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“Mais cedo ou mais tarde Portugal terá de ter um perdão da dívida”

billshcot

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Nov 10, 2010
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Joe Berardo pede menos impostos e defende mais atenção para o povo português, o que deveria passar pela renegociação da dívida pública.

Joe Berardo continua igual a si próprio. Em entrevista ao Económico fala dos seus negócios, da arte, do país e do BCP. Pede novas políticas económicas para o país e não poupa o Governo e, sobretudo, o Presidente da República. Ao longo de mais de uma hora de conversa, mostrou-se mais feliz ao falar da sua colecção e do "seu" Benfica, e enervou-se, sobretudo, ao ser relembrado das guerras com Jardim Gonçalves e das suas dívidas à banca.

Disse em tempos que admitia a hipótese de emigrar. Mantém essa vontade ou já não?

A situação de Portugal é uma situação internacional. Os portugueses têm grande vontade de trabalhar, mas, infelizmente, o que se vê diariamente são novas fábricas a fechar. Os políticos e a ‘troika' não levaram em consideração a necessidade de dar oportunidades às pessoas e aos empreendedores como eu, que tinham fábricas, que estavam já com prejuízos, mas que estavam a tentar aguentar. Aí não houve apoio. A definição estratégica do Ministério das Finanças foi o pagamento sem ter em conta variáveis como o emprego. O que é que aconteceu? As pessoas que estavam a ver se aguentavam o emprego para os trabalhadores, não puderam aguentar mais. Embora adore Portugal e goste de viver aqui, para gerar riqueza está a ficar muito difícil.

O que falta fazer, para relançar o investimento privado?

Não se pode ter só pessoas que olham para a perspectiva financeira. É mais do que isso. Sei que não podemos garantir um emprego para toda a vida. Mas o problema são as pessoas que têm um, dois, três filhos, em que, às vezes, estão os dois desempregados. E há uma coisa muito importante: as pessoas não gostam de viver de esmolas. O povo português não merece isso. O Governo diz que vai ajudar a criar novo investimento. Como? Dou um exemplo. Praticamente acabaram com a zona franca da Madeira, que empregava muita gente. As pessoas, que vinham de todo o mundo, vão para outras zonas francas no mundo inteiro.

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