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Portugal é um caso de excelência na comunicação de Ciência

billshcot

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Nov 10, 2010
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Portugal é considerado um caso de excelência a nível mundial na comunicação de Ciência em escolas e ao público em geral, também por programas científicos como o Ciência Viva, disse esta terça-feira, em Coimbra, um investigador e cientista polar.

"Portugal é um caso de excelência na comunicação de ciência. Para a dimensão que o país tem, estamos num dos países que tem uma preocupação muito grande em comunicar a ciência que fazemos para o público em geral", disse à agência Lusa José Xavier, investigador da Universidade de Coimbra.

Deu o exemplo do pavilhão do Conhecimento, mas também do programa Ciência Viva, "que tem sido um caso de excelência ao nível europeu".

José Xavier notou, no entanto, que "ainda há muitas coisas a fazer" na área da comunicação.

"Uma das coisas que me parece óbvia é que não temos revistas de ciência. O Ciência Hoje é um ‘website', mas nunca se transformou em revista, e também não temos um programa de televisão de uma maneira regular", frisou.

José Xavier destacou os apoios concedidos pela Fundação para a Ciência e Tecnologia que "investiu muito" nos jovens cientistas para irem para o estrangeiro tirar os seus doutoramentos e pós-doutoramentos.

"E, lá fora, uma das coisas que percebemos é que para sermos melhores cientistas é preciso saber comunicar, não só entre os colegas mas para toda a gente", afirmou.

O Instituto do Mar da Universidade de Coimbra (UC) promove, até quinta-feira, no Museu da Ciência, a conferência internacional "A Educação encontra a Ciência - Trazer a Ciência Polar para as Salas de Aula", que reúne cerca de 40 especialistas em ciência polar oriundos de uma dezena de países.

Portugal, nas regiões polares, possui 15 equipas de investigadores, mais de 50 cientistas portugueses "que estão a estabelecer-se de uma maneira muito forte nos últimos cinco a dez anos", frisou José Xavier.

Sobre a atracção dos cientistas portugueses pela Antárctida, justificou-a com o facto de Portugal não possuir condições idênticas às das regiões polares.

"Quando vamos à Figueira da Foz não vamos encontrar um icebergue nem pinguins. Somos um país não polar totalmente fascinado com regiões polares, que foi exemplo para países africanos, da Ásia e América do Sul", afirmou.

José Xavier apontou ainda que o que acontece na Antárctida ou no Oceano Árctico "pode ter efeitos a nível mundial", seja ao nível das alterações climáticas, do degelo, do eventual desaparecimento de pinguins ou dos ursos polares.

"Um miúdo de seis anos ou o senhor António vão tentar perceber que implicações aquilo que acontece lá tem na costa portuguesa. E nós estamos a trabalhar para sermos melhores comunicadores, para as escolas, para os políticos, para o público em geral", argumentou.

nmt
 
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