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A morte e a morte de florisvaldo

Luz Divina

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A MORTE E A MORTE DE FLORISVALDO




Os jornais estão superlotados com as notícias sobre o assassinato de Florisvaldo de Oliveira, que perdeu a identidade para si mesmo, ao incorporar o codinome Cabo Bruno, personagem lendário das crônicas policiais paulistanas.

Assim como o anônimo Pedro Rodrigues Filho, conhecido por todos como Pedrinho Matador, ficou escravo de seus próprios crimes e da fama que alcançaram as atrocidades cometidas. Presos fisicamente por anos, mas condenados à pena perpétua de serem quem foram, mesmo depois de teoricamente libertos das grades.


Na década de 1980, este espaço de identidade heroica era ocupado pelos justiceiros, que chegavam a ter seus advogados pagos pelos comerciantes locais para que a segurança de seus estabelecimentos fosse mantida. Policiais e criminosos disputavam a captura de outros criminosos, numa época em que as estratégias das forças de segurança se baseavam em atos violentos.

Não faltaram grandes nomes nas “sociedades paralelas”, identidades aclamadas e admiradas pela população local: Adalton do Capão Redondo, Zoreia de Osasco, Esquerdinha de São Bernardo do Campo, Chico Pé de Pato do Jardim das Oliveiras, Rivinha do Parque Novo Mundo, Vitão de Diadema.[1 E Pedrinho Matador. E Cabo Bruno.

Ex-policial militar de São Paulo, Cabo Bruno foi acusado de chefiar um esquadrão da morte que atuava na periferia da capital paulista. Condenado por 17 assassinatos dos mais de 50 de que foi acusado, cumpriu 27 anos de um total de 117 aos quais foi condenado. Rebelde nos primeiros anos, três fugas computadas, Cabo Bruno transformou-se em Florisvaldo, o pastor que encontrou o Senhor e a liberdade.


Morreu pelo mesmo método que utilizou, crivado de balas, na rua, em frente aos seus. Quem seria o autor? Fantasma do passado, inconformado com a Justiça dos homens? Algum desafeto conquistado nas cadeias que frequentou, em vingança pessoal por rixa não tão antiga? Facções criminosas? Novos esquadrões que nos dias punitivos de hoje sentem-se no direito de fazer sua própria justiça?


Que venham as investigações...




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