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Renamo ataca posto de polícia e faz quatro mortos em Moçambique

kokas

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Set 27, 2006
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A tensão está de volta a Moçambique. Militantes da Renamo, principal partido da oposição e antigo movimento rebelde, mataram quatro polícias num ataque a um comando da polícia, na província de Sofala, Centro do país, em retaliação por acções contra sedes partidárias e detenção de antigos guerriheiros.

A Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) combateu a Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), que governa o país desde a independência, durante 16 anos, desde 1975 até à assinatura dos acordos de paz, em 1992.

O ataque, na madrugada de quinta-feira, em Muxunguè, a norte do rio Save, foi uma acção para libertar cerca de 15 ex-guerrilheiros – números da Rádio Moçambique – detidos na véspera, após um raide da Força de Intervenção Rápida, um ramo especial da polícia, contra a sede distrital do partido. A outra acção policial visou uma sede em Gondola, província de Manica.

Chegou a ser noticiada a morte do chefe dos atacantes, identificado como sendo Rasta Mazembe, mas a Renamo desmentiu essa informação. Nos confrontos ficaram feridas pelo menos oito polícias e um número indeterminado de atacantes, disse o administrador do distrito de Chibabava, Arnaldo Machoue.

A polícia justificou as acções contra a Renamo dizendo que o partido oposicionista tinha concentrado “homens armados”, cerca de 200, segundo o jornal electrónico Mediafax, que estariam a realizar “manobras militares”. E acrescentou que foi lançado gás lacrimogéneo por terem tentado resistir.

O secretário-geral da Renamo, Manuel Bissopo, desmentiu à AFP ambas as acusações. Negou que o facto de os antigos guerrilheiros estarem concentrados signifique que o partido está a criar bases em diversos locais e disse que se juntaram por “serem perseguidos nas suas terras”.

“Belicista” foi o termo usado por Ossufo Momade, chefe de segurança do partido, que, citado pela Reuters, afirmou que a Renamo rejeita a “opressão” da Frelimo. “Nos últimos 20 anos combatemos pela paz e fomos repetidamente atacados e humilhados”, disse. “Se continuarmos com o nosso comportamento pacífico, isso significará o nosso fim. A partir de agora, sempre que formos atacados, retaliaremos.”

O vice-ministro do Interior, José Mandra, declarou, citado pela imprensa local, que, “se a Renamo continuar a ultrapassar os limites”, não há alternativa “que não seja tomar medidas para garantir a calma e a ordem pública”.

A sempre latente tensão entre o Governo da Frelimo e o seu principal opositor tem-se agravado à medida que se aproximam as eleições. A Renamo viu o Parlamento rejeitar as suas propostas de alteração às leis eleitorais e opõe-se à realização das eleições municipais previstas para Novembro. Para 2014 estão agendadas eleições gerais.

A antiga guerrilha pretende a renegociação dos acordos de paz de 1992 e o seu líder, Afonso Dlhakama, retirou-se no ano passado temporariamente para as montanhas da Gorongosa e ameaçou voltar à guerra.

Num comentário aos confrontos, o Presidente, Armando Guebuza, disse que “o povo não pode viver assustado”. Em algumas regiões do país os habitantes “não sabem o que lhes pode acontecer a qualquer momento”, disse em Lilongwe, capital do Malawi, aonde se deslocou em visita oficial, citado pela agência AIM.





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