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Exames do 4.º ano geram confusão

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Exames do 4.º ano geram confusão

Directores ainda não sabem como será feito o transporte dos alunos para as escolas onde decorrerão as provas de Português e Matemática.
Será uma mega-operação, com regras iguais às dos exames do secundário, envolvendo 100 mil alunos.
A três semanas dos exames do 4.º ano, ainda são mais as dúvidas do que as certezas sobre a logística necessária para que cerca de 100 mil alunos realizem as provas, de Português e Matemática, que serão vigiadas por 10 mil professores e corrigidas por 14 mil.É uma mega-operação, semelhante à que acontece anualmente com os exames do ensino secundário, com distribuição de enunciados pela GNR e pela PSP. Há, no entanto, muitas questões ainda por responder. «As orientações que recebemos são muito vagas. Temos estado a encontrar soluções, mas sozinhos, sem a ajuda do Ministério», garante Luís Sottomaior Braga, director do agrupamento de escolas de Darque, em Viana do Castelo.
Há escolas que estão a pedir ajuda a juntas de freguesia ou a autarquias para transportar os estudantes até à sede de agrupamento onde vão decorrer os exames e outras em que se pondera até que os docentes dêem boleia aos alunos cujos pais não tenham meios para os transportar.
Os problemas que os directores têm para solucionar são muitos: escolas-sede a mais de 30 km da escola do 1.º ciclo frequentada pelos alunos, pais no interior sem meios de transporte próprio e o que fazer com os alunos depois de acabarem os exames ou até o que vão comer no intervalo.

Pedida ajuda às autarquias

Luís Sottomaior Braga tem dúvidas sobre as vantagens do modelo escolhido pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC). «Será que é preciso pôr crianças do 4.º ano a repetir o ritual dos exames do secundário?» – questiona, lembrando que isto terá reflexos nas escolas EB 2,3 e secundárias onde se realizarem os exames. «Vão ter de fechar. E os alunos ou vão para casa ou é preciso encontrar actividades, como visitas de estudo. Temos de pensar em tudo».
Adalmiro Fonseca, director do agrupamento de escolas de Oliveira do Douro, também critica a opção de obrigar os alunos a fazer as provas fora da sua escola. «Uma vez que os exames têm de ser vigiados por professores do 2.º e 3.º ciclos, por que não se optou por transportar os docentes em vez dos alunos?», questiona, criticando o «clima de suspeição criado sobre os professores» do 1.º ciclo, impedidos pelo MEC de vigiar as provas.
A verdade é que a obrigatoriedade de ter um secretariado de exames a funcionar e o facto de só se poder instalar o programa que vai receber os enunciados num computador fizeram com que a maioria dos agrupamentos tenha optado por realizar os exames na escola-sede, concentrando aí os alunos.
No agrupamento de escolas de Cinfães, António Manuel Pereira (que é também presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares) está preocupado com os efeitos das deslocações nas crianças. «Algumas estão a 20 e outras a 35 km da escola onde vão fazer exame. Vão ter de se levantar muito cedo e isso pode constituir um factor de stresse», explica, adiantando que já pediu ajuda à Câmara para o transporte, estando confiante numa resposta positiva.
O MEC reconhece que este tem sido o método mais usado: «As escolas, em articulação com as autarquias ou através de meios próprios, estão a organizar o processo de deslocação dos seus alunos».

Pais organizam ‘banco de perguntas’ na internet

Albino Almeida, da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), teme que esta não seja a melhor solução. «Com as autarquias a sofrer tantos cortes, basta haver alguma que se recuse para haver problemas». De resto, considera que a operação montada para estes exames «é mais uma despesa, numa altura em que são necessários cortes».
Albino Almeida diz mesmo que a única vantagem da «confusão» criada por este sistema é o facto de ter feito muitos mudarem de ideias em relação aos exames: «Os que estavam a favor já estão contra, até porque já se percebeu que isto não aumenta a exigência e algumas escolas vão acabar por inflacionar as notas ao longo do ano para que o exame não prejudique os resultados».
Albino Almeida revela que a CONFAP vai disponibilizar no seu site, na próxima semana, «um banco de perguntas» que podem sair nos exames.

Fonte: SOL
 
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