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EURO ... a nossa moeda

billshcot

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Nov 10, 2010
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A introdução do euro ocorreu a partir de 1 de Janeiro de 1999 nas operações realizadas nos mercados monetários, cambiais e financeiros para a grande maioria das operações de retalho.

No entanto, a introdução física do euro apenas aconteceu em 1 de Janeiro de 2002, quando mais de trezentos milhões de europeus começaram a utilizar notas e moedas de euro. No final de Fevereiro de 2002, as notas e moedas de euro tornaram-se as únicas com curso legal na área do euro.

Depois de uma década de preparativos, a introdução física do euro representou para os europeus um exemplo concreto da integração política e económica iniciada meio século atrás.

Introdução física do euro

A substituição das moedas nacionais pelo euro foi analisada pela primeira vez em 1994 pelo Instituto Monetário Europeu (IME). As actividades preparatórias decorreram ao longo de vários anos.

Em 1 de Janeiro de 2002, o euro foi introduzido em 12 países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo e Portugal. A Eslovénia adoptaria o euro em 2007, seguida do Chipre e Malta (2008), da Eslováquia (2009) e da Estónia (2011). Hoje, as notas e moedas de euro têm curso legal e poder liberatório em 17 dos 27 Estados-Membros da União Europeia.

Os 10 Estados-Membros não participantes são: Bulgária, Dinamarca, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, Reino Unido, República Checa, Roménia e Suécia.

Processo de troca em Portugal

A troca efectiva teve início, em Portugal, em Setembro de 2001, com a operação de distribuição antecipada de notas e moedas (frontloading) às instituições de crédito.

Em termos globais, na introdução física do euro destacaram-se quatro grandes áreas de actuação: a distribuição do euro, a recolha do escudo, a formação dos profissionais que lidam com numerário e a campanha de informação.

A quota-parte de notas de euro atribuída ao Banco de Portugal foi, essencialmente, produzida pelo impressor Valora, SA. A nota de euro foi levantada pelas empresas de transporte de valores e distribuída às instituições de crédito, de acordo com os seus pedidos e em conformidade com uma programação previamente realizada.

A moeda de euro foi produzida pela Imprensa Nacional - Casa da Moeda (INCM). A sua distribuição obedeceu a um esquema semelhante ao da nota, tendo-se iniciado a distribuição antecipada em Setembro de 2001, a partir de Alcochete.

Além da distribuição às instituições de crédito (frontloading), foram também distribuídas antecipadamente notas e moedas às grandes empresas e retalhistas (subfrontloading), operação que decorreu durante o mês de Dezembro de 2001. Por último, a partir de 17 de Dezembro de 2001, foram vendidos mini-kits ao público nas tesourarias do Banco de Portugal e nos balcões das instituições de crédito, no valor de 10 euros, com uma combinação de todas as denominações de moeda metálica corrente.

Ainda no capítulo da distribuição, destaca-se a conversão dos caixas automáticos - ATM (Automated Teller Machines). A estratégia seguida permitiu que no dia 31 de Dezembro de 2001 ainda fosse possível levantar escudos, sendo as máquinas adaptadas de forma rápida e progressiva nos dias seguintes; no final do dia 1 de Janeiro de 2002, 63% dos ATM disponibilizavam euros, tendo-se atingido os 100% logo no dia 4 de Janeiro.

A recolha do escudo começou em Janeiro de 2002: até Maio desse ano foi recolhido 95% do valor total das notas em circulação em 31 de Dezembro de 2001. No caso da moeda, a operação foi mais difícil: dada a complexidade do seu tratamento e manuseamento, até 31 de Maio de 2002 a recolha situava-se em apenas 33%.

As notas de escudo recolhidas foram verificadas quanto à sua autenticidade e posteriormente destruídas nos centros de escolha do Banco de Portugal: de Janeiro a Maio, foram trabalhados cerca de 418 milhões de notas de escudo e destruídos 358 milhões. A moeda de escudo foi armazenada em Alcochete, à ordem da Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM) e da Direcção-Geral do Tesouro (DGT).

Paralelamente a estas operações, o Banco de Portugal realizou acções de formação que abarcaram diversos agentes: entre outros, o sistema financeiro, as autoridades policiais e as empresas de distribuição.

Foi desenvolvida uma campanha de informação com diversas vertentes: estabelecimento de parcerias, organização de conferências, produção e distribuição de material informativo e inserções publicitárias na imprensa e televisão.

Em termos globais, a substituição do escudo pelo euro decorreu sem problemas, particularmente no caso da nota, em que o rácio de progresso do euro no fim de Janeiro era de 84% e no fim de Maio 95%. A distribuição da nota foi rápida, devido ao sucesso da operação de conversão das ATM, e a recolha desenrolou-se com normalidade. A circulação da nota de euro rapidamente atingiu valores estáveis, ainda que um pouco inferiores aos homólogos para a nota de escudo. Os depósitos e os levantamentos de notas de euro, após um primeiro mês de valores anormais, atingiram uma relativa estabilidade.





Segunda série do euro

Em Abril de 2005, o Conselho do BCE aprovou o projeto para a introdução da segunda série de notas de euro (ES2), com elementos de segurança melhorados e mais resistentes às técnicas de contrafação, tornando a nota de euro ainda mais segura. O aumento da durabilidade das notas de euro foi igualmente considerado como um objetivo a alcançar na nova série.

O desenho artístico das novas notas continuará a ser baseado no tema “Épocas e Estilos” da série atualmente em circulação e a apresentar as mesmas cores dominantes. A manutenção deste tema, num espírito de continuidade com a série anterior, permitirá que as novas notas sejam facilmente reconhecidas pelo público como sendo notas de euro.

A nova série de notas designada por série “Europa” reflete os avanços na tecnologia de produção de notas desde a entrada em circulação da primeira série, há mais de dez anos.
Esta série terá as mesmas denominações que a primeira série, ou seja, €5, €10, €20, €50, €100, €200 e €500 e serão colocadas em circulação, por ordem ascendente, de forma gradual ao longo de vários anos, a começar pela nota de €5, que será introduzida em maio de 2013.



Notas de euro

As notas de euro têm curso legal ilimitado no espaço territorial que compreende os países que adoptaram o euro. Fora deste espaço, o euro não tem curso legal forçado.

Por outro lado, as notas de euro têm poder liberatório ilimitado, ou seja, qualquer nota de euro, independentemente do seu valor nominal, é apta para solver débitos ou realizar pagamentos de qualquer montante.

Os desenhos das notas de euro foram seleccionados num concurso organizado em toda a União Europeia.

Em 1998, o Conselho do Banco Central Europeu aprovou os desenhos finais, tendo sido escolhidos os desenhos apresentados por Robert Kalina.

Robert Kalina -> Vencedor do concurso de desenho das notas de euro

Os desenhos vencedores foram inspirados no tema “Idades e Estilos da Europa” e representam estilos arquitectónicos de sete períodos da história cultural da Europa. Os elementos representados - janelas, pórticos e pontes, foram idealizados pelo autor e não correspondem a nenhuma construção existente na realidade, de modo a não haver favorecimento de um país em relação a outro.

Denominação e Estilo arquitectónico representado nas notas :

5 -> Clássico
10 -> Românico
20 -> Gótico
50 -> Renascentista
100 -> Barroco e Rococó
200 -> Arquitectura em Ferro e Vidro
500 -> Arquitectura Moderna do século XX

As 7 denominações das notas são idênticas em toda a área do euro:

NOTA de 5 Euros

Dimensões: 120 x 62 mm | Cor: Cinzenta | Período arquitectónico representado: Clássico

NOTA de 10 Euros

Dimensões: 127 x 67 mm | Cor: Vermelha | Período arquitectónico representado: Românico

NOTA de 20 Euros

Dimensões: 133 x 72 mm | Cor: Azul | Período arquitectónico representado: Gótico

NOTA de 50 Euros

Dimensões: 140 x 77 mm | Cor: Cor-de-laranja | Período arquitectónico representado: Renascentista

NOTA de 100 Euros

Dimensões: 147 x 82 mm | Cor: Verde | Período arquitectónico representado: Barroco e Rococó

NOTA de 200 Euros

Dimensões: 153 x 82 mm | Cor: Amarelo-torrado | Período arquitectónico representado: Arquitectura em Ferro e Vidro

NOTA de 500 Euros

Dimensões: 160 x 82 mm | Cor: Púrpura | Período arquitectónico representado: Arquitectura moderna do século XX

Combate à contrafacção

O euro é considerado uma moeda estável, não só na Europa como no resto do mundo. Como tal, é objecto de uma indesejada atenção por parte dos contrafactores. Apesar dos seus elementos de segurança, que tornam o euro uma das moedas mais bem protegidas do mundo, são detectadas diariamente contrafacções na circulação. No entanto, o número de contrafacções detectadas representa uma proporção ínfima da moeda (notas e moedas metálicas) em circulação.

Uma nota contrafeita não pode ser trocada por uma nota genuína. Assim, receber uma nota contrafeita como se de uma nota autêntica se tratasse significa perder o seu valor. Por esta razão, é importante saber reconhecer a autenticidade das notas logo no momento da sua recepção.

Grande parte das contrafacções detectadas pode ser identificada sem o uso de equipamentos auxiliares. A metodologia “Tocar – Observar – Inclinar” torna possível, por si só, o despiste da esmagadora maioria das notas contrafeitas.

Primeiro, deverá ser feita a avaliação da nota em presença, o que significa:
Comparar com uma nota comprovadamente genuína;
Verificar a existência e o comportamento dos elementos de segurança, baseando-se em 3 procedimentos básicos de autenticação (metodologia “Tocar – Observar – Inclinar”):



Nova nota de 5 € - série "Europa"

A nova série de notas de euro é denominada “série Europa” devido a um retrato de Europa – uma figura da mitologia grega que deu origem ao nome do nosso continente – que aparece no holograma e na marca de água das notas.

A utilização de retratos em notas de banco é uma tradição a nível mundial e estudos indicam que as pessoas tendem a reconhecer os rostos intuitivamente. Por isso, o Eurosistema seleccionou um retrato de Europa para figurar na marca de água e no holograma da nova série de notas de euro. Esta imagem de Europa foi retirada de um vaso com mais de 2 mil anos, encontrado no Sul de Itália, pertencente à colecção do Museu do Louvre em Paris. Este retrato foi escolhido devido à sua clara associação com o continente europeu e também porque confere um toque humano às notas.

Na mitologia grega, Europa, a filha de um rei fenício, foi seduzida por Zeus, que para tal assumiu a forma de um touro e a levou para Creta. Esta história inspirou os gregos antigos a usarem “Europa” como termo geográfico.

Porquê uma segunda série

Como todos os bancos centrais, o BCE e os bancos centrais nacionais do Eurosistema têm o dever de salvaguardar a integridade das suas notas e de tirar partido das melhorias de eficiência oferecidas pelo progresso tecnológico. Têm de manter as notas de euro actualizadas e melhorar constantemente o seu desenho e outras características, em particular os elementos de segurança. Por esta razão, o BCE e os bancos centrais nacionais do Eurosistema estão a desenvolver a série Europa de notas de euro, de modo a assegurar que o público possa continuar a ter confiança na moeda.

A série Europa continuará a proporcionar excelente protecção contra a contrafacção, tornando as notas de euro ainda mais seguras. As novas notas incluem melhores elementos de segurança, que levam em linha de conta os progressos alcançados na segurança e tecnologia das notas. Além disso, a série Europa pretende ser mais duradoura, o que significa que as notas serão substituídas com menor frequência, reduzindo assim os custos e o impacto no meio ambiente.

Introdução gradual

As notas da série Europa serão colocadas em circulação de forma gradual ao longo de vários anos, começando pela nova nota de €5, no dia 2 de Maio de 2013. A partir desta data, as instituições financeiras colocarão em circulação a nova nota de €5 através dos canais normais (ou seja, ao balcão e em máquinas de distribuição de notas). Prevê-se que as denominações da série Europa sejam introduzidas por ordem ascendente. Assim, a nota de €10 seguir-se-á à de €5.





Denominações da série Europa

A série Europa terá as mesmas denominações que a primeira série: €5, €10, €20, €50, €100, €200 e €500.

Notas da primeira série continuarão a ser utilizadas

Após a introdução da série Europa de notas de euro, as notas da primeira e da segunda série de notas circularão em paralelo. A data em que as notas da primeira série deixarão de ter curso legal será anunciada com bastante antecedência. Além disso, as notas da primeira série manterão o seu valor, podendo ser trocadas nos bancos centrais nacionais do Eurosistema por um período de tempo ilimitado.
 
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