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Flexibilidade laboral pode ser melhorada, diz P

billshcot

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Indústria não considera prioritária a questão dos custos laborais.

A competitividade de Portugal é inferior à de outros países europeus e a flexibilidade laboral ainda pode ser melhorada, avança um estudo da PricewaterhouseCoopers (PWC). "Quando comparamos Portugal com outros países europeus, verificamos que a nossa competitividade é inferior. Conclui-se que o custo do trabalho não é neste momento um factor relevante, mas a flexibilidade laboral pode ainda ser melhorada", refere o estudo "Principais desafios da Indústria em Portugal", que será apresentado hoje no Porto.

De acordo com a PwC, a generalidade das empresas industriais portuguesas não considera prioritária a componente de custos laborais. A mão-de-obra em Portugal é de baixo custo em comparação com a média europeia, o que, "por vezes tem até um efeito negativo para a produtividade uma vez que, sendo o retorno do investimento em tecnologia mais prolongado do que num cenário de custo de mão-de-obra elevado, existe um incentivo menor ao investimento. Um país com mão-de-obra barata é geralmente um país de baixa produtividade", diz o estudo.

E "não é no custo da mão-de-obra que podem ser encontradas as soluções para o problema da produtividade na indústria portuguesa", continua o documento. No entanto, "é necessária uma legislação laboral mais adaptada às necessidades de algumas empresas, nomeadamente as empresas que trabalham por turnos", sublinha a análise da PwC.
Assim, são os custos com energia que ocupam o topo das preocupações das empresas industriais portuguesas. E "as más notícias para o futuro" neste capítulo podem "não só pôr em causa o relançamento da indústria como sector de relevância no país, como também a viabilidade de muitas empresas actuais", alerta a PwC.

A questão logística, o licenciamento e o financiamento são outros pontos de relevo.
A PwC refere que "o acesso ao financiamento a custos razoáveis é neste momento um handicap importante" para o relançamento do investimento, e por isso, a melhoria do 'rating' da "Republica Portuguesa é fundamental, mas é também necessário que as empresas efectuem um esforço adicional na melhoria do seus Capitais Próprios de forma a reduzir a elevada alavancagem existente".

Benefícios fiscais para empresas de bens transaccionáveis

O papel do Estado também é importante e a PwC diz que é urgente a criação de condições para dinamizar o sector da indústria, "tornando os custos operacionais, energéticos e outros, equivalentes aos de países concorrentes" e "reduzindo os custos de contexto ainda existentes, em particular no licenciamento industrial".

Sugere ainda uma melhor coordenação entre entidades públicas, a eliminação de barreiras burocráticas e a "estabilização do sistema fiscal", defendendo aqui "factores de discriminação positiva para as empresas produtoras de bens transaccionáveis". Mas o estudo também aponta para uma melhor intervenção do Estado junto dos mercados de exportação, "quer através da actuação da AICEP, quer através da diplomacia económica exercida pelo Governo, quer ainda pela promoção de um associativismo vocacionada para operar em rede". Por fim, outra das medidas sugeridas passa pela revisão do modelo de ensino técnico e superior "no sentido de garantir que este supra as necessidades da indústria".

A análise conclui que a indústria portuguesa não tem "boa reputação", tanto em termos ambientais como de condições de trabalho, inovação e salários. E isto prejudica a "capacidade de atracção e retenção do talento, o acesso ao financiamento, a capacidade de inovação e a participação em iniciativas políticas".

O estudo avança ainda que são as empresas com 100 a 500 trabalhadores que registam maior índice de exportação e que as PME "apresentam fragilidades na estrutura de capitais, reduzida dimensão e baixa qualificação de recursos humanos".

de
 

Zé Estúlio

GF Bronze
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"A análise conclui que a indústria portuguesa não tem "boa reputação"

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