Peso do passageiro determina preço do bilhete de avião

Preços por quilo variam mediante a distância



Uma companhia aérea de Samoa começou a cobrar os bilhetes de acordo com o peso dos passageiros. Segundo o responsável da Samoa Air, esta é uma forma mais justa de voar.

A Samoa Air, que abriu em 2012, adotou esta nova medida em novembro. O preço do bilhete é determinado por cada quilo do passageiro, segundo uma tarifa que varia de acordo com a distância do voo.

"As companhias aéreas não funcionam por lugares, funcionam por peso", disse Chris Langton, responsável da Samoa Air, à rádio "ABC News".

"Qualquer pessoa que viaje de vez em quando já sentiu que estava a pagar por metade da pessoa que estava ao lado", acrescentou, sublinhando que esta medida é ainda mais relevante quando se trata de aviões pequenos.

Segundo Chris Langton, esta será uma ideia a ser aplicada no futuro por outras companhias aéreas. "Esta é a forma mais justa de viajar com a família, ou só", disse à agência Reuters.

A medida acaba por beneficiar famílias com crianças, pois passam a pagar substancialmente menos, justifica o responsável.

As bagagens também são pagas segundo a tarifa anunciada, sem "taxas extra por excesso de bagagem, nem nada do género. Um quilo é um quilo", sublinha Chris Langton.

A Samoa Air realiza voos domésticos e também para a Samoa americana. Ao fazer a reserva, o cliente deve indicar o seu peso estimado e da sua bagagem.

Segundo o último plano da companhia, os valores variam entre 0,57 dólares (0,44 euros) por quilo para voos domésticos e 1,03 dólares (0,80 euros) por quilo para voos internacionais.

As ilhas do Pacífico contêm alguns dos países com maior predomínio de obesidade em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Samoa ocupa o quarto lugar, com 59,6% da sua população considerada obesa, de acordo com as informações mais recentes da OMS (2008).

Tendo em conta esta percentagem, o responsável da Samoa Air destaca que esta medida pode ajudar a consciencializar a população de Samoa quanto ao problema de obesidade.

Chris Langton acrescenta ainda que, depois do "choque inicial desaparecer, a opinião dos clientes tem sido "incrivelmente positiva".









Jn