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Merkel igual a Hitler? Estalou o verniz entre Espanha e Alemanha

kokas

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Set 27, 2006
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As relações entre Espanha e Alemanha, pelo menos na imprensa, já conheceram melhores dias. O verniz estalou este domingo depois de um cronista do El País ter comparado Merkel a Hitler. O jornal retirou a crónica e pediu desculpa. Mas esta não foi a primeira troca de palavras entre jornais. Na sexta-feira, a imprensa alemã já escrevia que os espanhóis eram «mais ricos» que o povo alemão. Espanha não hesitou, e pela voz do El Mundo, respondeu de seguida.

No artigo do jornal alemão Frankfurter Allgemeine, que cita um estudo do Bundesbank, o banco central alemão, afirma-se que as famílias espanholas ou italianas são um terço mais ricas que os alemães, que têm em média um património líquido de 195 mil euros contra os 285 mil euros dos espanhóis. O estudo é do próprio banco alemão e foi realizado tendo em conta a realidade de 3500 famílias, das quais Portugal e Chipre não fazem parte. O artigo diz mesmo que a maioria dos alemães só pode «sonhar» com os valores das famílias espanholas.

A resposta não se fez tardar, e o El Mundo escreveu, em tom de ironia: «Pobres alemães. Devemos resgatá-los?». Os dados do estudo foram encontrados tendo em conta os bens, o dinheiro real e os automóveis, após a dedução de dívidas. Mas para «atacar» o estudo Espanha lembra que outros factores não foram tidos em conta, como por exemplo, o facto da maioria dos bens imobiliários não pertencerem às pessoas, mas sim aos bancos, ou ainda, a sobrevalorização do mercado e o facto de não ser possível vender casas, devido à escassez de crédito. O diário espanhol lembra ainda que estar endividado não é estar rico e que uma família espanhola precisaria de ter 15 filhos e ganhar menos de 35 mil euros, por ano, para ter os mesmos abanos familiares que uma família alemã com apenas dois filhos.

Ainda mal o recado espanhol tinha «aterrado» em Berlim, quando uma nova crítica, desta vez uma comparação, indignou os alemães, que através das redes sociais, nomeadamente, o Twitter, «ripostaram fogo».

Este domingo, o jornal El País, publicou uma crónica do economista espanhol Juan Torres López, professor na Universidade de Sevilha, em que escrevia que «Angela Merkel, tal como Hitler, declarou guerra à Europa, desta vez para garantir o espaço económico vital da Alemanha». A frase caiu que nem uma «bomba» e depois da indignação cibernáutica o El País retirou o artigo de linha e publicou um pedido de desculpas alegando que as declarações são «inadequadas» e que a opinião do artigo a «Alemanha contra a Europa» apenas representa o autor.

Na crónica, o economista diz também que Merkel «castiga-nos para proteger as corporações e os bancos, mas também para esconder do próprio eleitorado o modelo vergonhoso que fez a pobreza, na Alemanha, aumentar para o nível mais alto nos últimos 20 anos, em que 25% dos empregados ganhem menos que 9,15 euros à hora, ou que à metade da sua população corresponda um miserável 1% de toda a riqueza nacional», disse.

O próprio autor reagiu no seu blogue à tomada de decisão do El País, lamentando que o «centro do artigo esteja a ser desviado». Juan Torres López esclarece que não está a comparar as duas pessoas, mas sim «as duas políticas igualmente prejudiciais».



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