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Viúva de Agostinho Neto condenada por difamação

kokas

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Set 27, 2006
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O Tribunal Criminal de Lisboa condenou esta sexta-feira a viúva do antigo presidente angolano Agostinho Neto, Maria Eugénia Neto, ao pagamento de 150 dias de multa e a uma indemnização de dois mil euros pelo crime de difamação agravada.

A multa terá o valor de sete euros/dia, num total de 1.050 euros.

Maria Eugénia Neto terá ainda de pagar dois mil euros de indemnização à queixosa Dalila Mateus, coautora do livro «Purga em Angola».

Na origem do diferendo está uma entrevista que a viúva de Agostinho Neto deu ao jornal Expresso em 2008, depois da publicação da obra, de que é também autor Álvaro Mateus.

Na entrevista, Maria Eugénia Neto referiu-se à autora do livro como «desonesta e mentirosa», afirmações que suscitaram a queixa.

O livro refere-se a acontecimentos ocorridos no dia 27 de maio de 1977 e nos anos que se seguiram ao movimento liderado por Nito Alves, opositor de Agostinho Neto, contra o rumo que o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) então seguia.

Segundo Dalila Mateus, que cita vários testemunhos, tudo leva a crer que 30 mil pessoas «foram sumariamente fuziladas» em Angola na sequência dos acontecimentos de 27 de maio de 1977 e da contestação ao poder na altura em que era Neto era presidente.

A defesa de Maria Eugénia Neto anunciou que vai recorrer da sentença.

Ao ler a sentença a juíza referiu que não esteve em apreciação qualquer facto histórico.

«Isto é um processo unicamente judicial. Os tribunais não fazem qualquer reconstrução histórica, não podem», disse aos jornalistas o advogado de Dalila Mateus, Sérgio Braz, insistindo que este «não é um processo político», de acordo com declarações recolhidas pela Lusa.


tvi24
 
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