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GF Ouro
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O Presidente francês, que prometeu em maio de 2012 ser o "senhor normal" de que França precisava, dificilmente poderia imaginar que um ano depois de ser eleito seria o chefe de Estado menos popular da história moderna francesa.
Primeiro Presidente francês socialista em quase duas décadas, depois de François Mitterrand (1981-95), Hollande cortejou os eleitores com promessas que incidiram na estimulação do crescimento económico, na criação de emprego e numa política de rutura em relação ao seu antecessor, o conservador Nicolas Sarkozy. Um ano depois, e segundo sondagens recentes, o eleitorado francês daria um "cartão vermelho" a Hollande, atribuindo a vitória eleitoral a Sarkozy. Se as eleições presidenciais se realizassem neste momento, Hollande seria derrotado na primeira volta, reunindo apenas 19% das intenções de voto. O atual chefe de Estado francês seria ultrapassado por Sarkozy (34%) e pela líder da extrema-direita Marine Le Pen (23%).
Uma das metas traçadas por Hollande era travar a trajetória ascendente do desemprego até finais de 2013, objetivo considerado como inatingível pela maioria dos economistas. Os níveis de desemprego crescem há 23 meses consecutivos e França enfrenta a maior taxa de desemprego dos últimos 16 anos, cerca de 11% em março, o que representa mais de 3,2 milhões de pessoas.
Com a economia do país, a segunda maior da zona euro, a enfrentar um cenário de estagnação, o governo francês também já reconheceu que não vai conseguir reduzir este ano o défice para 3% do Produto Interno Bruto (PIB). Uma meta que ficou entretanto agendada para 2014. A Comissão Europeia reviu na sexta-feira em baixa ligeira as suas previsões para a economia francesa, apontando agora para uma quebra de 0,1% na atividade económica em 2013 e uma retoma menos acentuada no próximo ano.
"É claramente a situação económica e social que pesa sobre a popularidade [de Hollande]. Os franceses acreditam que não houve qualquer mudança", afirmou Frédéric Dabi, do instituto francês de opinião pública (Ifop). Um estudo recente deste instituto indicou que 74% dos franceses estão descontentes com Hollande.
O escândalo envolvendo o ex-ministro do Orçamento Jérôme Cahuzac, que acabaria por apresentar a demissão em março após ocultar a existência de uma conta na Suíça para fugir aos impostos, também manchou a imagem de Hollande. Na mesma altura, Hollande anunciou medidas para reforçar a transparência e a independência da justiça, nomeadamente a criação de uma futura lei que proíba aos políticos condenados por fraude fiscal ou corrupção de exercerem mandatos oficiais e que imponha a declaração do património dos políticos.
dn
Primeiro Presidente francês socialista em quase duas décadas, depois de François Mitterrand (1981-95), Hollande cortejou os eleitores com promessas que incidiram na estimulação do crescimento económico, na criação de emprego e numa política de rutura em relação ao seu antecessor, o conservador Nicolas Sarkozy. Um ano depois, e segundo sondagens recentes, o eleitorado francês daria um "cartão vermelho" a Hollande, atribuindo a vitória eleitoral a Sarkozy. Se as eleições presidenciais se realizassem neste momento, Hollande seria derrotado na primeira volta, reunindo apenas 19% das intenções de voto. O atual chefe de Estado francês seria ultrapassado por Sarkozy (34%) e pela líder da extrema-direita Marine Le Pen (23%).
Uma das metas traçadas por Hollande era travar a trajetória ascendente do desemprego até finais de 2013, objetivo considerado como inatingível pela maioria dos economistas. Os níveis de desemprego crescem há 23 meses consecutivos e França enfrenta a maior taxa de desemprego dos últimos 16 anos, cerca de 11% em março, o que representa mais de 3,2 milhões de pessoas.
Com a economia do país, a segunda maior da zona euro, a enfrentar um cenário de estagnação, o governo francês também já reconheceu que não vai conseguir reduzir este ano o défice para 3% do Produto Interno Bruto (PIB). Uma meta que ficou entretanto agendada para 2014. A Comissão Europeia reviu na sexta-feira em baixa ligeira as suas previsões para a economia francesa, apontando agora para uma quebra de 0,1% na atividade económica em 2013 e uma retoma menos acentuada no próximo ano.
"É claramente a situação económica e social que pesa sobre a popularidade [de Hollande]. Os franceses acreditam que não houve qualquer mudança", afirmou Frédéric Dabi, do instituto francês de opinião pública (Ifop). Um estudo recente deste instituto indicou que 74% dos franceses estão descontentes com Hollande.
O escândalo envolvendo o ex-ministro do Orçamento Jérôme Cahuzac, que acabaria por apresentar a demissão em março após ocultar a existência de uma conta na Suíça para fugir aos impostos, também manchou a imagem de Hollande. Na mesma altura, Hollande anunciou medidas para reforçar a transparência e a independência da justiça, nomeadamente a criação de uma futura lei que proíba aos políticos condenados por fraude fiscal ou corrupção de exercerem mandatos oficiais e que imponha a declaração do património dos políticos.
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