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Crise em Itália obriga Fiat a apostar na Alemanha

kokas

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Set 27, 2006
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A crise italiana está a atingir gravemente a indústria automóvel do país e especialmente o grupo Fiat que, perante uma queda abrupta em Itália, procura impulsionar as sua vendas na Alemanha com descontos significativos, refere a Bloomberg.

Centenas de concessionários em Itália estão a fechar portas e as fábricas de automóveis funcionam a metade da sua capacidade, isto porque 56% das suas encomendas vão para o mercado europeu, também em crise aguda.

O problema é que até mesmo na Alemanha a procura de carros está a diminuir, conforme mostram os resultados divulgados na quarta-feira, segundo os quais as vendas caíram em março 17%, a maior queda mensal desde outubro de 2010, limitando as opções da Fiat e de outras marcas como forma de compensar o declínio de mercado em outros países europeus.

O presidente da Fiat, Sergio Marchionne, disse no mês passado que falta à Itália liderança política, «um problema fundamental e sério», acrescentando que «um período de instabilidade na gestão de um país ou de uma empresa, gera dúvidas e fraqueza entre os consumidores».

A Lusa acrescenta que a confiança dos consumidores em Itália caiu em março após as eleições de fevereiro, onde não foi possível uma maioria clara para um novo governo, enquanto o país enfrenta sua quarta recessão desde 2001.

As vendas de automóveis caíram 13% até março para quase 355 mil veículos, com as entregas da Fiat a caírem 9,3%, segundo dados da ANFIA, a associação dos construtores automóveis de Itália.

Um aprofundamento da crise em Itália vai tornar mais difícil a tarefa de Sergio Marchionne, que quer chegar a 2016 com o equilíbrio financeiro do grupo Fiat na Europa, continente onde a empresa perdeu mais de 700 milhões de euros no ano passado.

A crise italiana está a deixar as suas marcas no valor de mercado da Fiat, que encolheu em 5,1 mil milhões de euros quando comparado com os mais de 22 mil milhões de euros antes do início da crise financeira em 2007. Pelo contrário, o grupo Volkswagen, auxiliado por um mercado alemão mais estável e em expansão nos Estados Unidos e na China, subiu em valor para 70,4 mil milhões de euros quando no mesmo período tinha um valor de 56 mil milhões de euros.

Depois das eleições inconclusivas em Itália, as vendas de carros caíram 21% para 1,110 milhões de carros, o valor mais baixo desde 1966, refere Gian Primo Quagliano, responsável pela consultora CSP, de Bolonha.



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