
Também António Júlio Almeida, líder da associação dos consumidores de produtos financeiros (SEFIN), critica o imposto e acalma os investidores. "Espero que as pessoas se mantenham tranquilas e que mantenham a confiança na Banca portuguesa."
Já Mira Amaral, líder do BIC Portugal, lembra que "não há margem para aplicar a taxa em Portugal" depois do atual agravamento de impostos.
João Sousa, analista financeiro da Deco Proteste, tem opinião idêntica: "É uma medida sem precedentes e inesperada, mas achamos que não irá ser aplicada aos restantes países do euro e, como tal, a Portugal."
cm
"Mesmo que os riscos neste caso sejam de alguma forma limitados pelo facto de os problemas do sistema bancário – exposição à economia grega e mercado imobiliário nacional – serem claramente restritos ao Chipre, a decisão de impor perdas aos depositantes sinaliza a disposição dos decisores europeus de causar disfunções mais vastas no mercado financeiro para impor outras decisões políticas", sublinha a Moody’s numa nota divulgada. A agência vai ainda mais longe e afirma mesmo que "esta decisão é significativa e poderá ter implicações negativas para os racionais que suportam os ratings [avaliações] dos bancos na Europa".
Os economistas tentam desvalorizar o impacto da medida em Portugal e acalmar os aforradores. Silva Lopes, ex-governador do Banco de Portugal, afasta para já o risco de contágio, até porque "o nosso sistema bancário é muito diferente [do do Chipre]", que funcionava como uma espécie de paraíso fiscal.
Também António Júlio Almeida, líder da associação dos consumidores de produtos financeiros (SEFIN), critica o imposto e acalma os investidores. "Espero que as pessoas se mantenham tranquilas e que mantenham a confiança na Banca portuguesa."
Já Mira Amaral, líder do BIC Portugal, lembra que "não há margem para aplicar a taxa em Portugal" depois do atual agravamento de impostos.
João Sousa, analista financeiro da Deco Proteste, tem opinião idêntica: "É uma medida sem precedentes e inesperada, mas achamos que não irá ser aplicada aos restantes países do euro e, como tal, a Portugal."
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